CAPITÃO

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* Capítulo sendo postado com uma semana de diferença. Tem certeza que leu o último?*

Por toda a santidade, James estava cansado.

Porém, desta vez, estava cansado de descansar.

Seu corpo devia estar achando que ele enlouqueceu de vez, já que vinha operando no limite há meses e, de repente, ele tem um último dia hardcore (aniversário de Sirius e obrigando-o a dormir apenas uma hora), com todas as aulas da sexta-feira puxadas, obrigações de Monitor-Chefe no começo da tarde, última reunião com o time de Quadribol no meio da tarde e caindo no sono antes das 18h, dormindo a noite inteira e acordando no dia seguinte assustado, pensando que tinha perdido a hora do seu primeiro jogo de Quadribol.

O sol nem havia nascido quando ele preparou tudo o que precisava para o jogo e levou para o vestiário. No caminho de volta, tomou o seu café da manhã (sempre bem cedo nos dias dos jogos) e subiu para tomar banho e se preparar.

E maldição. Assim que entrou no quarto, ouviu que Lily já estava acordada e tomava banho. Mas que inferno de paredes finas daquele castelo. Elas não eram de pedras? Por que dava para ouvir o chuveiro do quarto da Monitora-Chefe?

Agora tinha que esperar, porque dentro do seu banheiro, o barulho era ainda mais pronunciado.

Quando estava pronto para se jogar na cama e encarar o teto, se torturando com o barulho, uma sombra na sua janela chamou sua atenção. Reconhecendo a coruja de seu pai, ele se apressou para deixá-la entrar.

A primeira carta começava com a escrita de sua mãe, desejando sorte no seu primeiro jogo e que, como capitão, deveria manter a cabeça fria ao invés de aquecer a briga de seus jogadores. Ele riu ao ver o quanto a sua mãe o conhecia, mas sentia-se mais centrado neste quesito agora, sabendo que ao invés de ajudar seu time a brigar, deveria acalmar os ânimos. Não era fácil para alguém com o seu temperamento quando tratava-se de Quadribol, mas aprendeu suas lições durante esses anos como capitão, principalmente no último jogo do sexto ano, onde chegou a puxar o punho no ar, pronto para acertar um jogador no campo, mas conseguiu se acalmar no último momento e deixar a raiva passar.

Na mesma carta, também tinha a mensagem de seu pai sobre o jogo, reforçando tudo o que a mãe havia dito e um pouco mais.

Mas havia uma segunda carta, uma com apenas a escrita de seu pai e parecia ter sido adicionada fora do alcance dos olhos de Euphemia e James não sabia como sabia daquilo. Talvez por eles nunca mandarem duas cartas daquela maneira.

"Horace Slughorn é um ótimo e bem conhecido pocionista. Às vezes, pensando um pouco demais em sua rede de contatos famosos do que com sua rede de pocionistas, mas tenho curiosidade para conhecê-lo e, como eu pareço não ter escolha graças a você, querido filho, eu não me importaria em aceitar um convite para uma reunião em Hogwarts. Porém, eu não vou te deixar esquecer que, pela primeira vez, você teve que invocar o nome do seu pai ao invés de criar uma história mirabolante nesta sua cabeça tão criativa e nada inocente. Uma primeira vez para tudo, eu imagino. Qual foi a ocasião? Dúvido que tenha sido para conseguir pontos em alguma atividade, porque você pode nos dar muitas dores de cabeça, mas eu nunca vi uma nota baixa sua.

Agora sobre a sua outra carta, novamente perguntando sobre o que ouviu durante o verão, eu volto a dizer: isso não é algo que você deva se preocupar, ou não ainda, James. Apesar de tudo, você ainda tem dezessete anos e está em Hogwarts, tendo que se preocupar em conseguir suas notas, vencer seus jogos e agir como um adolescente.

Você sempre foi apressado para as coisas, menos para vir a este mundo. Desacelere, pare de querer tudo neste momento quando ainda não é a hora certa, porque você estará perdendo boa parte de sua vida. Reuniões e grupos sobre aquilo não lhe dizem respeito...por enquanto."

Duelling - JilyOnde histórias criam vida. Descubra agora