DOIS

76 27 207
                                    

Signe sentou na cadeira da sua mesa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Signe sentou na cadeira da sua mesa. Estava um pouco nervosa, pois iria conhecer um psiquiatra renomado de uma família referência na saúde mental Norueguesa. Parecia uma garotinha no primeiro dia de aula. Pegou o mouse e dava cliques sem sentido, abrindo e fechando janelas no computador. A qualquer momento sabia que o Dr. Wedel entraria pela porta, e mesmo tentando disfarçar, a ansiedade tomava-lhe conta. De certa forma, era a realização de um sonho conhecer pessoalmente qualquer integrante da família Wedel, trabalhar com um então… Era algo inimaginável até para ela, uma descrente convicta.

Os minutos foram passando e nada dele.
Ela olhava diretamente para a porta, estava inquieta, esperava a maçaneta girar. À medida que nada acontecia ela ficava um pouco incomodada. Não sabia se esperava ele vir até ela ou se ela iria até ele, fosse um gesto de desespero ou falta de educação.

Quando estava quase decidida em levantar-se da mesa e sair da sala, escutou alguém bater na porta e abri-la entrando em seguida.

— Você deve ser a Dra. Dahl, prazer! — O homem chegava próximo dela pegando sua mão e a beijando.

Signe chegou a hesitar um pouco e em seguida ficou levemente rubra de vergonha, pois estava preparada para tudo, exceto por aquele simples gesto de cavalheirismo à moda antiga.

— Prazer Dr. Wedel. — Respondeu ela um pouco atrapalhada, apertando a mão do homem e tentando tomar controle da situação.

— Pode me chamar de Sigurd. — Agora ele olhava diretamente nos olhos dela.
Estava ansioso em conhecê-la Dra. Dahl, ouvi falar muito bem de você e de seu trabalho.

— Nossa, obrigada. Mas... Soa estranho isso, quero dizer... Nunca pensei ouvir isso vindo da família referência do país.
Sabia que o trabalho de seu avô me inspirou a ser o que sou hoje? Por isso me soa estranho, porém lisonjeiro de sua parte.

— Entendo. Mas não seja modesta. Você é muito competente no que faz, caso contrário não estaria aqui. Gosto de trabalhar com os melhores, e sim... Meu Bisavô iniciou tudo isso. E acho que todos nós devemos a ele. — Ele então olha para o quadro de seu bisavô na parede. — O que somos hoje e nossa paixão pelo o que fazemos deve-se a seus feitos, metaforicamente eu costumo dizer que, meu falecido Bisavô achou a pedra filosofal da psiquiatria e transformou tudo ao redor em ouro. Gosto de pensar que somos uma espécie de alquimistas da mente, e nossa busca pela saúde mental é nosso ouro.

— Depois de tudo isso só me resta concordar e bater palmas, definiu perfeitamente tudo.

— Não precisa se limitar, Doutora Dahl. Tenho certeza que você é tão capacitada ou quiçá, até mais que eu.

— Obrigada doutor, mas assim fico envergonhada, já deve ter percebido que sou uma fã do seu trabalho, e confesso que estou tentando me manter o mais profissional possível. — Signe solta uma risada nervosa.

— Sem problema Dra. Dahl, espero corresponder a suas expectativas.

— Eu digo o mesmo. E pode me chamar pelo primeiro nome se quiser, Signe.

O JARDIM DE AKEROnde histórias criam vida. Descubra agora