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Mas eu ainda não consigo te dizer por quê

Me machuca toda vez que te vejo

Perceber o quanto preciso de você

— Benjamin? — sussurra e eu afundo mais ainda o nariz em seus cabelos

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— Benjamin? — sussurra e eu afundo mais ainda o nariz em seus cabelos.

— Eu vim te buscar, J.J — sussurro contra seu ouvido e sinto o coração dela acelerar no peito.

— Por favor, me solte — pede com a voz de, pelo o que eu julgo, ser de choro e então o faço. — Obrigada.

— Você cortou o cabelo — observo enquanto ela se afasta de costas. — Você cortou muito o cabelo.

Os cabelos de Jennifer costumavam cair em ondas banhadas em ouro por sobre os ombros e as costas, mas eu gostava mais do visual quando ela os prendia em um coque bagunçada e colocava seus óculos de descanso. Eu gostava muito do aspecto bagunçado e natural que aquela garota ganhava quando o fazia, mas agora não sei nem se ela consegue fazer um coque no alto da cabeça mais. Porque seus cabelos estão cortados de modo que em sua nuca estão mais curtos do que a parte da frente, onde formam pontas e alongam seu queixo.

Seu queixo.

Seus olhos.

Seu corpo.

Ela está diferente. Muito diferente.

Antes costumava aparentar uma garota de dezenove anos, com bochechas gordinhas e um corpo mais rechonchudo, entretanto agora suas pernas parecem estar mais compridas, seu corpo está mais magro e seu rosto mais definido, dando um quê de... Mulher nela.

— Por que cortou o cabelo? — insisto, completamente aborrecido com a ideia de que não a verei de coques por muito tempo. — Onde estão os seus óculos? Onde você estava?

— Benjamin, o que você faz aqui? — questiona em um sussurro assustado e tira uma mecha de cabelo de seu rosto.

— Eu vim atrás de você — respondo com meus olhos fixos nos dela.

— Você enlouqueceu? — responde com uma careta e um movimento atrai meus olhos em meu lado direito. — É a minha gata.

Mas, eu não precisava mais dessa confirmação, dado que eu me virei e flagrei olhos azuis felinos me encarando com receio. Quando o pensamento de que ela vai correr no primeiro movimento que eu fizer me ocorre, a gata com um sininho no pescoço simplesmente começa a se esfregar em minhas pernas vestidas por calças jeans como se me conhecesse desde o seu nascimento.

— Eu ainda quero saber o que está fazendo aqui, Benjamin — J.J insiste em minha frente e eu volto meus olhos novamente para seu maxilar rijo, demonstrando que ela está pronta para uma guerra verbal.

Outro aspecto diferente.

Ela está mais madura, menos medrosa e mais disposta a cair no soco com alguém; o que me prova que — independente que ela tenha crescido longe da criação de seu irmão — ela é uma Lynch de alma e coração.

PINK (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora