Grifinórios fora da lei

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P.S: Esse capítulo está maior do que qualquer outro até agora. Espero que você se divirta lendo LoL

Uma linda e cem por cento corça corpórea pulava e corria pelo quarto naquele fim de sábado.

Desde a sua última monitoria com James, ela pensou, analisou, estudou e chegou à conclusão de que ele estava certo e muito certo. E, claro, ela não havia percebido isso até ser apontado. O pensamento que usava para o patrono estava mexendo muito mais negativamente com a sua cabeça do que positivamente. Era, de fato, uma memória feliz, um dia feliz e com pessoas felizes. Lily não era considerada uma anormal pela irmã ainda, seus pais estavam vivos e mais novos e eles eram considerados uma família feliz e completa em um dia no parque que Lily se lembrava de correr atrás de esquilos, querendo brincar com eles, enquanto sua mãe chamava a todos para se aproximarem e comerem.

E então, aquela memória se misturava com o enterro de seus pais: Petúnia não menos do que cinco metros de distância, esquilos correndo pela grama do cemitério e um cheiro de churros, como sua mãe costumava fazer, impregnando suas narinas.

Não. Aquele dia no parque já não era o seu dia mais feliz.

Olhou para o relógio. Eram oito horas da noite. Se não quisesse perder o jantar, teria que se levantar agora. Mas como gostaria de poder ficar na cama...

Não havia se deparado com nenhum amigo naquele dia. Acordou cedo, tomou seu café da manhã sozinha e ficou em seu quarto fazendo deveres de monitoria e lições quase atrasadas, comendo alguns chocolates na hora do almoço para desviar da fome. Não podia bobear com nenhuma dessas tarefas, então decidiu focar seu sábado nelas e poder iniciar a semana mais tranquila.

Ela ainda estudou a pequena "surpresa" que devia trazer para a próxima monitoria de duelos e que não seria o patrono.

Claro. Tudo aquilo - todos os deveres, estudos e lições - , era apenas uma desculpa que ela mesmo arranjava para quando se sentia para baixo: trancava-se no quarto e ficava sozinha, deixando a tristeza ser a única companhia. Sabia que não ajudava e era raro agir assim, mas às vezes era apenas mais forte do que ela.

Não queria ter que se forçar a todo instante em ser forte e inquebrável. Era necessário se deixar sentir um pouco a tristeza.

- Bom dia, boa tarde e boa noite, Lilykins! - Marlene a cumprimentou feliz quando Lily se aproximou da amiga no salão principal, mas deu uma suavizada quando percebeu o sorriso fraco da ruiva. - Venha, sente-se aqui.

A ruiva sentou-se ao lado da amiga, que jantava sozinha. Não encontrou nenhum dos amigos ou conhecidos no caminho, o quarto de James estava aberto e vazio e apenas ouviu quando o maroto acordou e deixou o dormitório naquela manhã. Ele não voltou em nenhum momento do dia para o seu quarto, mas não podia ter certeza se ele esteve na sala comunal que dividiam.

As duas amigas ficaram em silêncio por alguns minutos, apenas desfrutando da boa refeição. Marlene sabia e estava acostumada com alguns dias ou períodos do dia que Lily se encontrava para baixo, provavelmente depois de algum pensamento relacionado aos pais, e tudo o que ela pedia para os amigos, era normalidade: conversar com ela, puxar assunto ou contar algo legal, interessante ou engraçado.

E tanto ela quanto Alice já estavam craques nisso.

- Eu...- Marlene começou. Vinha ensaiando o que falar, justamente para tentar puxar algum assunto para tentar melhorar o humor ou distrair Lily da tristeza. - Esbarrei em Fabian essa manhã.

Duelling - JilyOnde histórias criam vida. Descubra agora