Cap. 20 - Agora, Há Ela

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Pov Camila Cabello

Algo está acontecendo. Ilya não me chamaria por nada. Os cabelos da minha nuca se arrepiam quando levanto a mão para silenciar Anton no meio de sua frase e atendo a ligação.

— O que há de errado?

Ilya limpa a garganta.

— É Lauren.

Fico em pé.

— O que você fez? — Vou matar o filho da
puta se ele a tocou.

— Pode não ser nada. — Ele hesita. — Mas não quero arriscar.

Pegando minha jaqueta, eu aceno para Anton me seguir.

— Você está perdendo tempo. Desembucha.

— Ela saiu para tomar café e...

— Ela o quê?

— Disse que precisava de um tempo sozinha para lidar com toda a merda que acontecia em sua vida.

Filho da puta. Correndo pela porta, subo as escadas de dois em dois degraus.

— Há quanto tempo?

— Pouco mais de uma hora.

— Você a deixou ir sozinha?

— Ela disse que voltaria.

— E você acreditou nela?

— Eu me senti mal, ok? O que você está fazendo, Camila, não está certo.

Ele acha que agora é a hora de uma palestra moral?

— Aonde ela foi?

— Ela não disse.

— Diga-me que você não deu dinheiro a ela.

— Claro que dei.

Meu irmão é um puxa-saco de merda, uma mulherzinha quando se trata daquela pequena ardilosa. Cuido dele mais tarde. A prioridade é encontrar Lauren.

— Onde você está agora?

— No apartamento. Devo ir procurá-la?

— Fique parado e me ligue se ela aparecer.

Desligo e ativo o aplicativo do rastreador. Estamos correndo os dois quarteirões para onde o carro alugado está estacionado.

Jogando as chaves para Anton, eu digo:

— Dirige.

Como sempre, ele é rápido e eficiente. Calmo e reservado. Ele abre as portas e pega no volante.

— O que está acontecendo?

Passo para o lado do passageiro, quase engasgando de alívio quando o rastreador aparece no aplicativo.

— Lauren fugiu.

— Porra.

Lauren não se livrou do rastreador. Os eletrodos microscópicos estão pegando seu pulso. A leitura elevada mostra que ela está estressada. Caso contrário, seus sinais vitais seriam normais.

Ela poderia facilmente arrancar o rastreador, algo que eu sei que poderia fazer, mas o ponto vermelho pisca tranquilamente na tela.

Pego as coordenadas enquanto Anton dirige o carro para o tráfego pesado. Pela velocidade com que ela está se movendo, acho que está num trem. Ela está aproximadamente a quatro horas à nossa frente.

Abrindo um plano ferroviário, estudo as linhas. Se minha suposição estiver correta, ela está a caminho da Hungria.

— Para onde? — Anton pergunta quando nos aproximamos da primeira saída.

CAMREN: Passado Sombrio (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora