Draco
- O ataque foi incrível, Draco! - Rodolphus disse ao voltar. Estávamos em sua sala. - Perdemos dois homens, mas faz parte do trabalho. - ele riu e se sentou à sua mesa após pegar um copo de whisky para ele.
- Isso é ótimo, tio! - sorri, mantendo a postura de quem está realmente gostando disso. - Aqueles trouxas mereceram cada dor que vocês causaram.
- E vão sofrer ainda mais. Amanhã vamos mandar um obscurus para outra vila. - ele me olhou e sorriu.
Dei uma risada maldosa, como se realmente gostasse disso. - Só um?
Ele riu. - Esse é meu garoto! - levantou o copo como se brindasse comigo e bebeu mais um pouco. - Por enquanto, vamos fazer ataques pequenos, queremos chamar a atenção, mas vamos devagar para não estragar tudo, como o idiota do Grindelwald fez em sua época. - ele ficou mais pensativo. - Sabe, ele tinha potencial, mas cometeu erros que não vou cometer.
- Está certo, tio. - suspirei, também pensativo, usando oclumência o tempo todo, o que não era difícil, pois já vivi fazendo isso por anos. Senti que ele tentava ultrapassar isso, mas não conseguiu, obviamente, e não demonstrou reação quanto a isso. - Vamos ser temidos de uma forma que ele não conseguiu.
Rodolphus sorriu. - Está certo, garoto. - terminou seu whisky. - Venha, quero ver Granger.
Assenti e fomos até o “quarto” de Hermione, entrando juntos. Ela estava lendo, mas levantou a cabeça e se encolheu ao ver Rodolphus. Respirou fundo, mantendo a pose como se não tivesse tanto medo quanto eu sei que realmente tinha.
- Olá, Granger! - Rodolphus disse animado enquanto se aproximava e se abaixava na frente dela. Fiquei mais para trás, observando-os atentamente. - Sentiu minha falta?
- Nem um pouco. - ela respondeu de forma seca.
- Não mesmo? Assim eu fico triste, poxa… - ele fez drama, mas logo riu, segurando o rosto dela. Mantive a postura, mas minha vontade era acabar com ele ali mesmo. - Tivemos nosso primeiro ataque de sucesso, aqueles trouxas nem sabiam o que fazer, coitados.
- Nojento! - ela cuspiu na cara dele. - Você não…
Ele deu um tapa forte no rosto dela. Dei um passo para frente, mas me controlei, ainda não era hora de atacarmos.
- Olhe como fala e age comigo, Granger! - ele apertou mais o rosto dela. - Se não quiser sofrer enquanto estiver aqui, é bom andar na linha! - deu mais um tapa e soltou o rosto dela tão forte que ela caiu deitada no colchão. Se não estivesse sentada, teria se machucado. Ele se levantou e me olhou. - Vamos.
Dei uma olhadinha rápida para ela e suspirei, seguindo Rodolphus para fora e trancando o quarto.
- Se ela continuar agindo assim, quero que prenda-a em correntes e a faça ficar de pé e apenas com uma refeição por dia, entendeu?
- Sim, senhor… - suspirei.
- Ótimo. Agora vá ver como os outros estão e eu vou bolar o próximo ataque. - e entrou em sua sala.
- Merda… - sussurrei e suspirei, indo até a sala de estar, onde todos estavam conversando animados.
¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤
Harry
- Que merda! - Ron sussurrou ao chegarmos na vila atacada.
Só restavam casas e comércios queimados, corpos espalhados aos montes pelas ruas, algumas poucas pessoas trouxas ainda em choque encolhidas no chão. Os aurores levaram essas pessoas para o Ministério cuidar delas e apagarem suas memórias. Ron, eu e mais dois aurores ficamos e procuramos em cada canto por alguma pista, mas não encontramos nada.
- Senhor Potter… - um dos aurores me chamou e me aproximei, vendo que Rodolphus deixou uma mensagem de sangue num muro.
“Isso é apenas o começo”
- Nós precisamos dar um jeito de acabar com ele de vez… - falei baixo enquanto tirava uma foto do muro.
- Mandar Hermione para lá foi uma péssima ideia… - Ron disse.
- Não vamos pensar assim, Ron… - suspirei e me afastei. - Vamos para o Ministério, vamos pensar melhor lá.
¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤
Draco
- Você vai comandar a missão hoje, Draco.
- Eu o que? - olhei para meu tio, sem acreditar que tinha ouvido isso mesmo. Ele levantou uma sobrancelha. - Digo, tio, isso é perigoso, acho que o senhor deveria ir, tem mais…
- Está negando me ajudar, Draco?
- Não, não é isso… só tenho medo de não ser capaz.
- Você já provou sua lealdade e eu sei que você é capaz de soltar um obscuro numa vila com alguns aliados.
- Tudo bem, eu consigo.
- Ótimo! Dê uma olhada na Granger e vá. - ele suspirou.
Assenti e me levantei, saindo de sua sala e indo até o quarto dela. Entrei e fechei a porta, trancando-a por dentro como sempre fazia. Ela me olhou com raiva, mas ficou em silêncio.
- Hermione… - sussurrei e me abaixei perto dela.
- Não toca em mim… - ela disse num tom baixo, mas determinada.
- Você sabe que eu não podia… - sussurrei. Ela suspirou e assentiu. - Me desculpa.
- Só faça o que é preciso para acabar com isso logo, Draco.
Suspirei. - Tudo bem… mas eu preciso que você se comporte, ou ele vai piorar as coisas para você, Hermione… por favor.
- Tudo bem. - ela suspirou.
Assenti e me levantei, indo até a porta. Olhei para ela, mas ela desviou o olhar. Suspirei e saí, encontrando os outros aliados e indo com eles para uma das missões mais difíceis da minha vida.
¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤
- Não! - uma mãe gritou ao ver seu filho sendo morto pelo obscurus, e logo foi sua vez. Caos se instalou na pequena vila, pessoas correndo para todos os lados, tentando fugir, gritaria, carros batendo e pegando fogo, explosões, pessoas em desespero.
- Isso é lindo, não é? - um dos aliados de Rodolphus disse.
- Maravilhoso. - uma moça disse.
- O que acha, Malfoy? - o mesmo rapaz perguntou e me olhou.
Dei aquele sorrisinho debochado e dei de ombros como se visse isso todo dia. - Já vi coisas melhores.
Eles riram e voltaram a prestar atenção na confusão. Esperamos até quase tudo estar destruído para voltar ao esconderijo. Eu estava me sentindo péssimo, mas mantive isso escondido, fingindo estar mais animado.
- Vocês perderam toda a diversão! - aquele mesmo rapaz disse aos outros quando chegamos.
- Draco, Rodolphus quer te ver. - Andrew disse.
Suspirei e balancei a cabeça concordando, indo até a sala dele e batendo na porta. Entrei assim que ele autorizou.
- Draco! Como foi? - ele sorriu e me entregou um copo de whisky.
Sorri e me sentei na cadeira em frente à sua mesa. Dei um gole no whisky e falei em tom de deboche, menosprezando os trouxas: - Foi ótimo, tio, aqueles idiotas não sabiam o que fazer, foi um caos lindo se ver.
Ele riu e bebeu um pouco também. - Se continuar sendo bom assim, vai começar a ir em todas as missões comigo.
- Seria uma honra, tio. - sorri, apesar de não querer isso.
- Agora vá descansar. Sábado vamos fazer mais um ataque, fora da Inglaterra, dessa vez, e você vai comigo.
- Certo. Obrigado. - sorri e deixei meu copo sobre sua mesa, saindo de sua sala e indo para meu quarto. Me sentei na cama e xinguei baixo, me sentindo muito mal e me odiando por fazer parte disso, ter ajudado a destruir aquela vila e machucar aquelas pessoas, mesmo que fosse para ajudar o Ministério.
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Dramione: O Que o Futuro Nos Reserva
FanfictionDepois da Segunda Guerra Bruxa, veio a paz e tranquilidade, vidas comuns e de paz entre as famílias bruxas. Ninguém imaginaria que logo essa paz acabaria para surgir algo que não era esperado. Entre um fugitivo louco de Azkaban com um plano de deixa...