| 06 | O Chefe Inesperado

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Hermione

Ron ainda me evitava e dormia no quarto de hóspedes toda noite, às vezes chegando tarde em casa, mas sabia que estava com Harry, porque ele me contava.

Rose fazia perguntas demais, mas tentávamos enrolar. Hugo já havia voltado para Hogwarts, então era uma pessoa a menos para fazer perguntas e sabemos que estaria seguro lá, pois depois da guerra, Minerva dobrou a segurança em Hogwarts.

Alguns dias se passaram, Draco já estava em contato com os comensais, tínhamos feito uma proteção especial para a Mansão Malfoy, especialmente para Scorp, que estava dormindo com Rose na minha casa nesses últimos dias, porque era mais segura, mesmo que ele não soubesse o que acontecia.

E enfim chegou o dia de pôr o plano mais difícil em prática. Nos reunimos na Mansão Malfoy, no escritório de Draco.

- Malfoy, tem certeza que consegue fazer isso? - Harry perguntou. Estávamos na mansão, inclusive Ron a contragosto.

- Sim, eu consigo fazer isso.

- Claro, o maior mentiroso do mundo bruxo consegue enganar...

- Ron! - Harry o repreendeu e ele ficou quieto. Draco suspirou e evitou me olhar. Harry respirou fundo e olhou para Draco. - Tudo bem, vamos estar esperando você. Se algo der errado, tente fugir ou nos avisar.

- Eu sei, Harry. - ele suspirou. - Posso ir tomar um ar antes de ir? Já revisamos tudo.

- Tudo bem... - Harry disse e suspirou.
Draco levantou e saiu da sala, parecendo exausto e ainda mais preocupado. Suspirei e me levantei.

- Isso, Hermione, vai atrás do seu amante! - Ron disse em tom de ironia.

- Chega, Ronald! - me aproximei dele e dei um tapa forte em seu rosto. Ele me olhou surpreso e sem reação. - Eu fiz besteira, mas você não me deixou conversar com você todos esses dias! Você não me deu uma chance!

- Mione... - Harry sussurrou, mas olhei com raiva para ele e ele ficou quieto. Voltei a olhar para Ron.

- Você veio porque prometeu se comportar. Draco precisa de sossego para conseguir nos ajudar, o mundo bruxo depende disso e você não está ajudando em nada aqui! Então, se for continuar de infantilidade, vá para o Ministério ou para casa, e deixe que a gente resolva isso sem você! - me virei e saí batendo a porta.

Fui até a sala e fiquei andando de um lado para o outro. Entrar na mansão ainda me trazia péssimas lembranças, mas estava irritada demais com Ron para me importar.

- Hermione... - Draco sussurrou. Parei de andar e olhei para o lado, vendo ele se aproximando. - Se eu não sobreviver, quero que...

- Para com isso, você não vai morrer.

- Mas se eu morrer, diga para o Scorp que eu o amo demais, e fiz tudo que podia para protegê-lo.

- Draco... - suspirei, sentindo meu coração apertado. Desde que tive filhos, fiquei mais sensível, especialmente nesse assunto. Me aproximei e segurei suas mãos. - Vai ficar tudo bem, nós vamos garantir isso.

Ele me olhou nos olhos e apertou minhas mãos levemente. - Obrigado... - sussurrou.

Assenti levemente e ficamos nos olhando fixamente. Pude ver dor e medo em seu olhar, mas ele não falou nada, e dei esse tempo em silêncio para ele.

Alguém pigarreou e nos afastamos, vendo Harry se aproximar. - Estamos prontos. Agora é com você, Draco. Vamos estar observando de perto.

Draco suspirou. - Obrigado. - me olhou e se afastou, saindo da mansão e indo para o perigo.

Dramione: O Que o Futuro Nos ReservaOnde histórias criam vida. Descubra agora