Capítulo 8

1.3K 156 3
                                    

Andrew

Passaram-se três dias desde aquela tarde maravilhosa, e eu não consigo tirar a Kate e seu beijo da minha cabeça.

O caminho para casa naquele dia não passou de um borrão para mim. Só pensava em como eu deveria pegar o primeiro desvio e voltar para ao seu apartamento, sentir seu corpo junto ao meu novamente e o gosto doce de seus lábios.

Óbvio que não foi isso que eu fiz. Ao invés disso, tomei um banho na temperatura mais fria que o chuveiro permitia, e em consequência peguei um resfriado que me deixou de cama durante todo o domingo e segunda-feira.

Liguei para a empresa para avisar sobre meu estado e meu chefe me deu três dias de atestado para me recuperar.

Evitei atender os telefonemas da Alissa e suas batidas incessantes na minha porta. Ela tende a exagerar um pouco quando se trata de doenças. Um simples resfriado para muitos, passa a ser uma pneumonia para minha irmã.

Aproveito esses dias que passei em casa para colocar minha cabeça no lugar. As coisas que senti durante meu tempo com a Kate... nunca vivenciei algo parecido.

A forma como é fácil sorrir quando ela esta por perto. O interesse repentino que tenho sobre as coisas que ela gosta ou não de fazer. O modo como seus olhos se iluminam de amor e carinho ao falar da família. O gosto divino de seus lábios...

Meu Jesus, como é possível alguém ter um beijo com o gosto do mais puro mel?

Por mais que eu lutasse para afastar esses pensamentos, eles sempre rumavam de volta a mim.

O modo como seu corpo atrelou-se perfeitamente ao meu, foi surreal. Sua boca parecia ter sido moldada para encaixar-se na minha. E as curvas de seu corpo foram feitas para que minhas mãos passeassem por elas.

E que corpo aquela mulher tem... é de causar inveja em outras mulheres e de fazer homens babarem por onde passa.

Sou tirado de meus pensamentos sobre o corpo magnífico de Kate pelas batidas em minha porta.

Levanto meio hesitante pensando que possa ser minha irmã, mas solto um suspiro aliviado quando vejo a imagem de meu melhor amigo pelo olho mágico da porta.

O alívio dura pouco quando abro a porta e vejo a cara de poucos amigos que Josh lança para mim.

Será que ela sabe o que aconteceu entre sua irmã e eu?

— Eu vou matar você! — Declara, entrando em meu apartamento como um tornado, sem me deixar dizer nada.

Ele com certeza sabe o que aconteceu.

— Olha cara, eu juro que posso te explicar tudo — Digo tentando aliviar as coisas para o meu lado.

— Você tem noção do que fez? Achei que éramos melhores amigos, porra — Ele anda de um lado para o outro na sala do meu apartamento.

— Aconteceu no calor do momento, eu vi aquele babaca na rua vindo em nossa direção e não pensei direito, simplesmente agi — Passo as mãos no cabelo começando a me desesperar — Eu ia te contar, cara. Só estava pensando em uma forma de te falar sem que você quisesse me matar por ter beijado ela.

Ele trava no lugar e olha para mim com olhos arregalados.

— Você fez o quê? — Me questiona.

— Eu beijei a Kate — Digo de maneira hesitante. Vejo seus se abrirem ainda mais e seu queixo cair — Espera, não é disso que você está falando?

— Claro que não. Não fazia ideia sobre isso. Aliás, quando isso aconteceu e porque você não me contou?

— No final da tarde de sábado. Já te explico tudo, mas quero saber o motivo de você querer me matar, já que não é porque beijei sua irmã mais nova — Sento-me no sofá e indico o lugar ao meu lado para que ele se acomode.

Um Acordo Quase Perfeito (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora