Cap. 35 - Dra. Adami

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Pov Camila Cabello

— Lauren — Eu grito quando a vida sai de seus olhos bem na minha frente.

Não! Isso não. Qualquer coisa.

Vou deixá-la ir mil vezes antes de deixá-la morrer.

O pânico como eu nunca soube toma conta de minha mente. Minhas emoções causam estragos no meu coração. Medo, raiva, remorso, culpa e mais medo me assaltam. É mais do que eu posso aguentar. Estou prestes a desmoronar, mas preciso me segurar.

Porra! Eu preciso pensar.

Tenho que levar Lauren para um hospital. Mas onde? Com um ferimento à bala, haverá perguntas. O governo não vai se expor por ela. A onda de violência que ocorreu nesta suíte já foi longe demais.

Empurrando meus sentimentos de lado, eu ajo rápido. Priorizo ações como um plano que se forma em minha mente.

Procuro por Ilya. Meu irmão está ao meu lado, atordoado pelo silêncio. Seu olhar está fixo no sangue que escorre do lado de Lauren através dos meus dedos enluvados.

Minha voz é dura, comandante.

— Ilya.

Seus olhos se voltam para os meus.

— Almofada — Digo, estendendo a mão.

Ele pega um travesseiro da cama e o joga na minha mão.

Pressiono o travesseiro na ferida de Lauren.

— Ligue para a nossa conexão governamental. — Fazendo um rápido trabalho para remover meu cinto, prendo-o na cintura de Lauren para manter o travesseiro no lugar. Deve ajudar a parar ou pelo menos retardar o sangramento. — Diga a ele que precisamos de uma limpeza.

Levantando Lauren em meus braços, corro para a porta e quase esbarro no gerente que entra quando estou prestes a sair.

— Que diabos está acontecendo? — Ele grita. — Uma das empregadas ouviu tiros. O que em nome de... — Ele pára quando olha a destruição e os cadáveres. O rosto dele fica branco.

— Caímos numa armadilha — Digo, empurrando-o para o lado.

Ele olha para a forma imóvel de Lauren.

— Você não pode sair — Diz ele com a voz trêmula. — Você tem que ficar aqui e lidar com isso.

Saindo do quarto, Ilya diz:

— Uma equipe do governo está a caminho. — Ele coloca o telefone no bolso. Seu tom é cortante, sua maneira, apressada. — Eles farão parecer parte da guerra às drogas que está acontecendo em todo o país no momento.

— Mas... — O gerente engasga enquanto olha para um dos corpos. — Meu hotel.

— Mantenha o andar trancado até que nossa conexão chegue aqui — Falo por cima do meu ombro, correndo para a escada de incêndio.

Não podemos correr o risco de pegar o elevador. Ninguém deve nos ver sair do prédio.

Ilya corre na frente para abrir a porta. Eu ligo para Anton no telefone via satélite por comando de voz enquanto desço as escadas o mais rápido possível, sem correr o risco de cair.

— Estou a caminho — Diz Anton com o zumbido de um motor. Ele está no avião.

— Quanto tempo? — Eu pergunto.

— Vinte minutos.

— Você tem combustível suficiente para nos levar a Budapeste?

Ele não pergunta o que aconteceu ou por que
Budapeste. Ele sabe que as perguntas podem vir depois.

CAMREN: Passado Sombrio (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora