GRITE Shippuden - Hatake Kakashi

24 × outra tentativa frustrada e o café em família

Era manhã. E Kalmia precisava levantar para trabalhar. Kakashi levaria as crianças na escola e mesmo que não tenham comentado, tanto Kakeru quanto os pais, estão ansiosos pra saber quem a Academia instituiu Sensei para o novo Time 07.

Porém... os pêlos dos braços eriçados se escondem sob os travesseiros que protegem os olhos verdes da luz ardente do Sol. Kalmia sorri, suspirando profundamente ao flagrá-lo olhando-a.

─ Bom dia, sra. Hatake... ─ a voz dele. O timbre grave, e o jeito que ecoou carinhosa entre o sorriso deslumbrado. Esquentam as bochechas dela com fervor.

─ Pare... ─ Kalmia morde seu sorriso, jogando os cabelos para o lado oposto de onde o marido estava.

Kakashi ri.

Simplesmente adorava a esposa encabulada.

─ Que foi? ─ finge que não sabe, querendo vê-la mais ruborizada ainda.

─ Você... esse jeito aí que você está me olhando...

Kakashi se apoia no antebraço, evidenciando a tatuagem que o deixava - todo santo dia - irresistível pra ela.

Kalmia acompanha o toque dele em seu pulso. E levianamente, Kakashi passa o polegar pelas cicatrizes esbranquecidas da sua pele, absorvendo a lembrança daquele dia, parecia totalmente absorto no que as marcas da esposa o faziam sentir.

Kalmia, no entanto, engole em seco. Adorava vê-lo assim tão pensativo, e o movimento da garganta evidência apenas sua excitação com o toque, porque o fato de ele estar mexendo nas marcas da sua tentativa de suicídio, na verdade, não lhe trazia nada em mente.

─ Hoje fazem sete anos desde a primeira vez em que eu te vi... ─ quando Kakashi fala, o coração de Kalmia para.

Suas falas morrem na garganta, e ela sente o coração palpitando ali. Foi extremamente fácil pra ele notar o brilho intenso dos olhos dela.

─ Kakashi...

─ Exatos sete anos... ─ Kalmia fecha os olhos suavemente ao sentir a ponta do nariz gelado arrastar-se pela extensão de seu pescoço. ─ Desde o dia em que eu soube que você seria minha...

─ Pare com isso... ─ geme, espremendo os lençóis debaixo de seus dedos.

─ Desde a primeira vez que eu me senti doente, de tanto que quero você...

Os olhos se fecham quando sente a espessura macia dos lábios quentes em seu pescoço, beijando molhada e lentamente atrás de sua orelha. Kalmia prensa os lábios com força, reprimindo o gemido fraquinho ao passo que o marido se aproxima, descendo a mão livre pelas costas, até pousar, amaciar e apertar a nádega esquerda.

─ Você era lindo e eu pensei "que sorte tem a esposa desse cara" ─ Kalmia dá um risinho, confessando seu pensamento, sete anos depois de ter visto seu marido pela primeira vez.

E saber seu pensamento, o fez lhe entregar um sorriso quente, cheio de carícias.

Kakashi, porém, implica:

─ Eu era lindo? Quer dizer que não sou mais? ─ beija seu ombro, mordiscando o local e afastando algumas mechas do cabelo preto.

Kalmia só fazia sorrir.

─ Não força, cara! Você é a própria perfeição! Inferno! ─ fala como indignada, correndo os olhos dos cabelos bagunçados dele aos lábios finos, que volta e meia reluziam um sorriso fácil.

Imediatamente, Kakashi se ergue sobre ela. Faz ecoar uma gargalhada rouca, de quem foi pega de surpresa. Ele afasta as cobertas e encaixa suas carnes, passando o braço por baixo do braço de Kalmia até apoiar a mão do lado de sua cabeça. Os dedos destros se arrastam pela barriga enxuta, arrepiam, passam pelos seios, excitam, apertam seu pescoço.