Brunna me perdoa por ontem?

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Flashback continua...

Acordei com minha cabeça estourando de dor e muito enjoo, estava com a boca seca e muita ressaca.
No meu celular tinham mais de 30 chamadas da Ludmilla e um áudio dela bêbada me pedindo perdão.
Desci pra comer, pois eu precisava me alimentar pra ver se melhorava um pouco a ressaca.
Minha mãe colocou a mesa e me deu um beijo.
_ O que aconteceu ontem Brunna? Você chegou aqui gritando e chorando, ouvi a voz da Lari tentando te acalmar. Você brigou com a Lud né?! - minha mãe sabia que eu e Lud éramos mais que amigas, mas ela fingia não saber, esperava que eu a contasse primeiro.
_ Brigamos sim mãe. Eu sou uma idiota. - comecei a chorar e minha mãe me abraçou.
_ Fica calma Brunna. Você vão conversar e resolver. - fiquei em silêncio e tentei me acalmar não queria que minha mãe continuasse o assunto.
De repente escutei o barulho da campainha, a pessoa tocava insistentemente.
_ Mia vai atender a campainha.
_ Deve ser o Bruno que esqueceu a chave e não sabe esperar, tem que tocar igual um doido sem parar. - minha mãe saiu resmungando.
_ Oi Miriam tudo bem? - de longe eu escutei a voz da Ludmilla. Eu fiquei gelada.
_ Oi! Veio conversar com a Brunna né?! É melhor vocês conversarem e resolverem as coisas logo. Minha filha chegou em casa chorando ontem por sua culpa. Vocês são amigas não ter que ficar brigadas. - escutei a entonação irônica  que minha mãe fez na palavra amiga.
_ Sim. Eu vim aqui pra conversar e resolver as coisas com ela. Por favor me deixa entrar.
_ Entra. - quando ouvi minha mãe dizer pra Ludmilla entrar, subi correndo pro meu quarto.
_ Brunna!!! Ludmilla está aqui pra falar com você. - minha mãe  me chamava aos berros.
_ Eu não quero falar com ninguém Mia. Fala pra ela que ela pode ir embora.
_ Já escutou né Ludmilla?! Brunna não quer falar. Melhor você voltar outra hora.
_ Por favor me deixa subir! Eu deixei a Brunna triste mas eu preciso me explicar. Preciso me desculpar com ela.
_ Brunna vai ficar puta se eu te deixar subir.
_ Eu só saio daqui quando a Brunna falar comigo. - Lud sentou na cadeira que tinha na mesa da cozinha que dava de frente pra escada do segundo andar onde era meu quarto.
_ Sobe Ludmilla. - minha mãe disse apontando pra escada a frente.
_ Obrigada Miriam!
Ludmilla subiu as escadas e bateu na porta do meu quarto.
_ Oh Bru! Eu só quero conversar com você. Abre!! - ela pedia, enquanto batia na porta do meu quarto que estava trancada.
_ Eu te disse pra você sumir da minha vida. Por que você veio até a minha casa? Que ódio. - eu estava muito nervosa.
_ Você quer que eu diga o motivo que estou aqui? Quer que eu grite pra todo mundo? - Ludmilla estava jogando sujo comigo, sabia que a minha família não sabia de nós e isso iria me forçar a abrir.
_ Entra! - destranquei a porta e ela entrou.
_ Pra que você veio aqui? Por que você simplesmente não some da minha vida Ludmilla? Tem um monte de mulher querendo você. Pra que você vem atrás de mim? Você não percebe que está me machucado? Que graça você vê nisso? - eu me senti até mais leve em falar e depois me desabei de chorar.
_ Brunna eu amo você! - eu queria bater na cara dela ao ouvir ela falando aquilo. Porque meu coração se desarmava quando ela me dizia.
_ Ontem deu pra ver o quanto você ama. _ Por favor deixa eu continuar.
_ Agora você vem na minha casa dizer baboseiras e eu sou obrigada a escutar?
_ Por favor Brunna. Depois que eu terminar e se você quiser eu sumo da sua vida.
_ Ok fala. - eu disse impaciente.
_ Brunna eu sei que não é a primeira vez que eu piso na bola com você. Você sabe o quanto é difícil pra mim me relacionar. Eu sempre fui assim desde adolescente, sempre fui solta. Nunca levei ninguém a sério, eu achei que nunca ia amar ninguém. E tem outro lado, quando a gente é famoso o mundo é muito convidativo. Tem muito assédio, tem muita futilidade e nós somos seres humanos que nos atraímos por coisas banais. Ontem eu teria sido muito mais feliz se tivesse passado a noite com você. Dormido e acordado com você. Eu fiquei bêbada, uma garota bonita deu encima de mim, os meninos colocaram pilha e eu fui uma idiota. Eu sei que a gente ainda não namora e que eu tenho muito medo de assumir um namoro com alguém, mas eu não tive responsabilidade afetiva com você. Eu vim aqui te dizer que você está certa de estar chateada comigo, que eu sou uma idiota...
_ Isso eu sei. - eu disse pra cortar o clima. Nós rimos. Eu já estava com o coração mole, não tem jeito ela me tem inteira.
_ Brunna me perdoa por ontem? Por todos os erros que eu já cometi com você.
_ O que adianta eu te desculpar se eu vou ficar insegura com você? Se vão vir outras pessoas, outros fervos. E eu sei que você vai me decepcionar de novo.
_ Brunna. - ela se aproximou, segurou minhas duas mãos, olhou nos meus olhos. Meu coração batendo a mil. _ Eu quero ficar só com você, eu não vou te decepcionar. Ficar com outras pessoas só por ficar não me preenche, não me satisfaz mais. Eu sei que palavras não importam mas eu vou te provar. Você sabe que eu não minto.
_ Eu queria dizer não pra você, queria te pedir pra sumir. Mas, eu sou fraca demais pra resistir ao sentimento que eu tenho por ti. -  Lud se aproximou, colocou suas mãos na minha cintura me puxando pra junto dela. Nossos lábios ficaram bem próximos, ela olhava meus olhos e minha boca. Eu estava paralisada, doida que ela me beijasse.
_ Eu te amo Brunna! Eu quero ficar só com você. Você é a minha certeza.
_ Eu te amo demais! - ela juntou nossos lábios e me deu vários selinhos. Depois aos poucos foi pedindo passagem com a lingua e me deu um beijão.
_ Amor! Arruma suas coisas e dorme comigo.
_ Tá bom Lud!
_ Nossa não vou nem precisar insistir? - nós rimos.
_ Não. Eu tô cheia de tesao e quero dar pra você a noite toda. - eu sussurrei no seu ouvido.
_ Nossa fiquei molhada só de ouvir. - ela me puxou pra outro beijo mas dessa vez com pegada na bunda. - arruma logo e vamos. Quero você na minha cama logo.
_ Calma! Preciso pegar minhas coisas.
_ Leva tudo. Vai que você fica uma semana lá? Um mês? Não sei. - Lud riu
_ Tá doida garota? Amanhã eu venho embora.
_ Você sabe que eu não vou deixar né?! - ela me abraçava por trás enquanto eu tentava arrumar minha bolsa.
Arrumei minhas coisas e fui pra Lud, fiquei 11 dias direto na casa dela. Usando até as roupas dela, a família dela já me ama. Foram dias incríveis, cheios de amor, sexo, carinho e risadas. Éramos quase namoradas mas eu ainda esperava que o pedido acontecesse.

Flashback Off...

_ Nossa Brunna, agora eu entendo a sua situação. As vezes só o amor não basta né?!
_ Pois é Alice.
_ Depois disso ela pisou na bola com você novamente?
_ Então, nós ficamos uns cinco meses vivendo a mil maravilhas. Estávamos felizes e apaixonadas. Mas, teve outro acontecimento que foi a gota d'água pra que eu viesse pros EUA. Mas não quero falar sobre agora. Qualquer dia eu te conto.
_ Tudo bem Bruninha. Qualquer dia você me conta.
_ Obrigada por me ouvir e ser tão minha amiga no momento que eu mais precisei, que eu tô longe de toda minha família.
_ Brunna obrigada você por sua amizade, companhia. Nós somos a família uma da outra aqui. Te amo!
_ Eu também amo você. - Alice esticou o braço por cima da mesa e apertou minha mão.











Espero que estejam gostando ❤️

Cartas para Bru (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora