Pov Lauren Jauregui
O pesadelo é horrível. Estou de volta no carro com meus pais, segundos antes de fazer a curva na estrada. Eu peço um biscoito. Minha mãe sorri de volta para mim. Seu cabelo está solto e sedoso ao redor do rosto. Meu pai pega a mão dela. Ela me diz que tenho que esperar um pouco mais. Vamos jantar em breve. Meu corpo vai para frente quando meu pai pisa no freio. O homem bate na janela com uma arma, os lábios puxados sobre as gengivas em um sorriso.
Eu grito e grito.
— Lauren!
Tremendo. Alguém sacode o carro comigo ainda lá dentro. Meu cérebro bate no meu crânio. Minha cabeça dói. Mamãe. Papai. Seus olhos estão abertos, mas eles não estão respondendo.
— Não!
Tremo mais.— Lauren. — Uma voz forte, falando em russo. — Acorda.
Aquela voz. O timbre áspero é familiar. Há uma lembrança de mãos fortes embalando minha cabeça, uma voz suave me pedindo para deixar acontecer. Quero prestar atenção, afundar de volta na escuridão onde os sonhos não existem, mas o tremor não me deixa. Um aviso atravessa o torpor, e isso também não me deixa ir.
Camila.
É como uma faca espetada no meu peito.
Ofegando, me esforço para uma posição sentada.— Calma. — As mãos fortes da minha memória me empurram para baixo.
Minhas costas atingem uma superfície macia. Eu pisco, lutando para me concentrar. A luz piora a dor na minha cabeça.
— Beba isso.
Uma mão alcança minha nuca e levanta minha cabeça. Meu olhar colide com o castanho-chocolate. Camila me olha com seriedade.
Ela coloca uma pílula na minha língua e leva uma garrafa d'água aos meus lábios.
— Para a dor de cabeça.
Eu estou viva.
— Você não me matou — Murmuro, lutando para entender qualquer coisa.
— Te dei um sedativo.
— Mas o jantar...
Ela arqueia uma sobrancelha, esperando que eu termine.
— A louça sofisticada, o vinho — Continuo com voz rouca — eram a última refeição.
— Você precisava estocar energia para a longa viagem.
Eu lambo meus lábios secos.
— Há quanto tempo estou desmaiada?
Ela olha o relógio.
— 20 horas.
Olho em volta em pânico. O quarto é pequeno, mas moderno. As paredes brancas são decoradas com fotografias emolduradas. São paisagens em preto e branco.
— Onde estou?
— Praga.
Tento me sentar novamente.
— O quê?
Ela me segura.
— Você está na minha casa. Fique parada. O sedativo era forte. Ele precisa sair do seu organismo.
— Ah. — A estrutura volumosa de Ilya aparece na porta. — Você está acordada.
Camila fica tensa.
— Quase. Dê um tempo a ela.
A expressão de Ilya fica azeda, mas ele sai.
Camila coloca a água na mesa de cabeceira.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CAMREN: Passado Sombrio (G!P)
FanfictionDe inimigas, a amantes! Lauren Jauregui é perigosa. Mas, Camila Cabello é letal! Em seus braços, encontro o inferno e o céu; seu toque cruel e terno me destruindo e me elevando ao mesmo tempo. Dizem que um gato tem sete vidas, mas um assassino, ape...