Expulsa de casa

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Pov Brunna:

Ludmilla chegou aqui em casa de surpresa, fiquei muito feliz que nos entendemos. Nos entendemos até demais. Passamos a tarde toda transando, só minha mãe sabia que a Ludmilla estava aqui em casa já que nós não saímos do quarto.
Tivemos uma tarde maravilhosa. Depois que fizemos amor eu deitei sobre o corpo da Lud e ela me fez carinho até adormecer.
_ Brunna vim arrumar o chuveiro do seu banheiro. - meu pai abriu a porta do meu quarto gritando, acordei assustada e confusa. Vi o meu pai parado na minha frente me olhando paralisado.
_ Pai! - o chamei pra saber se era real ou um pesadelo.
_ Brunna eu não queria acreditar! Como isso pode estar acontecendo? Que cena horrível! - Ludmilla completamente nua, meu corpo completamente nu deitado sobre o dela. Cobri rapidamente nossos corpos com um lençol e segurei forte sua mão por baixo dele. Ludmilla não disse uma única palavra.
_ Você não podia ter entrado aqui pai. Você invadiu a minha privacidade. - não existia explicação alguma, não tinha como negar, disfarçar. Estava escancarado ali, ao vivo e a cores, eu e ela juntas em um momento íntimo.
_ Essa mulher queria te transformar Brunna e ela conseguiu. - meu pai gritava. Ludmilla continuava muda, em choque.
Minha mãe e Bruno subiram as escadas correndo depois do grito do meu pai.
_ Meu Deus! - minha mãe disse ao presenciar a cena.
_ Você sabia Miriam? Você sabia que a nossa filha tinha virado sapatao? - meu pai disse se virando para falar com minha mãe.
_ Jorge por favor! Qual é o problema da Brunna namorar uma mulher?
_ Problema nenhum desde que não seja na minha casa. Eu construí esse quarto com tanto suor pra Brunna trazer uma mulher pra dormir com ela. Abri mão de tudo por ela.
_ Pai não precisa disso. - Bruno me defendeu
_ Papai não faz assim. Eu amo a Ludmilla de verdade! - Eu comecei a chorar e minha mãe também. Ludmilla apertava forte minha mão mas não dizia nada.
_ Cala a boca Brunna! Você decide, ou volta a ser uma mulher normal ou pode morar em outro lugar.
_ Pai, eu sou normal. - eu e minha mãe choravamos sem parar.
_ É minha última palavra Brunna. - meu pai saiu do quarto.
_ Miriam você pode dar licença só pra gente se trocar? - Ludmilla pediu.
_ Claro. Vou ficar aqui fora. - minha mãe saiu com o Bruno e fechou a porta.
_ Amor ele não podia fazer isso. - eu comecei a chorar no colo da Lud.
_ Amor levanta, se troca. Vamos pra minha casa agora. Eu não quero mais ficar aqui.
_ Você não vai falar nada sobre isso?
_ Não sou muito de falar, sou mais de agir. Você sabe. Seu pai está de cabeça quente, está em choque. Se veste logo. - Ludmilla conversava comigo enquanto se vestia. Eu me vesti rapidamente e abri a porta para que minha mãe e meu irmão entrassem.
Mia e Bruno me abraçaram forte.
_ Filha, seu pai está de cabeça quente eu vou conversar com ele. - Ludmilla estava sentada na cama, eu e minha mãe sentamos na cama perto dela e Bruno saiu do quarto.
_ Você acha que ele vai me expulsar mesmo?
_ Ele não pode fazer isso.
_ Miriam, eu vou levar a Brunna pra minha casa. Ela vai ficar comigo lá até as coisas se acalmarem aqui. - Lud disse segurando minha mão.
_ Ludmilla me desculpa, eu estava fazendo uma janta pra vocês. Não imaginei que isso podia acontecer.
_ Você não tem que se desculpar, vai ficar tudo bem. - Lud continuou segurando minha mão e com a sua outra mão segurou a mão da minha mãe também.
_ Sua família é tão maravilhosa com a Brunna, queria poder te dar algo, te compensar, te agradecer de alguma forma por isso.
_ Você me deu a Brunna e ela é o maior presente da minha vida. - comecei a chorar.
_ Eu amo vocês meninas! - minha mãe disse nos abraçando.
_ A gente também te ama sogrinha!
_ Eu vou ficar com saudades de você aqui minha filha. Mas eu já vou me acostumando porque aos poucos a Ludmilla está te roubando de mim. - nós rimos.
_ Eu vou cuidar muito bem dela. E a minha casa estará sempre aberta pra você, pro Bruno e até mesmo pro senhor Jorge caso um dia ele consiga entender.
_ Mas vai ser por pouco tempo hein?! Vou convencer o Jorge a voltar atrás. A Brunna só vai morar de vez com você se casar. Você já sabe né dona Ludmilla?!
_ Eu sei sogrinha.
_ Fico aliviada da Brunna estar com você e com sua família.
_ Tudo vai se ajeitar com o tempo. Vamos ficar bem. Você vai lá pra casa, eu trago a Brunna aqui quando o pai dela não estiver. A gente da um jeito. - Ludmilla disse nos tranquilizando.
Arrumei minhas coisas chorando. Nunca pensei que seria expulsa de casa pelo meu papai.
Ludmilla estava desesperada pra ir embora, eu via o quão inquieta ela estava.
Descemos com duas malas minhas, minha mãe e meu irmão estavam no portão, meu pai olhou pela janela.
_ Filha se cuida! Fiquem bem. - minha mãe disse me abraçando e chorando.
_ Cuida bem dela por favor! - Bruno disse abraçando a Lud.
_ Eu te prometo que cuido. - Lud sorriu pro Bruno.
_ Eu amo vocês! - Eu disse abraçando minha mãe e meu irmão.
_ Ela vai ficar bem. - Ludmilla disse abraçando minha mãe e fechando o portão.
Entramos no carro da Lud e eu desabei de chorar.
_ Amor eu estou aqui. - Lud disse me abraçando.
_ Eu sei mas eu tô triste demais.
_ A gente já passou por tanta coisa e a gente ainda tem um caminho longo e difícil pra percorrer. Mas eu não me importo desde que esteja segurando a sua mão.
_ Eu nunca vou soltar sua mão Ludmilla! Obrigada pela mulher maravilhosa que você é.
_ Vamos pra minha casa, que é sua casa também meu amor!
_ Sim. - eu dei um selinho demorado nela. Ludmilla ligou o carro e saiu.

Chegamos na casa da Lud e estavam todos reunidos na mesa jantando.

_ Ue filha eu achei que você ia dormir na Brunna. - minha sogra disse surpresa olhando pras malas e minha cara de choro.
_ Gente a Brunna vai morar aqui por um tempo. - mais uma vez comecei a chorar.
_ Claro! A Brunna é muito bem vinda aqui. - Silvana disse vindo até mim me abraçar. Abracei ela forte e chorei no seu ombro.
_ Meu pai me expulsou de casa. - falei soluçando.
_ Expulsou porque Bru? - a vó da Lud perguntou.
_ Ele abriu a porta do quarto dela e a gente estava deitada sem roupa na
cama. - Ludmilla explicou pra todos que fizeram cara de espanto.
_ Meu Deus que babado! - Marcos exclamou.
_ Mas, o que que tem? Vocês são namoradas, vocês se amam. Vocês explicaram isso pra ele? - dona Vilma era super moderna e tudo pra ela era natural. Uma mulher incrível.
_ Sim vó, mas ele não pensa como você. Ele não entende. - Lud respondeu.
_ Tá bom gente! Chega de chorar! A Brunna está aqui. Está em casa, nós amamos ela e estamos felizes que ela está aqui.
_ Tá vendo amor?! Tá tudo bem! - Lud me abraçou.
_ Você vai ficar aqui o tempo que quiser e se depender de nós não vai embora mais. - minha sogrinha disse, nos abraçando.
_ Até porque quando vocês se casarem você vai morar aqui, a Ludmilla não pode sair de perto de mim. Deus me livre dessa casa vazia. - avó da Lud disse.
_ Já sabe né Bru?! Dona Vilma que manda aqui. - Lud brincou.
Eu me acalmei porque eu realmente me sentia em casa com a família da Lud. Nós jantamos todos juntos, e no final Luane e Marcos ainda ficaram brincando com a situação que passamos lá em casa.
Eu estava triste, porém um pouco mais aliviada.
Subimos pro quarto da Lud, tomamos banho e deitamos na cama dela. Uma virada de frente pra outra
_ Bru! Eu sei que você está triste pelo o que rolou. Eu também estou sabe, mas você vai me achar egoísta se eu disse que tô feliz que vai morar por um tempo aqui? - Lud disse passando a mão no meu rosto.
_ Talvez, mas eu gostei de ouvir isso. - nós trocamos sorrisos
_ Eu vou cuidar de você, vou te mimar muito.
_ Eu sei, você já faz isso minha vida.
_ Se você estiver triste, você me abraça forte até a tristeza desistir e ir embora, tá bom? - corri pros braços dela e a abracei bem forte.
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Se vocês estiverem curtindo a história e quiserem que eu continue postando comentem aí. Digam o que acharam do capítulo. 😘

Cartas para Bru (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora