DEZESSETE

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Bjørg não tinha tempo. Tinha que agir rápido. Agora tinha um plano na cabeça e precisava colocar em prática e para isso, só tinha que manipular Ingmar.
Não era uma tarefa das mais simples, mas Bjørg tinha um trunfo nas mãos e com isso foi atrás de Ingmar e Matheo que estavam andando pelas as alamedas do hospital.

— Ei Matheo... — Bjørg havia avistado a dupla no lado de fora do hospital. — Pode deixar que eu acompanho ele. Preciso fazer algumas perguntas.

— Você quem manda doutor. — O enfermeiro da um sorriso e vai em direção para dentro do hospital.

— Está um lindo dia hoje, não acha? — Bjørg falava com Ingmar, mas sem olhar em seu rosto.

— O que você quer?

— Não posso querer conversar com um dos meus pacientes?

— Não sou seu paciente. Não mais.

— Posso não ser seu responsável direto, mas enquanto estiver aqui na condição de internado pode-se dizer que é um dos meus pacientes. Mas enfim... Não vim aqui pra isso. Vim como um amigo.

— E desde quando somos amigos? — Seu olhar era frio e distante.

— Desconfio que a partir de agora seremos grandes amigos. — Bjørg sorria com malícia.

— E por quê tem tanta certeza disso?

— Eu tenho informações que podem ser muito úteis para você.

— Obrigado, mas você não tem nada que me interessa.

— Certeza? — Bjørg coloca as mãos no bolso e vai caminhando em direção do chafariz. — E se eu disser que é sobre a doutora Dahl?

— O que aconteceu com ela? — O semblante de Ingmar muda imediatamente.

— Com ela? Nada. Fique tranquilo, pois ela está bem.

— Então o que ela tem a ver com isso?

— Bom. Digamos que acidentalmente eu ouvi o doutor Wedel dizendo que vai levá-la daqui. Que a ama e pretende se casar com ela.

— Mas... Isso é loucura. Não faz sentido algum. — Ingmar coloca a mão em sua testa.

— Concordo com você, mas loucura ou não Wedel vai fazer amanhã. Então você tem pouco tempo para dar um jeito. — A voz de Bjørg era em tom provocativo.

— Dar um jeito no que especificamente? Não entendi onde você quer chegar.

— Bem... Se eu estivesse apaixonado por alguém e outro cara fosse um potencial problema, eu daria um jeito para resolver esse problema. Entenda Ingmar. Eu faria qualquer coisa para por fim a este problema.

— Digamos Bjørg, que eu queira aceitar sua idéia e resolver este problema. Como poderia fazer algo estando preso aqui com centenas de olhos me observando?

— Nessa parte você ficaria tranquilo. Eu facilitaria uma saída sua a noite.
Fiquei sabendo que o doutor Wedel está sozinho em sua mansão. Então se fosse eu o interessado em resolver o problema, faria uma visitinha e daria um fim a um potencial rival.
Até porque já vi como Signe olha para ele, há uma certa chama nos olhos dos dois arrisco dizer até que dariam um lindo casal.

— Escute aqui Bjørg. — Ingmar puxa Bjørg pelo colarinho. — Não sou o tipo de pessoa que curte piadinhas. Então eu teria cuidado com o que fala. — Ingmar olha para os lados e da um pequeno empurrão soltando o colarinho.

— Você acha que tenho medo de suas ameaças? — Os olhos de Bjørg ardiam em fúria. — Você não me conhece rapaz. Tenha cuidado. Na próxima vez não serei tão tolerável.

O JARDIM DE AKEROnde histórias criam vida. Descubra agora