Capítulo 17

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Oii, meus amores. Passando aqui rapidinho para me desculpar com a demora das postagens. Estou passando por uns problemas pessoais ultimamente e devido a isso não tenho tido tempo e nem cabeça para escrever. Espero que entendam e que me perdoem. Acabei de escrever esse capítulo rapidinho só para vocês, assim que surgir mais um tempinho eu escrevo e posto mais.
Estamos na reta final de "Um acordo quase perfeito", reviravoltas irão acontecer na vida do nosso casal. O que vocês acham que irá acontecer? Deixa nos comentários aí para eu saber 😉
Sem mais enrolação, vamos para o capítulo...


Kate

Há dias em nossa vida que parece que o universo faz de tudo para que nós nos amaldiçoamos simplesmente por termos saído da cama.

E, para mim, hoje é um desses infernais dias.

Mal consegui dormir durante a noite. Estou acostumada a acordar com o corpo grande e firme do Andrew ao meu lado, porém essa semana nós praticamente não se vimos. Segundo ele, sua rotina está muito corrida ultimamente devido ao período de férias dos funcionários da Foster&Software.

Apesar de não estarmos nos vendo com muita frequência, ele me liga todos os dias. Porém, devido a distância, minha libido vem estando em estado constante de combustão, o que acarretou em algumas seções de sexo por telefone.

Mal consigo falar com o Andrew sem pensar nos seus braços em volta de mim, sua boca na minha e suas mãos fortes passeando por todo meu corpo, o que acaba me trazendo estranheza já que nunca fui o tipo de pessoa carente.

Aliás, muitas coisas estranhas vem acontecendo comigo ultimamente além da carência repentina.

Venho sentindo muitos enjoos e vertigem. Já faz mais de uma semana que eu não consigo tomar café da manhã sem colocar tudo para fora depois de alguns momentos.

E isso é um dos fatores do meu dia está sendo infernal.

Estou terminando de digitar um e-mail para um possível cliente da E&C Events quando um furacão de cabelos negros entra na minha sala do escritório.

Lisa para na frente da minha mesa com os olhos arregalados e um sorriso de orelha a orelha. Está segurando uma enorme sacola com um laço vermelho nas mãos.

— Isso é o que estou pensando? — Ela questiona.

Sorrio.

— Você só vai saber se abrir.

Alissa parece uma criança na manhã de natal abrindo os presentes em baixo da árvore de natal. Solta o laço vermelho em questão de segundos e logo está com uma bolsa Gucci Marmont preta nas mãos.

Ela solta um gritinho e começa a pular pelo escritório enquanto abraça a bolsa como se fosse um bichinho de pelúcia.

— Não acredito que você me deu uma bolsa da Gucci. — Alissa exclama.

Me levanto e vou para o seu lado.

— Sei como você estava namorando essa bolsa pela vitrine da loja a muito tempo. E não se faz 28 anos todo dia, essa data merece um presente especial.

Ela solta uma gargalhada e mal consigo me firmar no chão antes que seu corpo bata contra o meu em um abraço de urso.

— Parabéns, Lisa. — Sussurro em seu ouvido. — Eu amo você.

— Eu também amo você, Kat.

Me afasto dela e vamos nos sentar no sofá que há em minha sala.

— E então, como está sendo o dia? — Pergunto.

— Mais que ótimo. Acordei com um buquê de rosas do lado de fora da porta do meu apartamento e com uma caixinha com essa pulseira. — Ela estende o braço para que eu possa ver a linda pulseira com pequenas pedrinhas roxas. — Andrew deixou lá com um bilhetinho super fofo antes de ir para o trabalho.

Sorrio e deixo que Alissa conte sobre tudo que está acontecendo. Adoro ouvi-la falar e ver como está feliz, isso traz uma paz para dentro de mim. Sua felicidade também é a minha.

— Meu dia está sendo perfeito, mas parece que o seu nem tanto. Está com uma cara péssima. — Comenta Lisa. — Aconteceu alguma coisa?

Suspiro e conto para ela sobre o mal estar que venho sentindo nos últimos dias.

— Isso deve ser algum vírus que peguei quando viajamos para Seattle. Estou pensando em marcar uma consulta com o James já que ele está de volta agora.

Alissa está muito calada desde que comecei a relatar o que estou sentindo. Ela me olha de forma fixa, analisando todo meu rosto como se estivesse procurando por algo.

— Por que está me olhando assim? — Pergunto.

— Quando foi a última vez que você menstruou, Kate?

Sinto o ar fugir dos meus pulmões quando ouço a pergunta.

Ela não pode estar achando o que eu acho que está, não é?

— V-você não está achando que eu posso estar... — Não consigo terminar a frase.

O seu silêncio é o bastante para me indicar o que ela pensa.

Me levanto e começo a andar de um lado para outro.

— Não. Impossível, Alissa. — Declaro.

— Você é a pessoa com a imunidade mais forte que eu conheço, Kate. Nunca vi você pegar uma simples gripe. Tudo isso que você está sentindo são sintomas óbvios de gra...

— NÃO TERMINA ESSA FRASE. — Grito, interrompendo-a.

— Essa ideia não passou pela sua mente nenhuma vez? — Ela pergunta.

— É claro que não. Eu e Andrew deixamos de usar camisinha algumas vezes, mas tomo anticoncepcional. Nunca pulei um dia... — interrompo a frase quando uma lembrança me vem a mente.

Quando fomos para Seattle realizar o baile beneficente eu esqueci de levar a caixinha com o anticoncepcional. Não me lembro de ter usado camisinha com o Andrew naquele final de semana.

O mundo parece ruir sobre meus pés quando me dou conta que tem sim a possibilidade de eu estar esperando um filho do meu namorado.

Começo a tremer incontrolavelmente e sinto minha visão começando a ficar turva.

Alissa aparece em minha frente com um copo de água estendido para mim. Não consigo ouvir uma palavra que sai de sua boca.

Me sento de volta no sofá e tomo toda água. Tento estabilizar minha respiração para que o ar volte a circular pelo meu cérebro, me permitindo raciocinar devidamente.

Respiro fundo.

— Não quero pensar nisso agora. — Digo com a voz baixa. — Pode ser apenas um engano. Minha menstruação nunca foi regular e esses sintomas pode ser apenas stress.

— Você não acha melhor fazer um teste? — Alissa pergunta de forma cautelosa.

— Por agora não.

Alissa se aproxima de mim e segura minhas mãos na sua.

— Você sabe que vou estar do seu lado apesar do resultado não é?

Sinto meus olhos encherem de lágrimas e assinto para minha melhor amiga.

Ela me dá um forte abraço antes de sair da sala e me deixar em meio aos pensamentos.

A verdade é que estou com medo de que eu realmente esteja grávida. Óbvio que eu quero ser mãe, mas não agora. Não quando Andrew e eu temos apenas 3 meses de namoro.

Decido afastar tais pensamentos antes que o medo acabe me consumindo por completo.

**********

Decidimos ir a um restaurante de comida italiana para comemorar o aniversário de Alissa.

Estou sentada ao lado de Andrew na mesa e Alissa e James estão em nossa frente enquanto Josh está na ponta. Conversamos sobre várias coisas durante o jantar e vejo James roçar a mão constantemente com a Lisa. Eles vem se encontrando desde que voltamos de Seattle.

A mão de Andrew também não para de roçar em minha coxa de baixo da mesa, e isso está me deixando louca. Ele age como se nada estivesse acontecendo enquanto sobe e desce a mão forte no interior da minha perna.

Estou usando um vestido preto e soltinho, que bate pouco abaixo das minhas coxas. Coloquei saltos vermelhos, assim como o batom. Minha recompensa foi o brilho de desejo nos olhos de Andrew assim que ele me viu, e minha destruição é o fato de ele estar me provocando durante toda a noite.

Sua mão mais uma vez passeia por minhas coxas, mas dessa vez ele aproxima os dedos um pouco de onde estou pulsando por ele.

Me remexo no assento e Andrew sorri ao reparar em minha reação. Ele aproxima a boca da minha orelha de forma casual, como se só estivesse querendo me falar algo normal.

— Estou louco para levar você para casa e fazer você gemer enquanto te chupo do jeito que você gosta. — Ele sussurra com a voz rouca e banhada em desejo.

Pego seu pulso disfarçadamente por baixo da mesa e empurro sua mão para mais perto do meu núcleo.

Ele solta uma risada quando percebe minha intenção.

— Aqui não, raio de sol. Vai ter que esperar até chegarmos em casa. — Ele diz e tira a mão do meio das minhas coxas.

Resmungo um monte de palavrões que fariam um marinheiro se assustar e cruzo os braços.

Estou prestes a pedir licença para ir ao banheiro quando um garçom se aproxima com uma bandeja nas mãos e a coloca na frente de Alissa.

— Acho que o senhor entregou na mesa errada. Não pedi sobremesa. — Lisa diz.

—Na verdade — se intromete James. — eu que pedi para você.

Alissa para ele de forma confusa e entende a mão para poder tirar a tampa da bandeja.

— Antes que você abra queria dizer umas coisinhas. — Ele diz. — Quando te vi naquela festa, a 3 meses atrás, algo diferente aconteceu comigo. Senti como se o mundo tivesse parado quando você olhou para mim com esses olhos hipnotizantes e quando você sorriu para mim, tudo em minha volta brilhou também. Depois saímos para dançar e quando voltamos para o hotel tivemos nossa primeira noite, e que noite meus amigos...— Ele brinca.

Andrew e Josh fazem sons de protesto, dizendo que não queriam saber das relações de Alissa.

— O que você não sabe é que enquanto você dormia em meus braços, eu fiquei observando-a. Reparei no modo como você parece prender a respiração por alguns momentos e como seus lábios se contraem sozinhos devido a algum sonho. E naquela noite, enquanto eu velava seu sono, eu percebi que não queria que ela fosse a nossa primeira e última vez juntos. Me dei conta que queria passar mais tempo com você, saber mais sobre você. — Ele para por um momento para respirar. — E foi o que eu fiz. Propus que continuássemos saindo e, para minha felicidade, você aceitou. Depois disso cada dia que passávamos juntos era melhor que o anterior. A casa descoberta que eu fazia sobre você tinha o desejo de saber mais. 

Ele segura as mãos da minha amiga que está com os olhos cheios de lágrimas.

— E mesmo depois de 3 meses ao seu lado, ainda tenho vontade de continuar. De continuar te fazendo feliz, de continuar tendo alguém com quem conversa sobre as coisas mais banais do mundo, de continuar a ter uma pessoa em quem pensar desde o acordar ao dormir. E foi essa vontade de continuar que me fez tomar a decisão dessa noite. — Ele indica a bandeja com a cabeça.

Alissa estende a mão trêmula para a tampa, e quando a abre lágrimas começam a descer por seu rosto enquanto sua mão livre está cobrindo a boca.

No prato há um pequeno petit gâteu e a frase "Quer namorar comigo?" escrita com calda de chocolate ao lado de uma caixinha com duas alianças dentro.

— Continue comigo, Lisa. Continue fazendo os meus dias mais felizes e me impulsionando a ser um homem melhor para você. Juro tentar recompensá-la até o meu último suspiro se aceitar ser minha namorada e me fazer ser o homem mais sortudo desse mundo. — Diz James enquanto pega a caixinha do prato e a estende para Lisa.

Minha amiga começa a balançar a cabeça freneticamente enquanto lágrimas ainda escorrem por seu rosto.

— Sim, sim, sim! É claro que eu aceito! — Ela grita e se joga nos braços do namorado, unindo seus lábios.

Pessoas que estão sentadas em mesas próximas e que viram o pedido começam a aplaudir, assim como eu, Andrew e Josh.

Depois que o novo casal termina de se beijar e colocam as alianças, eu me levanto e puxo Alissa para um abraço forte.

— E não é que você encontrou mesmo alguém especial naquela noite?! — Brinco com ela.

— E eu dizendo que era algo improvável. Nunca mais duvido do destino. — Ela diz sorrindo.

Me viro para James.

— E você trate de cuidar muito bem dela. Se eu souber que fez algo que não à agradou sugiro que fuja antes que eu te encontre. — Ameaço.

Ele solta uma gargalhada.

— Pode deixar KitKat. Me lembro bem a força do seu soco, não quero arriscar levar outro novamente.

Todos damos risadas.

**********

Estamos saindo do restaurante quando braços fortes me envolvem por atrás e me puxam para um peito forte e definido. Logo o cheiro de loção pós-barba infiltra meus sentidos.

— Já comentei como está linda essa noite, raio de sol? — Andrew sussurra enquanto distribui beijos pelo meu pescoço.

— Disse algumas vezes. — Sorrio.

— Ótimo, por que você está deslumbrante e muito sexy com esses sapatos vermelhos. — Ele da leves mordidinhas no meus ombro.

— Por que você não me mostra como me acha sexy assim que chegarmos em casa? — Pergunto com uma voz baixa e rouca.

Sinto algo duro ser pressionado contra minha bunda e solto um leve gemido.

— É o planejado, querida.

— E o que está esperando? — Esfrego meu corpo na protuberância em sua calça.

Nos despedimos rapidamente dos nossos amigos e fomos para o meu apartamento, onde Andrew me mostrou de várias formas, jeitos e posições como adora meu corpo.

Um Acordo Quase Perfeito (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora