Elas conseguiam ver os olhos de Bjørg através de seus óculos, e estavam arregalados. Era evidente a fúria que partia dele.
Seu rosto totalmente avermelhado fazia destacar seu bigode.
— Não deixe elas saírem, isso é uma ordem.
— Ok doutor Misunnea.
O guarda então foi na direção delas e meio sem jeito segurou no braço de Signe. No mesmo instante haviam chegado dois enfermeiros.
— Levem essa daí de volta para o quarto dela. Deixe que a outra eu cuido.
Signe relutava em se soltar das mãos dos homens, que a mantinham bem próximo.
Talya se sentia frustada, sabia que Bjørg não poderia fazer nada contra ela, mas contra Signe sim.
— Facilitei as coisas para você, e é assim que você agradece Talya? Sabia que eu posso chamar a polícia e vc sair presa? Ajudar na fuga de um paciente sob tratamento mental é algo muito grave.
— Você é um monstro. Tem a feito refém aqui. Pode chamar a polícia. Até falicitaria tudo.
— Não entendo essa confiança sua. Sem familiares e na ausência de Sigurd. Eu sou o tutor legal responsável por ela. Então... Pode tentar.
De fato Bjørg tinha razão. Sem Sigurd tudo era mais complicado e querendo ou não, ele era o responsável do hospital no momento.
Por mais cruel que ele fosse, legalmente não poderia ser feito nada.— Vou arrumar um jeito Bjørg. Encontrarei uma forma de tirá-la daqui.
— Boa sorte Talya. Bom... Preciso ir, o dever me chama. E guarda, coloque-a para fora, pois ela não é mais funcionária daqui.
O guarda se aproximou dela e quando ia tocar em seu braço, ela disse com tom rude:
— Não me toque! Posso andar sozinha.
Talya então saiu pela porta e foi até o carro onde Gardi a aguardava.
— Por que demorou tanto?
— É uma longa história.
A ex enfermeira contou tudo o que havia acontecido. Sua tentativa de fuga com Signe, de serem Pegas a poucos metros da saída.
— Meu Deus! Não acredito que você fez isso.
— Desculpe, sei que errei, mas não podia deixar isso continuar.
— Você tá certa. Teve uma coragem incrível. Estou orgulhosa de você.
Vamos embora, amanhã após descansar ajudo você em pensar em algo.Soltando um sorriso Talya agradeceu o apoio da mulher.
Então Gardi olhando para trás e soltando um longo suspiro, disse:— Adeus Aker! — E foram embora.
Bjørg estava mais calmo. Passou na cozinha e tomou um café.
Se sentia confiante e vencedor.Ciente de que Signe poderia ser um problema futuro, decidiu que teria de ter uma vigilância mais rígida.
Eram novos tempos e com isso era necessário ações duras.Pegou um pedaço de pão que estava ao lado do micro-ondas e comeu junto com o café que tomava.
Tranquilamente ele comia enquanto se inflação do próprio ego.De como conseguiu tudo que planejou durante anos. Finalmente ele tinha realizado seu sonho.
Desde quando foi traído por seu irmão e do juramento feito a si mesmo.— A vida é justa com quem merece. — Falou para si mesmo.
Após comer ele passou na sua sala, iria pegar algumas coisas antes de aplicar a dose de calmantes em Signe.
Estava um pouco cansado, afinal o dia tinha sido cheio.
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O JARDIM DE AKER
Mystery / ThrillerSigne Dahl é uma jovem psiquiatra de sucesso. Ela recebe um convite para trabalhar no hospital da família que foi a patriarca da psicologia no país. O hospital de Aker. Ela aceita o convite, pois além do desafio profissional havia um sonho de conhec...