SEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA "CORES"
Jennifer Joanessi Lynch sempre foi uma menina sonhadora e apaixonada pela vida, no entanto esta nunca foi muito sua companheira e em alguns momentos até sua inimiga. Após anos vivendo no meio de confusões, revólve...
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— "Nada é permanente, exceto a mudança". Heráclito de Eféso — fecho o livro e Aric levanta os olhos pra mim. — Acabou, Aric.
O garoto apenas continuo me fitando, com seus olhos azuis chamativos e a cabeça inclinada em dúvida. Que diabos de tio eu sou em ler livros completamente descabidos pra uma criança de quatro anos?
— Você entendeu alguma coisa, Aric? — questiono e ele nega me fazendo rir. — Ótimo, mas eu já li sua história, essa serve?
— Sim, titio. Obrigado — concorda se colocando se pé. — Vou brincar com tio Dare.
— Claro, ele é o melhor tio de todos e não te ensina a real filosofia — murmuro descontente e bufo quando o garoto vira seu corpo minúsculo para mim e
— Heráclito de Éfaso, em? — a voz de Irina preenche meus ouvidos e eu levanto meus olhos para encontra-la descendo as escadas. — Eu fico feliz em saber que ao menos um dos tios de meu filho é culto.
— Fico honrado com tal elogio, vossa Majestade — brinco e ela revira os olhos se aproximando.
— Nenhuma missão?
— Não, Clarissa roubou as minhas missões e tem feito completamente tudo. Dizem que foram suspensos três agentes porque ela consegue dar conta de tudo sozinha — suspiro fundo ao lembrar da mulher que Clary tem se tornado. — Mas, ganhei uma folga hoje.
— Folga? No FBI? — Irina se ajeita em uma poltrona em minha frente, cruzando suas mãos que se apoiam em suas pernas curtas. — Até onde eu sei, FBI não dá folgas, principalmente para o melhor agente de hacker da unidade de Londres.
— É... Complicado — digo me colocando de pé, mas os olhos gélidos dela me fazem voltar a se sentar. — Irina...
— Eu só quero de você a verdade, Ben. Apenas a verdade — ela pede com calma e centralidade.
— Estou fugindo de Kira — confesso e ela arqueia as sobrancelhas louras imediatamente.
— Por qual motivo...? Devo me preocupar?
— Dormi com ela nos últimos tempos e agora... Agora...
— Ela parou de saciar a sua vontade, porque não é com ela que você queria estar — completa minha fala e eu abaixo o olhar com o sentimento de culpa dentro do meu peito. — Espero que você não a tenha iludido quanto seus sentimentos, Benjamin. É um ser humano e merece saber toda a verdade para se prevenir.
— Eu disse desde o início que não queria nada sério e continuou assim desde então, deixei claro que era um caso, tal que não pedi fidelidade — dou de ombros e Irina concorda me analisando com suas duas bolas de gude azuis. — Porém, a partir do momento que você para de frequentar motéis e segue indo para a residência da pessoa cujo tem transado...
