Cap. 13 - Veneno

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Pov Lauren Jauregui

É uma noite longa. Com a corda afrouxada, posso virar de lado no banco, aliviando as cãibras nos músculos. A dor entre minhas pernas é algo completamente diferente. Não há remédio para passar. Nada pode desfazer o que Camila fez.

Não estou tomando anticoncepcional. Pode ser difícil para eu conceber, mas não impossível.
Por que ela fez isso? Por que ela gozou dentro de mim?

Porque isso não importa. Ela vai me matar de qualquer maneira. Acho que algumas pessoas não são sentimentais sobre coisas assim, sobre a possibilidade de eliminar sua semente em gestação junto com a mulher que a carrega.

Ao amanhecer, Camila volta com pão e água. Depois, t me leva para fora para fazer xixi antes de me amarrar na cadeira.

Nada foi dito sobre a noite passada.

ELA VOLTA EM ALGUM MOMENTO DURANTE O MEIO DA manhã

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ELA VOLTA EM ALGUM MOMENTO DURANTE O MEIO DA manhã.

Tirando a tampa de uma garrafa d'água, ela fica na minha frente.

— Abra a boca.

Meus lábios estão meio abertos quando ela pega uma pílula do bolso. Eu fecho minha boca rapidamente, pânico me corroendo.

Comprimidos podem ter efeitos perigosos. Letais. Sei num insight que esse é o método que ela usaria.

Uma lâmina faz muito estrago. Afogar-me iria molhar suas roupas extravagantes. Uma bala é rápido demais, fácil demais para um traidor e, quando você estrangula alguém, precisa olhar nos olhos dela.

— O que é isso? — Pergunto.

Suas feições se enrijecem.

— A pílula do dia seguinte.

Isso me pega de surpresa. Acho que esta assassina em particular é sentimental o bastante para acabar com sua prole, afinal.

— Abra — Ela diz novamente, desta vez com impaciência.

Quando abro a boca, ela coloca a pílula na minha língua e a garrafa para que eu engula. Tomo alguns goles. Ele pega uma gota que escorre do canto dos meus lábios com o polegar.

— Suponho que não haja farmácias por aqui — Digo. — Como você conseguiu isso tão rápido?

— Você ficaria surpresa com o tipo de recursos que o dinheiro pode comprar. — Ela me dá um sorriso frio. — Então, novamente, talvez não.

— Quando você vai fazer isso?

— Fazer o quê?

— Me matar.

Ela me estuda por um momento.

— Eu disse que ia te matar?

— Você não disse que não iria.

CAMREN: Passado Sombrio (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora