SEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA "CORES"
Jennifer Joanessi Lynch sempre foi uma menina sonhadora e apaixonada pela vida, no entanto esta nunca foi muito sua companheira e em alguns momentos até sua inimiga. Após anos vivendo no meio de confusões, revólve...
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Ela está me encarando.
Jennifer Lynch está me encarando como se fosse arrancar a minha cabeça, porém são seus olhos cheios de lágrimas — sendo que outras escorrem por suas bochechas — que me fazem respirar mais aliviado.
— Eu aceito — sussurra e um sorriso ganha forma em meu rosto.
Parte de mim não quer acreditar que ela realmente aceitou, parte de mim quer gritar para os quatro cantos do mundo que a mulher da minha vida aceitou ficar comigo pelo resto dessas.
No entanto, a única coisa que eu consigo fazer é abraça-la e deixar as minhas lágrimas rolarem.
Lágrimas de puro alívio em ter a certeza que Jennifer realmente me perdoou por tudo, que ela superou aquela nossa fase e que entendeu que eu não sou mais aquele Benjamin de anos atrás. Eu choro de alívio, porque não sei o que aconteceria comigo caso Jen se recusasse a fazer parte da minha vida.
— Jesus, Ben, você está muito pior do que eu! — exclama e eu me afasto, segurando seu rosto com as minhas duas mãos e beijando seus lábios com calma, degustando de cada momento, cada toque e sensação de ter ela assim tão perto de mim.
Inclusive, uma coisa que me agrada muito, é a risada que ela dá assim que me afasto.
— Meu Deus, eu estou noiva! — eu concordo pegando sua mãozinha e enfiando o anel ali. — Noiva! Olhe só, eu sou tão nova!
— Nós podemos esperar um tempo para nos casar, Jen. Não precisa ser mês que vem ou algo semelhante, podemos esperar anos se for da sua vontade — ela sorri agora, porém é após respirar aliviada que eu começo a rir. — Me desculpe por estressá-la hoje.
— Não se preocupe — segura meu rosto para me beijar mais uma vez e eu sorrio, sem sequer acreditar que ela está indo mesmo fazer isso.
Jennifer aceitou ser minha mulher e eu sequer consigo me expressar, porque é era tudo que eu mais queria desde sempre.
"— Você sonha em se casar algum dia? — Clary questiona dentro do carro e eu apenas dirijo, mantendo o silêncio que ela odeia. — Me responda, filho da puta.
— Sonho — é tudo que eu sussurro antes de frear para um semáforo vermelho.
— Eu também sonho — eu franzo o cenho. Por que ela está entrando nesse assunto agora? — Eu sonho em me casar, ter filhos, constituir uma família... Não como a de Nathan, porque eu não quero uma cunhada como Katie, mas eu sonho. Nós crescemos com tão pouco e não podemos nos contentar com a mesma mesmice de sempre, temos que sempre procurar evoluir. Temos que crescer e querer sempre, inclusive querer as coisas que não tivemos.
