| 09 | Não é Fácil

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Uma semana depois

Draco

Manter Hermione como prisioneira, ter que fingir que não me importava e ajudar Rodolphus era mais difícil do que eu imaginava. O convenci a dar comida para ela com a desculpa de que precisávamos mantê-la bem se quiséssemos que o Ministério não viesse atrás de nós. Ele aceitou a desculpa e autorizou um café acompanhado de um pão de manhã, um almoço simples com o que sobrasse da comida de todos que moravam ali - umas 20 pessoas, tirando Rodolphus e eu -, e o mesmo para o jantar.

- Draco, venha comigo. - ele disse certo dia. Suspirei e me levantei, indo com ele até a varanda da casa.

Estávamos no meio de alguma floresta, escondidos com vários feitiços e, pelo jeito, era uma floresta pouco conhecida. A casa era aparentemente simples por fora e, ao entrar, era uma casinha comum com um casal vivendo nela, caso alguém a visse. Sim, um casal fazia a atuação de morar ali para proteger a todos do grupinho de Rodolphus.

Havia uma passagem secreta ao fim do corredor, que dava para o subsolo, onde tudo acontecia. Ao descer as escadas, havia uma grande sala de estar cheia de sofás. À direita, uma cozinha enorme com uma elfa sempre à disposição para cozinhar para nós. Seguindo o corredor, haviam vários quartos, alguns de solteiros, outros de casal, outros que amigos dividiam.

Ao final do corredor, era a sala e quarto de Rodolphus. Virando para o pequeno corredor à direita, era meu quarto e única porta seguinte era onde Hermione estava. Rodolphus achou melhor me deixar perto de Hermione para que eu pudesse vigiá-la melhor. Não discordei, preferia assim também.

- Como sabe, nosso plano está próximo de começar a ser realizado. - ele me disse e se sentou em um banco, fazendo sinal para que eu me sentasse também.

Suspirei e obedeci, parecendo mais interessado e, na verdade, estava mesmo. Quanto mais informações eu conseguisse, melhor.

- Vou atacar um vilarejo no interior da Inglaterra, vou fiscalizar pessoalmente com metade do nosso pessoal... - ele sorriu e sorri também. - Enquanto eu estiver fora nesses dois dias, quero que você cuide de tudo para mim.

- Eu? - perguntei surpreso.

- Claro, você é da família e é confiável, já provou isso. E sei que vai conseguir controlar dez pessoas e uma prisioneira muito bem.

- É uma honra, tio... - sorri satisfeito, apesar de não gostar muito disso.

- Ótimo! Partirei amanhã. - ele se levantou e me olhou. - Amanhã mande uma foto de Granger para o marido, eles precisam ver que ela está sendo bem cuidada.

- Sim, senhor. - dei um sorrisinho irônico e ele riu, entrando na casa novamente. Balancei a cabeça levemente e suspirei. Onde isso vai terminar...?

¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤

Hermione

Draco havia me falado que faziam apenas 7 dias que estávamos na missão. Parecia uma eternidade. Draco conseguiu me trazer um livro escondido, mas acabei lendo rápido demais por causa do tédio, então eu ficava deitada olhando para o teto e pensando. Pensando em como poderíamos acabar com os planos de Rodolphus, que ficavam cada vez piores.

- Granger, seu jantar... - Draco entrou falando daquela forma que sempre me fazia lembrar de Hogwarts e ter calafrios.

Fechou a porta atrás de si e suspirou, me entregando um prato com uma colher para comer o resto do jantar, mas ele caprichou hoje, e um copo de água.

- Veja... - ele sussurrou ao se sentar próximo à mim e eu sabia o que ele queria.

Assenti enquanto comia, entrando em sua cabeça por legilimência, que aprendi com o passar dos anos. Vi tudo que ele havia feito hoje, inclusive sua conversa com Rodolphus na varanda. Pisquei algumas vezes ao voltar a mim e suspirei, olhando-o fixamente. Ele suspirou e assentiu.

- Eu preciso avisar o Ron e o Harry... - sussurrei. Evitávamos falar o máximo de tempo possível. Draco sabia que não tinha câmeras no quarto, nem escutas, mas tínhamos medo que alguém passasse e nos ouvisse.

- Amanhã vamos mandar uma foto sua para seu marido, Granger, vamos mostrar que você está bem e garantir que o Ministério não faça nenhuma besteira. - ele manteve a voz daquela forma, mas seu olhar mostrava algo completamente diferente.

- Tudo bem... - suspirei e voltei a comer, forçando um pouco, sem a mínima vontade de comer, mas precisava para me manter forte e estar preparada para qualquer coisa.

¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤

Harry

- Que merda, Harry! - Ron praticamente gritou olhando para o celular. Suspirei e peguei o celular de sua mão.

- Deixe-me ver. - olhei para a tela e suspirei. Hermione estava sentada num colchonete no chão, encolhida. Parecia aparentemente bem. - Ron, ela está bem... - suspirei e li a mensagem que acompanhou a foto. Devolvi o celular para Ron e me sentei em minha mesa novamente.

- Harry, ela não está bem, ela só quer parecer bem para não...

- Sem teorias, Ron. - interrompi, tentando ao máximo manter a calma, apesar de também estar preocupado com minha melhor amiga. - Ela é Hermione Granger, e você sabe o poder que só o nome dela já tem.

- Mas ela é uma pessoa, Harry. Ela pode estar mal...

- Eu sei, Ron, mas não podemos pensar o pior. - suspirei. - Precisamos levar o plano adiante, por ela. Precisamos fazer todo o possível para acabar com Rodolphus de uma... - paralisei ao pensar em algo.

- O que foi? - Ron me olhou preocupado.

- Me dê seu celular... - ele me entregou e abri novamente a mensagem. - Malfoy nos mandou uma dica.

- O que? - Ron se levantou e ficou próximo à mim, lendo a mensagem comigo.

"Olá, Weasley, sua esposa está muito bem aqui conosco, uma convidada de honra, vê? Haha.
Lembrem-se de não fazerem besteiras, a vida de Hermione está nas mãos de vocês.
Yed hissviry"

- Harry, isso não faz sentido...

- Faz! Pense como Hermione, Ron. - peguei um papel e anotei o texto da última mensagem, fazendo alguns conjuntos, tentando organizar até formar uma palavra. - Sidshire Ivy!

- Sid...

- Uma cidade, Ron. - digitei no computador e, ao mesmo tempo, pedi para que alguns aurores me esperassem na sala de reunião de aurores, já preparados.

- Harry, nós não podemos...

- Não vamos. - vi onde ficava e que havia uma pequena vila próxima. Devolvi o celular de Ron, vendo que a mensagem foi apagada. Me levantei. - Vamos.

Fomos para a sala de reunião e contei a eles minha descoberta, mas disse que iríamos apenas ficar por perto e esperar o ataque terminar, não podíamos arriscar a vida de Hermione. Com alguns protestos, eles aceitaram e fomos para a vila.

Dramione: O Que o Futuro Nos ReservaOnde histórias criam vida. Descubra agora