| 32 | Luto

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N/A: hello, potterheads, boa leitura!

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Hermione

Quando tive alta do hospital, fizemos o funeral de Ron. Os Weasleys fizeram questão de me esperar para isso. Eles estavam inconformados e todos foram ao funeral. Molly e Arthur estavam tão tristes, ela chorava tanto que me partiu ainda mais o coração.

Todos do Ministério estavam lá também, e os aurores, junto com Kingsley, fizeram uma linda homenagem a um grande auror que lutou com garra até o fim.

Harry estava abraçando Gina e os filhos, estava mantendo uma pose de forte por eles, mas eu pude ver em seu olhar e em seu rosto o quanto estava sofrendo, o quanto isso doía nele também.

Rose estava agarrada à Scorp, chorando muito, mas em silêncio. Ele tinha lágrimas caindo pelo rosto, mas tentava consolar Rose. Draco também veio, se mantendo ao lado de Scorp o tempo todo. Parecia triste de verdade, mas evitou contato comigo, como eu havia pedido.

Minerva liberou Hugo para ficar conosco por uns dias ao saber da notícia, e ela veio ao funeral também. Hugo estava agarrado a mim, chorando em silêncio enquanto eu acariciava seu cabelo ruivo como o cabelo do pai. 
O que seria de nós agora que Ron se foi? 

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Draco

Após o funeral do Weasley, avisei Scorp que iria ver minha mãe, mas pedi para que ficasse com Rose, ela precisava dele nesse momento. A morte dele foi injusta, tudo que se seguiu a isso foi injusto, e ver Hermione sofrendo daquele jeito me partiu o coração, eu sabia exatamente o que ela estava sentindo. Perder quem amamos, uma esposa ou marido, deixava uma cicatriz em nós. Eu sabia e sentia essa dor. 

Pensei em Astória enquanto ia para um local seguro para utilizar pó-de-flu. Ela era uma mulher incrível, a primeira a ficar ao meu lado após a guerra, sem me julgar, apesar das nossas provocações, era tudo um joguinho idiota que mantivemos até nos entregarmos ao sentimento. Suspirei, me lembrando do nosso primeiro beijo, nossa primeira vez, o nascimento de Scorp… seus sorrisos e lágrimas, cada momento que passamos juntos estava vivo em mim e estaria para sempre. Sequei uma lágrima que insistiu em cair e suspirei.

Encontrei um local e usei o pó, indo para o hospital em que minha mãe estava. Entrei e perguntei pelo nome dela. A enfermeira me informou sobre seu estado e pediu para que eu aguardasse. Alguns minutos depois, meu pai veio até mim e me abraçou, me pegando de surpresa. Ele não fazia isso, então soube que o que ela tinha era ainda pior do que eu imaginava.

Retribuí o abraço e suspirei. Ficamos assim por alguns minutos, até ele se afastar e suspirar. Ele estava com olheiras, olhos mais cansados que o normal e parecia mais velho.

- Pai, como ela está? - perguntei.

- Muito mal, filho. Não sei se… - ele suspirou e desabou num sofá. Me sentei ao seu lado. - Ela não está mais reagindo às poções. Se isso continuar… 

- Porra! - suspirei e apoei a cabeça nas mãos, chorando baixo. 

- Senhor Malfoy…? - ouvi uma voz feminina e senti meu corpo gelar. Olhei para a moça assim que meu pai levantou. - O senhor pode nos acompanhar, por favor?

Me levantei imediatamente. - Eu também vou.

Ela me olhou por uns instantes até balançar a cabeça concordando e nos levar até uma sala, onde um medibruxo já nos esperava.

Dramione: O Que o Futuro Nos ReservaOnde histórias criam vida. Descubra agora