Cartas para Bru (Concluída)

Marina

Pov Ludmilla :

Sai do meu quarto me sentindo a pessoa mais feliz desse mundo. Quando a gente ama alguém de verdade que também a gente, mesmo que esteja do outro lado do mundo a gente fica iluminado. E o amor da Bru era a minha luz, minha energia.
Fui até o quarto do Marcus encher o saco dele pra ele arrumar algo pra gente fazer.

_ Marquitooo Soraiaaa. - eu gritava batendo na porta do quarto dele.
_ Estou dormindo volte depois. - ele respondia.
_ Abri logo senão eu derrubo. - eu continuava batendo na porta.
_ Ludmilla a força da mulher sapatona. - ele me zuava.
_ Marcus se arruma que nos vamos sair daqui meia hora, quero nem saber fica pronto logo. - eu disso indo pra área externa pra esperar ele se arrumar.

Marquito se arrumou e foi me encontrar na área da piscina.

_ O que você tá aprontando Ludmilla?
_ Nada irmão. Vamos dar uma volta.

Demos uma volta de carro, ouvindo música e cantando bem alto e depois
fomos para o Paris, um restaurante que eu adoro.
Nos sentamos em uma mesa bem discreta nos fundos do restaurante.

_ Estou te achando tão animada hoje.
_ A Bru me ligou de manhã e só isso faz o meu dia ficar maravilhoso. Você sabe né?! Quero que ela volte logo.
_ Ela vai chegar e vocês serão muito felizes. Eu tenho certeza. - ele disse segurando e beijando minha mão.
_ Te amo irmão. - quando falei isso Marquito virou seu corpo para trás dando as costas pra mim. _ Nossa irmão falei que te amo e você cagou pra mim.
_ Ludmilla do céu, olha quem tá ali.
_ Não acredito! A Marina! Não sei nem se essa é o nome dela de verdade.
_ Irmã eu vou lá, vou buscar ela aqui e fazer ela confessar tudo.
_ Eu também vou.
_ Não. Ela não pode ver você, você fica. - Marcos me impediu.
Marcos foi atrás da suposta Marina entanto eu me lembrava de tudo o que aconteceu naquele dia horrível.

Flashback on:

Mal tinha conseguido dormir a noite de tão eufórica que estava. Hoje era o grande dia. Eu ia finalmente pedir a Bru em namoro, na verdade oficializar pois já faziam uns cinco meses que eu só ficava com ela e ela dormia na minha casa praticamente todos os dias. Exceto ontem que foi aniversário do irmão dela, eu dei um abraço nele e deixei a Bru na casa dela com sua família. Era o dia perfeito pra que eu pudesse planejar tudo.
Comprei um anel pra Bru, mas eu ainda não poderia usar porque ainda não era assumida pro meu público. De qualquer forma eu queria que ela usasse e queria dizer a ela e as pessoas que eu confio que éramos namoradas.
Preparei tudo no meu quarto, buquê de rosas, pétalas na cama, bebidas.
Ia ser uma noite perfeita, até que me telefone tocou.
Isa me ligou me pedindo para encontrar com ela em um hotel que ela estava hospedada. Me disse que seu pai a expulsou de casa e que tentou se matar. Eu não podia dizer não pra alguém que eu já me relacionei, principalmente por saber de todos os transtornos que ela tem.
Fiquei em dúvida se falava ou não com a Bru, mas eu sabia que ela ficaria triste achei melhor não dizer. Até porque eu ia voltar bem rápido.
Pedi pro Marcos me levar até lá.
Nos sentamos na área da piscina do hotel e Marcos ficou na sala de espera que era toda fechada com vidro e tinha total visão da área da piscina. Nos olhávamos e trocávamos sinais através do vidro.
Isa chegou, me abraçou e começou a dizer que brigou com seus pais e que queria se matar. Eu tentei acalmá-la conversando com ela até que do nada uma mulher linda parou na nossa mesa.
_ Oi Isa!
_ Oi Marina! Que coincidência. Essa é a...
_ Ludmilla eu conheço. - Marina completou.
_ Prazer Marina. - eu disse esticando a mão para a moça que logo veio e me abraçou.
_ Meu Deus que perfume gostoso. - Marina me elogiou.
_ Senta com a gente. - Isa puxou a cadeira do meu lado pra Marina sentar.
Fiz sinal pro Marcos ir embora pois Isa não tentaria nada já que estava com mais uma pessoa. Eu ia ficar só mais um pouco e ir embora. Marcos foi embora e eu continuei com as meninas.
Isa pediu um balde de cerveja.
_ Eu não posso beber muito gente, mais tarde tenho um compromisso.
_ Vamos beber Lud preciso esquecer meus problemas. - Isa insistia
_ Estou tão feliz em estar de volta ao Brasil. Eu amo o clima daqui, as mulheres são maravilhosas também. - Marina disse colocando a mão na minha perna. Cheguei minha cadeira pro lado.
_ Estou tão feliz em te ver também Ma. E sim, as mulheres são maravilhosas e quentes né?! Bem diferente da Itália. Você não concorda Lud?
_ Sei lá né?! Nunca fiquei com nenhuma italiana. - nós rimos.
_ Prazer italiana. - Marina disse esticando a mão pra mim. Ela não parava de me olhar.
_ Vai dar em cima da minha ex assim? Na minha cara? - Marina e Isa começaram a rir.
_ Ue achei que eram só amigas agora.
_ Somos só amigas, tô brincando inclusive acho que seriam um casal lindo hein. Fica mais pertinho pra eu
ver.  - Marina chegou perto e me abraçou tão rápido que eu me assustei, Isa se aproveitou e tirou várias fotos. Meu Deus que situação que eu estava, só queria sumir.
_ Você está solteira Lud? - Marina me perguntou novamente passando a mão na minha coxa.
_ Na verdade eu vou oficializar meu relacionamento.
_ Então temos que fazer a despedida de solteiro. - as duas riam
_ Gente eu preciso ir sério. Que bom que sua amiga está aqui e você já está ate melhor Isa. - eu dizia me levantando
_ Cadê a Ludmilla que eu conheci? Você está tão careta agora. Qual é Lud? Você está solteira tem uma mina super gata te dando mole. Não te reconheço. - Isa disse
_ A Ludmilla que você conheceu não existe mais. Tô indo gente.
_ Espera Lud! Vamos tomar só o meu drink preferido e você vai. Por favor! - Isa insistia.
_ Combinado. - eu respondi. Pronto eu ia beber esse drink logo e ir embora.
_ Vou lá buscar gente. - Isa se levantou.
_ Eles não trasem aqui? - questionei
_ Sim. Mas não fazem do jeito que eu gosto. Vou lá pedir direto pro barman pra ficar do jeitinho que eu quero. Com um toque especial.
Isa se levantou e foi buscar as bebidas.
Voltou com uma bandeja com três taças, cada um de uma cor.
_ A laranja é minha! - Marina esticou a mão e pegou.
_ A vermelha é a da Lud que é a cor favorita dela. - Isa me entregou a taça vermelha. - eu fico com a amarela.
Começamos a beber e com poucos goles eu comecei a ver a água da piscina mexer sozinha.
_ O que tem nessa bebida? - perguntei.
_ Só um pouquinho a mais de vodka. - Marina respondeu rindo.
_ Não vou mais beber. Estou ficando estranha. - eu disse assustada.
_ Você prometeu Lud. - Isa insistia
_ Tudo bem.
_ Você era mais forte pra bebida quando a gente tava junto. - Isa zuava
_ Eu ainda sou essa bebida que é estranha.
_ Duvido que você vira essa taça. - Marina dizia.
Eu como odeio a palavra "duvido" virei a taça toda.
Comecei a ver tudo se mexer, Marina chegava perto, beijava meu rosto, passava a mão no meu cabelo. Eu estava fraca demais pra conseguir sair fora, via alguns flashes do celular da Isa. Eu ficava ainda mais fraca, minha visão escura e meu corpo mole demais pra ficar sentado na cadeira. Apaguei...

Continua...

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Demorei mas vim com um capítulo foda pra vocês. Quem gostou e quer a continuação comenta aq 👇