Capitulo 9

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Narradora POV

- Parece patético aos meus olhos. Eu nunca realmente acreditei no amor. Pra mim, é um conceito inútil e vai continuar assim. - Jennie solta um sorriso enquanto fala. - Todos que tem se envolvido comigo tem entendido isso.

Lisa para para pensar antes de falar. O lugar era muito silencioso, onde só era possível escutar o barulho do vento que soprava os cabelos daquelas duas mulheres. A menor segurou suas mãos por trás do seu corpo para então tomar coragem e dizer:

- Que tal nós apostássemos nisso? - Ela sorria. Jennie estava confusa. - Tenho dois anos até eu precisar do transplante. Ou talvez até menos. - Seu sorriso ainda se mantia. Nem parecia que ela estava falando da possibilidade de morrer. - Se dentro desses dois anos eu conseguir fazer você se apaixonar por mim, você tem que concordar em ser quem me opera. Combinado?

Jennie não sabia o que dizer de imediato. Foi pega de surpresa. Quem faria uma aposta desse tipo? Ela parou um pouco para pensar antes de responder e deu um sorriso de lado.

- E o que eu ganho com isso?

- Estou fazendo isso para testar a teoria, doutora. Você não tem nada a perder. Que tal?

- Haha. Brincando de herói agora? Acho que você não sabe no que está se metendo. - Jennie rapidamente se aproxima de Lisa, não dando a menor chance de correr, nem escapar. Estavam bem próximas. - Deixa eu adivinhar... "Amor" por sexo? Estou avisando você agora... brinque com fogo e sairá queimada. - A doutora estava com um sorrisinho diabólico nos lábios. Lisa estava paralisada. - Mas tudo bem. Se você quiser mesmo que eu aceite, então vou brincar do seu joguinho. Mas vamos jogar com minhas regras. Sexo e pronto. Mais nada.

Antes que Lisa pudesse responder, um grande barulho de colisão tira elas do foco. Um grande acidente acabara de ocorrer à alguns metros de onde elas estavam. Jennie correu em direção aos veículos que se colidiram. Rapidamente várias pessoas se aglomeraram para ver o que tinha acontecido.

- Chamem uma ambulância! - Uma mulher gritava desesperada- Por favor, meu marido... Ele ainda está preso lá dentro! Por favor, salvem ele!

- Senhora, por favor, fique calma e se afasta. - Jennie pediu tentando acalmar mulher. Ela caminhou para mais próximo de onde o acidente havia acontecido. - Com lincenca estou passando. Existem vítimas? - Perguntou para um dos paramédicos que acabara de chegar no local.

- Você não pode ficar aqui. - Avisou o homem de uniforme.

- Sou médica. Alguém ferido? Estou qualificada para prestar cuidados de emergência médica.

- Há grandes chances de explodir. É melhor você ficar longe. - Alertou ele amigavelmente. - Os paramédicos estão tentando libertar ele dos destroços. - No fundo, era possível ver que os socorristas tentavam puxar o homem que teve seu peito perfurado por uma barra de metal. Jennie rapidamente percebeu que aquilo resultaria em um grave problema.

- Não! Não façam isso! - Ela tentou alertar, mas já era tarde demais. Assim que retiraram o corpo da vítima da barra de metal, litros de sangue começaram a ser jorrados sem parar. - Droga! Merda! Deitem ele! - Ela tentava estancar o sangue, mas sem muito sucesso. - Puta merda... O estilhaço provavelmente cortou uma artéria principal! Preciso de pano. Muito pano! - Ela gritou

De longe, junto com o aglomerado de gente que assistia, estava Lisa, observando cada ação da doutora. Jennie pegou seu telefone com a mão desocupada e ligou para um dos seus contatos do hospital.

- É a Kim. Estou atualmente acudindo uma vítima de um grande acidente de trânsito. - Ela ainda tentava estancar o sangue que ainda jorrava do copo do homem. Jennie já estava toda suja de sangue e em sua blusa social branca havia várias manchas vermelhas. - É um homem, parece que está na metade dos seus trinta. Ele está em estado crítico e perdendo muito sangue. Preciso de uma ambulância aqui agora.

Em poucos minutos o som estridente de sirene tomou conta do local. A ambulância havia chegado para socorrer a vítima.

- Maca passando! - Gritou um dos paramédicos. - Por favor, saiam da frente!

- Eu informei o departamento de emergência sobre a situação. - Jennie dizia para o rapaz da ambulância. - Vá para o hospital principal, é cerca de 15 minutos daqui, no máximo.

- Entendido.

- Espere, aquela garota está comigo. - A doutora virou o olhar para Lisa que ainda se mantinha de pé, porém mais próxima da ambulância. - Lisa, sangue assusta você?

- Uh... N-Não. - Respondeu nervosa.

- Então entre.

- Estamos prontos para ir! Dirija! - Gritou um paramédico para o motorista do veículo assim que todos já estavam dentro da ambulância.

A caminho do hospital, Jennie ainda trabalhava para que a vítima aguentasse por mais um tempo. Lisa estava sentada observando tudo. Havia realmente muito sangue.

- Desculpa por tudo isso. - A médica falou enquanto suas mãos pressionavam o local do sangramento. A menor pareceu confusa por alguns segundos. - Desculpa pela nossa pequena viagem de hoje. Terminou um pouco ruim. E por arrastar você comigo.

- Ah, o que você poderia fazer? Eu vim para passar um tempo com você.

- Eu não podia apenas abandonar você e fazê-la voltar sozinha. Vou compensar você da próxima vez, okay? Pode parecer um incômodo, mas eu levo você para casa. - Jennie dizia concentrada na vítima que estava deitada na maca.

- Não acho que tudo isso seja assim tão ruim. - A doutora leva seu olhar para a menor novamente. - De fato, acho que hoje pode ter sido o melhor encontro que já tive!

Jennie estava surpresa

Capítulo curto... compenso no próximo

Xeru na bunda💖

PULSE - JENLISA (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora