O Flagra

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Pov Ludmilla:

Flashback continua...

Acordei em um quarto de hotel só de calcinha e sutiã. Marina deitada do meu lado só de blusa, eu estava muito tonta e fraca. Tentando me lembrar o que tinha acontecido e como eu vim parar na cama com essa mulher. Quanto mais eu tentava pensar mais minha cabeça doia. Me lembrei da Isabelly, ela não estava com a gente.
Eu precisava ir embora, no relógio eram sete da noite e eu tinha que encontrar a Bru. Eu tinha tantos planos pra essa noite, vai ser a nossa noite mais importante. Eu vou contar tudo o que aconteceu pra ela mesmo que eu não saiba direito o que tenha acontecido. Meu celular na mesinha do lado da cama descarregado. Eu não tinha como ligar pra ninguém.
Marina parecia estar dormindo profundamente, nem se mexia. Me levantei e comecei a procurar minhas roupas.
De repente ouvi barulhos e a porta do quarto se abriu.

_ Bru! -  Me assustei com a Brunna chegando no hotel. -  Que bom que você tá aqui. Estou desesperada você não sabe o que aconteceu. - Brunna olhou para aquela cena toda, o quarto, eu seminua, Marina na cama só de blusa e me olhou nos olhos. Me olhou com olhar de decepção e raiva, e lágrimas pesadas começaram a cair dos seus olhos.
_ Ludmilla como você pôde ? Mais uma vez. Parece que um trator passou por cima do meu coração.
_ Brunna você não tá pensando que eu estava com essa mulher né?! Eu nem a conheço Bru. Vamos pra minha casa que eu vou te explicar.
_ Ludmilla acabou toda essa palhaçada. Acabou o respeito e a admiração que eu tinha por você. Acabou nossos planos, acabou tudo. - Brunna gritava e eu estava desesperada querendo chorar, eu precisava fazer ela me ouvir. Não sabia o que fazer então usei um golpe baixo, simulei um desmaio. Queria que ela fosse pra minha casa comigo.
Cai no chão e Brunna ficou desesperada, mesmo com ódio do que ela supostamente achou que tinha acontecido o seu amor era tão grande que me ver "desmaiada" a desistabilisou.
Brunna chamou um táxi e foi pra casa comigo.
Eu fui o caminho todo deitada no colo dela e com o coração na mão com medo dela não acreditar em mim.
O choro da Bru era tão forte que suas lágrimas pingavam, e seus soluços eram constantes.
Eu estava me segurando pra não chorar também.
Chegamos na minha casa, minha mãe estava no quarto com Renatao e não nos viu chegar. A Brunna tão pequeninha me  levou até o quarto com muito dificuldade.
Me deitou na cama e começou a arrumar suas coisas pra ir embora.
_ Bru! O que aconteceu? - eu disse fingindo ter acordado do desmaio
_ Você desmaiou, estou indo embora vou falar com sua mãe pra cuidar de você.
_ Não Bru. Espera por favor. - Brunna nem olhava pra trás. _ Eu imploro! - Brunna parou de andar mas continuou de costas.
Levantei e fui até ela.
_ Não chega perto Ludmilla. Só me deixa ir vai ser melhor pra nós.
_ Brunna todo mundo é inocente até que se prove o contrário.
_ Ludmilla você é ótima né?! Eu não quero te ouvir, nem te ver, nem sentir seu cheiro, nem ver sua foto, nem estar no mesmo país que você.
_ Mesmo se você ficasse um ano sem me ver, se você você fosse pra outro país, se você apagasse todas as minhas fotos, ainda sim você ia me amar e me querer. - Cheguei por trás dela e segurei a pontinha da sua mão direita. Brunna continuava de costas e com sua outra mão secava suas lágrimas que caiam sem parar.
_ Você acha que eu vivo e morro por você né?! Você se acha muito Ludmilla
_ Não. Eu não tô falando isso porque eu acho que você vive e morre por mim. Estou falando porque eu sei, porque eu vivo e morro por você e nosso amor não vai acabar. Eu tenho certeza. - Brunna se virou, soltou minha mão e me olhou dentro dos olhos chegando bem perto de mim. Seu olhar era de raiva.
_ De que adianta eu te amar se eu não te admiro mais. Não te admiro como mulher, nem como namo... namorada não né!? Ficante. É isso que eu era e seria pra sempre sua.
_ Brunna eu ia te pedir em namoro hoje eu juro. Estava tudo preparado.
_ Mas aí você resolveu fazer uma despedida de solteira primeiro né?!
Abri a gaveta da cômoda e peguei o anel de ouro branco com diamante. Entreguei pra ela. Brunna pegou o anel e leu meu nome e a data do nosso primeiro beijo escrito dentro. E começou a chorar ainda mais.
_ Gostou?
_ É lindo! Incrível. Mas do que adianta? O anel é lindo mas o seu amor é egoísta, falso, machuca, trai. Eu preferia que você me desse um anel de lata que tivesse um sentimento verdadeiro. - ela abriu minha mão, colocou o anel na minha palma e fechou.
_ Brunna não fala assim, você não sabe o que aconteceu.
_ Ludmilla pelo amor de Deus eu recebi uma ligação da recepção do hotel dizendo que você estava lá. Eu fui toda feliz achando que você estava preparando uma surpresa pra mim. E quando eu abri a porta meu mundo caiu, eu nunca vou esquecer aquela cena na minha vida.
_ Nem tudo é o que parece ser. Me escuta, deixa eu te contar o que aconteceu.
_  Conta então, quero ver até onde vai sua cara de pau. Fala que eu quero ouvir. - Brunna se sentou no chão e eu sentei do seu lado.
_ Eu estava preparando tudo pra te pedir em namoro hoje, mandei mensagem pro Marcos me ajudar, pra floricultura.- mostrei a conversa com Marcos pra ela. _ Aí recebi uma mensagem da Isabelly me implorando pra vê - lá que ela ia se matar e tals. - mostrei a conversa pra Brunna. _Eu não podia me negar a ir Bru. Imagina carregar a culpa da morte de alguém? Mas eu sou tão ingênua que foi uma armadilha. O Marcos foi comigo e ficou me esperando do lado de fora. Depois aparaceu uma amiga da Isabelly lá e começou a dar em cima de mim.
_ humm... - Brunna suspirava de ódio
_ Em momento algum eu quis ficar com ela e deixei bem claro isso. Isabelly estava colocando fogo, querendo tirar foto da gente, me fazendo beber. Quando disse que ia embora ela pediu pra que eu tomasse só o último drink e depois que bebi esse drink fiquei fraca, zonza, e só me lembro de estar acordando naquele quarto com ela do lado, sem roupa.
_ Tá bom, eu sei, não precisa repetir.
_ Brunna essa é a verdade. Vamos curtir nossa noite e esquecer tudo isso? - me aproximei da Bru e coloquei a mão no rostinho dela. Brunna se esquivou.
_ Adorei o roteiro de Manoel Carlos que você me contou. Acho que além de cantora você já pode escrever novela pra Globo. Você é muito talentosa. - Brunna estava usando o deboche que me irritava.
_ Brunna a história é essa. Parece absurda mais infelizmente é real. Eu só queria que você confiasse em mim.
_ Ludmilla, lembra quando há cinco meses atrás você me pediu pra confiar em você? E eu confiei.
_ E eu tinha decepcionado Brunna?
_ Até hoje não. Mas hoje foi a gota d'água. - Bru se levantou.
_ Onde você vai?
_ Pra minha casa, amanhã Mário Jorge vem aqui e buscar minhas coisas
_ Brunna confia em mim eu te peço. Eu te amo! Eu te fiz uma promessa e não vou quebrar. Não faz assim.
_ Minha cota de confiança em você se esgotou. Já fui trouxa demais. Agora chega.
_ Fica com o anel pelo menos. Ele é seu.
_ Lud escuta bem uma coisa, eu não quero esse anel, não quero diamantes, nem ouro, nem o seu dinheiro, eu quero o seu amor, sua fidelidade, seu respeito. Mas isso você não pode me dar.
Comecei a chorar desesperadamente.
_ Ludmilla voce tá aí? - Marcos me chamou na porta do quarto.
Brunna abriu a porta, enquanto eu estava sentada na cama chorando com a cabeça abaixada.
_ Xau Marcos. - Brunna saiu e Marcos ficou sem entender.
_ Lud o que aconteceu? - Marcos foi até mim, levantou meu rosto e me abraçou.
_ A Isabelly acabou com a minha vida. - comecei a chorar desesperadamente no colo dele enquanto entre soluços  eu contava a história toda.

Flashback off





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Deixem o comentário se vocês gostaram do cap. E qual a opinião de vocês sobre a reação da Bru.
Até breve
😘😘😘

Cartas para Bru (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora