| 18 | Hermione Tem Que Matar

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N/A: hello, potterheads, boa leitura!

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Hermione

Corri e me escondi atrás de uma pilastra quando um bruxo lançou um feitiço em mim. Draco tinha razão, isso era um caos completo.

Eu estava vestindo uma capa com gorro para esconder o máximo possível do meu rosto. Assim que chegamos ao vilarejo, Rodolphus deu o primeiro golpe, explodindo uma pequena venda do local. Os moradores entraram em desespero, correndo para todos os lados, sem saber como reagir. Rodolphus riu como se aquilo fosse uma piada para ele. Era assustador. 

Ele e outros comensais começaram a atacar os moradores, sendo revidados por alguns bruxos, que os atacavam sem dó, tentando proteger suas famílias e o vilarejo. Draco me puxou para longe disso. 

- Vamos destruir essas casas e cumprir o combinado com Rodolphus. - ele disse de forma séria e um tanto quanto profissional. Isso me assustou, mas apenas concordei, não tinha como fugir disso.

Começamos a destruir algumas casas, até um bruxo aparecer com sua esposa e filha, ainda pequena. Ele nos atacou e Draco revidou, nos protegendo. 

- Corram! - o bruxo disse à família. Ele e Draco continuaram lutando, Draco em desvantagem. 

- Hermione, vá atrás da esposa. - ele me disse, mas não consegui reagir, eu não conseguiria fazer mal à uma mãe e sua filha, eu não podia. - Hermione! - ouvi Draco gritar e fui jogada longe contra a parede de uma casa. 

- Droga! - sussurrei sentindo bastante dor. Me sentei no chão, recuperando o fôlego e me protegi de um feitiço. Levantei rápido e me escondi atrás de uma pilastra dessa mesma casa, antes de ser atingida. - Respira fundo, Hermione, lembre-se porque está fazendo isso… - disse a mim mesma e saí de trás da pilastra, atacando o bruxo antes que ele me atacasse. - Alarte Ascendare! - vi ele ser levantado do chão e cair com força no chão novamente.

- Relaskio! - ele gritou após se recuperar um pouco, rápido demais. Caí no chão e xinguei baixo. 

- Obscura! - gritei e lancei. Não queria ter que usar um feitiço pior.

- Protego! Lumus Solem! - ele revidou.

- Protego! - consegui impedir. 

- Mate-o! - ouvi alguém do grupo de Rodolphus gritar. - Anda, Granger! 

Me virei e tentei me levantar, mas ouvi o bruxo lançar outro feitiço. - Crucio! Granger? Hermione Granger?? - o bruxo disse em surpresa.

Caí no chão novamente, sentindo uma dor muito grande, tendo péssimas lembranças e gritando de dor, me contorcendo no chão, até o feitiço ser desfeito. Ofeguei e me virei, apoiando minhas mãos no chão, ainda dolorida do feitiço.

- Hermione, não faça isso! Você pode parar e fugir. - o bruxo continuou falando e se aproximando devagar. Meu gorro já havia caído e ele paralisou ao ver meu rosto.

Olhei para ele e senti meu coração acelerar. Eu não poderia matá-lo, mas ele não poderia revelar que eu estava ajudando Rodolphus, caso vivesse.

- Me desculpa… - falei baixo e ele arregalou os olhos. - Avada Kedavra! - lancei e vi ele ser arremessado longe, morto. Continuei no chão, largando minha varinha e olhando fixamente para o bruxo que eu havia acabado de matar, ainda ofegante.

- Isso! - o comensal riu e ouvi seus passos se afastando. 

- Hermione! - ouvi a voz de Draco e ele correu até mim. Eu não conseguia me mexer, só pensava que eu tinha acabado de matar uma pessoa inocente. - Hermione olha para mim! - Draco disse e consegui desviar o olhar para ele. - Respira fundo… 

- Eu não… eu… - balancei a cabeça, sem conseguir formar uma frase completa. Eu não sabia o que dizer. 

Draco suspirou. - Venha, precisamos sair daqui. - e então ele foi jogado na parede atrás de mim, caindo inconsciente. 

- Draco! - gritei e ofeguei. Peguei minha varinha e me levantei instantaneamente, ficando protetoramente na frente dele. - Vá embora… - falei ameaçadoramente ao bruxo que estava na minha frente. 

- Você não me é estranha… - ele disse, me observando. - Você é do trio de ouro, não é?

- Qual parte do vá embora você não entendeu?! - gritei, perdendo o controle, irritada. - Crucio! - lancei nele e fiquei olhando fixamente enquanto ele agonizava de dor no chão. Me aproximei e falei baixo. - Isso é por ter atacado Draco. - suspirei, parando a dor do crucio após chutar sua varinha para longe. - Finite Incantatem. E isso é por estar no lugar errado na hora errada. Avada Kedavra! 

Ele arregalou os olhos e logo seu corpo ficou sem vida. Suspirei e me virei para ajudar Draco, mas ele estava sentado me olhando com os olhos fixos. 

- Hermione… - ele sussurrou.

- Não… - falei baixo e respirei fundo. Estava sentindo o poder que isso causava e era estranhamente bom, mas ao mesmo tempo sentia dor, arrependimento e outros sentimentos misturados. - Vamos sair daqui agora!

Ele suspirou e se levantou, segurando minha mão e me puxando, sem dizer uma palavra, aparatando comigo de volta ao esconderijo.

Draco me levou direto para seu quarto e trancou a porta, se jogando no sofá, parecendo atordoado. Suspirei e me sentei na cadeira, observando-o em silêncio.

- O que aconteceu com você? - ele perguntou após alguns longos minutos. Seu olhar era intenso, carregado de preocupação.

- Eu matei dois bruxos.

- Não, Hermione, não foi só isso. - ele suspirou. - Parecia que estava gostando… 

- Não é isso… - suspirei, pensando melhor nisso agora, ainda me sentindo estranha. Falei em tom baixo enquanto ia pensando, tentando me entender também: - Eu fiquei em choque quando matei o primeiro homem. Ele soube quem eu era porque aquele comensal idiota falou meu nome, mas depois que usou crucio em mim, ele pôde ver meu rosto… e eu o matei em seguida.

- Espera, ele usou crucio em você? - Draco parecia surpreso. Levantei uma sobrancelha. - Maldição, você sabe. Nenhum bruxo certo usaria esse feitiço.

- Então está insinuando que matei um bruxo que já não prestava? - revirei os olhos. - Isso pouco importa agora, Draco. - suspirei.

- Tudo bem, continue… 

Respirei fundo. - Quando você foi atacado, algo acendeu uma chama de vingança em mim...  - parei um pouco, sem saber se essa era uma boa explicação, mas era a melhor que eu podia dar neste momento. - Eu não sei explicar, mas eu precisava fazê-lo sentir dor como eu havia sentido, como ele fez com você… eu gostei de fazer ele sofrer antes de matá-lo. E matá-lo foi prazeroso, ele te feriu, mereceu isso… o poder que esses feitiços me causaram, o poder daquele momento… foi algo inexplicável.

Draco suspirou, mas continuou me observando em silêncio. Olhei para ele, um pouco assustada após dizer tudo isso em voz alta.

- Tem algo errado comigo, não é? - sussurrei.

- Não exatamente… - ele suspirou e se aproximou, se abaixando na minha frente e segurando minhas mãos. - Você teve um tipo de trauma após a primeira morte, cada um reage de uma forma… 

- Mas gostar disso? - balancei a cabeça negativamente.

- Acontece… - ele suspirou. - Às vezes ainda sinto prazer em fazer algumas pessoas sentirem dor. Não me orgulho disso, nem um pouco, e é horrível admitir isso em voz alta, mas é normal, Hermione. 

Deixei algumas lágrimas caírem pelo meu rosto e suspirei, sussurrando: - Eu tenho medo de não conseguir parar… 

Draco secou minhas lágrimas delicadamente, acariciando meu rosto em seguida. - Você sabe quem você é, sabe do seu caráter, e isso é tudo que importa. 

Olhei em seus olhos. - E se eu mudar?
Ele deu um sorrisinho. - Você não vai mudar tão radicalmente, Mione. 

Suspirei e o abracei um pouco forte, ainda bem confusa com isso e com meus sentimentos. - Obrigada… - sussurrei.

- Tudo bem.

Dramione: O Que o Futuro Nos ReservaOnde histórias criam vida. Descubra agora