SEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA "CORES"
Jennifer Joanessi Lynch sempre foi uma menina sonhadora e apaixonada pela vida, no entanto esta nunca foi muito sua companheira e em alguns momentos até sua inimiga. Após anos vivendo no meio de confusões, revólve...
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Os nervos de todos estão à flor da pele, isto é nítido.
Irina está com cara de pouquíssimos amigos até o momento que seu telefone toca, o nome "Katie" sai de sua boca e ela se afasta com passos decididos.
— Deve ser sobre Aric — Nathan some atrás da esposa e eu respiro fundo, fitando o mar em minha frente e me questionando quantos segredos ele esconde.
— Tem um cigarro? — Clarissa se posiciona ao meu lado.
— Clary... — J.J levanta os olhos de seu livro somente para repreendê-la.
— Eu estou ansiosa para o dia de amanhã, estou ansiosa para resolver isso tudo logo, entender isso tudo da forma mais rápido possível e ir embora — a loura reclama completamente inquieta.
— Você está fora da sua zona de conforto — J.J murmura e Clary concorda com os olhos verdes fixos no horizonte.
— Não acho que seja isso — solto após observar Clarissa nos últimos dias e, principalmente, nas últimas horas.
— O que? — Jennifer dispara e eu lanço um sorriso em sua direção.
— Clarissa está estranha ultimamente... Está transando com alguém?
— Eu transo com as pessoas, Benjamin — responde amarga.
— Não, está saindo com alguém... Fixamente? — diante disso a J.J engasga e Clarissa começa a rir com puro desdém.
— Jura, Benjamin? Fixamente? — sua voz adquire um tom de nojo agora e isso me faz engolir em seco. — Eu vou atrás de um cigarro nesse fim de mundo.
Então nós ficamos em completo silêncio até que eu não consigo mais ouvir os barulhos de seus saltos no chão de madeira.
— Qual sua teoria? — Jen questiona e eu dou de ombros.
— Que ela me odeia — volto a deixar meu corpo cair na cadeira de plástico, colocando meus braços atrás da nuca e encarando Irina e Nathan ao longe.
— Pensei que ia me contar o que acha que está havendo — movo meus olhos até os dela agora e tenho que engolir em seco por vê-la de óculos.
Ela sempre me destrói quando coloca óculos e, por estar sem seus remédios, os óculos a ajudam a se situar melhor do que as lentes.
O fetiche em tudo que represente sabedoria e inteligência ainda é algo que eu tenho que superar, no entanto perto de Jennifer é altamente impossível.
Ela grita inteligência de todas as formas.
— Quer comer alguma coisa? — pergunto de repente e agora ganho um cenho franzido.
