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Então, você não irá se afastar?

— Sua irmã está em perigo — digo sem rodeios assim que Nathan me atende

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— Sua irmã está em perigo — digo sem rodeios assim que Nathan me atende.

— O que, Benjamin? Não deli...

— Clarissa veio fazer um trabalho na França e eu deixei J.J sozinha hoje, agora Clary chegou na casa dela e afirma que tem algo de errado. Eu estou indo para lá, mas precisava te avisar que Jennifer está correndo perigo — ele fica em silêncio do outro lado e eu mal me dou conta de que o tempo que Nathan fica calado, é a metade do percurso que eu percorro de carro sabendo que tomarei malditas multas.

— Quem? — é tudo que ele pergunta. — Eu estava saindo de perto de Irina. Quem é? Você sabe quem é?

— Não sei, Nathan. Não tenho sequer uma suspeita, quem sabe de tudo é Clary e eu espero que ela tenha um plano, porque o meu é chutar a porta e arrancar a cabeça do primeiro filho da puta que surgir na minha frente — solto vendo meus dedos se apertarem no volante.

— Faça o que você tiver de fazer, Benjamin. Eu dou um jeito de limpar tudo depois — a voz dele soa como no passado, quando ele dava as ordens para que eu e Dario explodíssemos o mundo e depois afirmava "eu varro o chão que estiver com os destroços". — Eu tenho contatos na França, vou atrás deles agora.

— Catherine e Irina não podem ajudar? — rebato e ele fica em silêncio. — Entendi.

— Ótimo — sussurra do outro lado. — Apenas... Apenas não deixe nada acontecer com Jennifer, Ben. Por favor. É a minha irmã que... Eu já perdi tanto tempo da vida dela, não quero a perder para sempre.

— Confie em mim, Nathan.

— Eu confio minha vida em você, Benjamin — eu engulo em seco automaticamente e em seguida sinto a adrenalina percorrer todo o meu corpo ao saber que um momento repleto de ações irá acontecer.

Mas, ao mesmo tempo no qual isso acontece, eu também sinto o desespero infiltrar em meu coração junto do medo de perder Jennifer. Perder ela pra vida e saber que outro poderia vir a tocá-la estava me apavorando, fazendo meu sangue corroer a minha carne de dentro pra fora, mas em pensar que ela pode vir a ter uma morte terrível e não ser feliz nunca mais, faz algo muito pior em meu interior.

Eu não sei.

Eu não sei do que sou capaz de fazer dependendo do que encontrar dentro daquela casa.

— Estou chegando — anuncio e desligo a chamada sem sequer ouvir a voz de Nathan.

Paro o carro uma quadra antes da Jennifer e consigo ver daqui Clarissa fingindo ser uma moradora local enquanto conversa com uma mulher de meia idade que está passeando com seu cachorro. Me aproximo silenciosamente, movendo meus olhos uma única vez em direção a casa de Jennifer, onde noto todas as luzes apagadas e todas as cortinas cobrindo as janelas do segundo andar.

PINK (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora