CAPÍTULO 6

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Acordei sentindo alguém me balançar, abri meus olhos lentamente, e, após piscar algumas vezes, me deparei com o Vic.
— Bora, acorda, bitch. — Como podem ver, meu amigo me acorda de um jeito bem carinhoso.
— O que você está fazendo aqui uma hora dessa, Vic? — Resmunguei morrendo de sono.
— E você acha que é que o horas, querida?
— Não sei. Me deixa dormir! — Coloquei o travesseiro sobre o rosto na tentativa de voltar a dormir.
— Nada disso... — Puxou o travesseiro.— Bora, travesti, levanta.
— Que caralho, viu?! — Falei passando a mão no rosto.
— Olha a boca. — Bateu em mim com o travesseiro.
O Vic e a Isa são os meus melhores amigos.
Estudamos juntos desde a infância, a mamãe adora eles, diferente de mim, que às vezes sinto vontade de matá-los.
Brincadeira... Mas às vezes é verdade.
Levantei irritada e caminhei em direção ao banheiro.
— Menino, essa bicha é feia, viu? Credo!
Falou pelo fato de eu estar com a cara completamente amassada e meu cabelo desgrenhado.
Mostrei o dedo do meio para ele e entrei no banheiro.
Escovei os dentes, fiz um coque no cabelo e fui tomar banho.
Após o banho, enrolei-me na toalha e voltei para o quarto, encontrando o Vic deitado na minha cama mexendo no celular.
— Faz muito tempo que você chegou? — Perguntei enquanto procurava algo para vestir no guarda-roupa.
— Já faz mais ou menos uma hora. Eu estava lá em baixo batendo um papo com minha tia, tomei um cafezinho que não sou besta, fiquei admirando o gostoso do Bruno e depois que subir.
— Porque a Isa não veio?
— Dizendo ela que ia sair, não sei pra onde.
Só se for para o brega, o lugar preferido dela.
— Vic! — O repreendi e joguei uma blusa nele.
— Tô mentindo? Não tô.
Balancei a cabeça negativamente sorrindo.
Vesti a calcinha e o sutiã por debaixo da toalha e depois me deserolei da mesma para me vestir. Passei desodorante e perfume, desfiz o coque, penteei o cabelo e fiz um rabo de cavalo no mesmo.
Peguei meu celular e tomei um susto ao ver que já  eram onze e meia da manhã.
Todo sábado e domingo passo a madrugada toda assistindo e mexendo no celular, acabo indo dormir tarde e acordo tarde.
Minha mãe já nem ligar mais, ela só não deixa durante a semana por conta da escola.
Eu e Vic deixemos o quarto e descemos.
Ao chegar na sala, encontramos o Bruno sentado no sofá mexendo no celular.
— Ô bicho gostoso... — Vic comentou baixo me fazendo rir discretamente.
O Bruno viu quando chegamos na sala, porém, sequer olhou em minha cara, mas também nem me importei.
Chamei e o Vic para tomar café mas ele não aceitou, pois já havia tomado, apenas ficou na mesa me fazendo companhia e me contando algumas fofocas.

***


Eu e o Vic passamos a tarde toda juntos.
Assistimos filme, tomamos banho de piscina, tiramos fotos, fizemos chamada de vídeo com a Isa, brincamos no karaokê e preparamos vários lanches ao decorrer da tarde.
Lá para umas sete horas da noite ele teve que ir para casa, a mãe dele ligou dizendo que eles iam jantar fora hoje.
Depois que o Vic foi embora, subi para tomar um banho.
Tomei banho, lavei o cabelo e escovei os dentes.
Após sacar o cabelo com secado, fui para o quarto, caminhei até o guarda-roupa, peguei uma calcinha lilás e uma camisola rosa claro.
Vesti-me, passei hidratante, desodorante e perfume, penteei o cabelo deixando mesmo solto e fui pra cama.
Peguei meu notebook, abri a Netflix e coloquei "Sobrenatural", para assistir.
Passei um bom tempo ali assistindo, como sempre, nem noto o tempo passar quando estou assistindo minhas séries.
Já era por volta de meia noite quando resolvi dar uma pausa e mexer um pouco no celular.
Abri o instagram e logo de primeira apareceu no feed uma foto do Vic com os pais dele no restaurante, curti e comentei,
" Lindos! ♡ ", comecei a olhar os stories, vi o de Harry e logo depois o da Isa, ela havia postado uma foto e um boomerang no
McDonald's com o boy que ela tá ficando, reagi na mesma hora com um emoji de carinha apaixonada, e enviei uma mensagem: " Conta TUDO! Quero fotos, me envia lá no Whatsapp."
Continuei olhando os stories enquanto aguardava ela me enviar as fotos com o boy lá no Whatsapp, quando, de repente, ouvi um som. Era de piano e estava vindo do quarto do Bruno.
Sentei na cama para que eu pudesse ouvir melhor e fiquei meio que hipnotizada por aquela melodia, um sorriso sobreveio involuntariamente aos meus lábios ao notar que ele tocava, " Talking to the Moon", sou simplesmente apaixonada por essa música.
Não me contentando em ouvir apenas do meu quarto, levantei-me da cama em meio ao escuro e  calmamente me dirigi ao corredor em passos cautelosos.
cheguei ao quarto do Bruno, e fiquei ali com o ouvido grudado na porta ouvindo ele tocar.
Ele toca perfeitamente piano, fico encantada toda vez que ele começa a tocar.
Inesperadamente, meu celular começou a tocar, eu estava tão concentrada no piano que acabei tomando um susto e deixei o celular cair fazendo zuada
— Caramba! — Reclamei baixo e abaixei-me para pegá-lo.
Com certeza era a Isa, ela deve está me ligando  porque não respondi no Whatsapp.
— Ísis... — Ouvi a voz do Bruno e levantei.
Ele estava camisa, usava apenas uma bermuda tactel escura, segurava com uma mão a maçaneta da porta que estava meia aberta e com a outra mão segurava um copo de whisky.
— O que faz acordada a essa hora?
— Levantei para beber água e acabei deixando o celular cair.
— Entendi.
— Desculpa.
— Por?
— Atrapalhar o senhor de tocar.
— Sem problemas.
Eu estava tocando porque não estava conseguindo dormir. Você também está sem sono?
— Sim.
— Quer tocar um pouco? Lembro que o meu pai te ensinava a tocar piano.
— Verdade, o vô Peter me ensinou algumas coisas.
— Sorrio ao lembrar dos momentos com o meu avô Peter, pai do Bruno.
— Ele é um ótimo professor. — Sorriu.
— Entra, vamos tocar. — Ele abriu mais a porta me dando passagem.
Entrei e caminhei até o piano na companhia do Bruno.
Sentei-me na banqueta, ele sentou-se na outra ao meu lado e pôs seu copo de whisky sobre o piano.
— Gostaria de ouvi-la tocar "When I Was Your Man".
— Não sei tocá-la.
Ele pegou em minhas mãos as levando até o piano e posicionou meus dedos corretamente sobre as teclas, em seguida, pôs as suas mãos sobre as minhas fazendo meus dedos brilharem pelas teclas formando as primeiras notas daquela linda música.
Sorri ao ver que eu estava conseguindo tocar e o Bruno também sorria.
A sensação de suas mãos se movimentando sobre as minhas era inexplicável, elas era grassas e firmes, mas seus toques eram leves.
Apertamos as teclas 1C/F a G, finalizando a canção.
— admita, sou um ótimo professor. — Falou convencido.
— Convencido? Nem um pouco. — Brinquei.
— E eu sou uma ótima aluna.
— Em todos os requisitos. — Pegou o copo de whisky e deu um gole na bebida.
— Não entendi.
— Ainda bem. — Sorriu.
Ficamos ali conversando sobre a vó Bernadette, o vô Peter e lembranças da família e rimos muitos ao
lembrarmos de alguns momentos.
— Bom, já deve ser muito tarde, tenho que ir.— Ia levantando mas ele me impediu.
— Fica mais um pouco... — Acariciou o lado direito do me rosto com as pontas dos dedos.
Não sei explicar o que está acontecendo entre mim e o Bruno, não escolhemos isso, não escolhemos sentir o que estamos sentindo... simplesmente está acontecendo.
Nossos lábios se encontraram em beijo calmo e delicado.
Fechei os olhos me entregando totalmente aquele momento, sentindo nossas línguas se acariciarem calmamente.
Suas saliva tinha um gosto de álcool misturado com cigarro, seus lábios eram macios e seus toques em meu corpo me causavam arrepios e sensações que eu jamais havia sentido antes.
Levantamos juntos das banquetas, sem interromper o beijo fomos cambaleando alguns passos em direção a cama, deitou-me sobre a mesma e deitou-se suavemente sobre mim sem soltar o peso do seu corpo e voltou a me beijar. Deslizei minhas mãos pelos seus ombros de maneira carinhosa, enquanto suas mãos grandes e firmes percorriam todo o meu corpo, apertando-o com vontade mostrando seu desejo por mim.
Fechei meus olhos por alguns segundos, sentindo seus toques, ele desceu sua boca para o meu pescoço fazendo com que minha pele sensível se arrepiasse sob seus lábios, dando leves mordidas e chupões que percorriam em direção ao meu ombro, onde os chupões se tornavam intensos e provavelmente deixaria marcas. Porém logo seus lábios foram substituídos por suas mãos, tirando as alças da camisola que se encontravam sobre meus ombros, pude sentir a mesma deslizar pela extensão da minha pele deixando meus seios à mostra sendo surpreendidos pela umidade da sua boca.
Ele envolveu meus seios com sua boca, chupando de uma maneira gostosa.
Era uma sensação indescritível.
De olhos fechados, senti quando ele parou de chupar meus seios e desceu uma trilha de beijos lentamente passando por minha barriga e até então chegando a minha virilha onde depositou um beijo mais lento ainda.
Sua mão tocou a barra da minha calcinha e foi descendo-a, tirou a mesma e a jogou em algum canto do quarto, em seguida, afastou gentilmente minhas pernas abrindo-as, me fazendo suspirar ao
sentir sua respiração entre elas.
Sua língua úmida e quente tocou meu clitóris, me fazendo moder o lábio inferior de tanto prazer, ele começou a me chupar de maneira tão gostosa, me fazendo fechar os olhos e gemer timidamente.
O sentia sugando meu clitóris para dentro da boca e outrora fazendo movimento circulares com a língua naquela região. Percebendo o quão excitada eu estava, conteve os movimentos e levantou-se ficando em pé parado à minha frente. Ele desabotoou sua bermuda e despiu-se da mesma juntamente da sua cueca, meu olhar capturava cada movimento que ele fazia e admito fiquei um pouco apreensiva quando o vi sem roupa.
Em alguns míseros passos, ele se aproximou da cama e debruçou-se novamente sobre mim se encaixando entre minhas pernas e posicionou seu membro na entrada da minha intimidade.
— Espera... — Falei quando ele estava prestes a penetrar.
— Calma... eu não vou te machucar, prometo. — Acariciou meu rosto.
— Pode doer um pouco, mas se você não estive aguentando eu paro, certo?
Assenti com a cabeça.
O Bruno tomou meus lábios em um beijo calmo, me segurou pelos quadris e se pressionou para dentro de mim me penetrando.
Naquele momento, senti uma dor insuportável, doía e ardia muito, não tinha entrando nem a metade e eu já estava sofrendo horrores.
Enfiei o rosto em seu pescoço apertei seu braço  sentindo ele entrando mais.
Ao colocar uma boa parte, ele ficou parado dentro de mim até que eu me acostumasse com a sensação.
— Olha pra mim. — Pegou meu rosto de forma que ele pudesse me olhar e ficou preocupado ao ver que Eu estava aparentemente com muita dor.
— Tô te machucando? Quer parar? — Falou baixinho.
Não respondi, apenas fiz que não com a cabeça ainda de olhos fechados.
Já estava ali, agora iria até o final.
O Bruno continuou com os movimentos de entra e sai enquanto seus lábios estava sobre os meus na tentativa de me fazer relaxar.
Estava difícil aguentar aquela dor fina e incomodativa, a todo tempo o Bruno sussurrava ao meu ouvido pedindo para mim relaxar, pois eu estava muito tensa e isso que estava dificultando o momento.
Doía, doía muito...mas aos poucos foi melhorando
com a ajuda de suas carícias.
Apesar de preocupado comigo e fazendo de tudo para não me machucar, o Bruno estava curtindo o momento, ele gemia e suspirava de prazer. Sua respiração estava descompassada e o suor molhava seu rosto e corpo.
Ela suspirou forte e tirou seu membro rapidamente de dentro de mim, gozando fora.
Ofegante e suando, deitou-se ao meu lado e eu me aproximei e deitei a cabeça em seu braço.
— Você está bem? — Sussurrou exausto.
— Sim.
— Nunca imaginei que algo desse tipo poderia acontecer entre a gente um dia.
— Eu também não. — Falei enquanto enrolava um dos seus cachinhos em meu dedo.
— Você se arrepende? — Perguntou.
— Não. E você se arrepende?
— Não sei... — Respondeu encarando a parede branca à nossa frente.
Entendo o Bruno, ele tem os motivos dele para estar arrependido.
Talvez, eu também tenha motivos para me arrepender, mas não me arrependo.
Eu o amo demais e minha primeira vez foi com ele, o cara que eu amo.
— Tenho que ir... — Fui dar um selinho nele mas ele segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou.
Fechei os olhos sentindo o sabor da sua boca... o melhor sabor que existe.
Fomos parando o beijo com selinho.
— Você é a pessoa mais linda que eu já conheci, Ísis. — Falou segurando meu rosto com as duas mãos e olhando em meus olhos.
Apenas sorri com olhos brilhando e levantei.
Peguei minha calcinha no chão, vesti sentindo os olhos do Bruno sobre mim, arrumei minha camisola, peguei meu celular, olhei para ele que ainda me olhava em silêncio, e sem dizer nada, saí do quarto fechando em seguida a porta do mesmo.
Caminhei pelo corredor em passos cautelosos, e, ao chegar em meu quarto, fui direto para o banheiro  tomar banho.
Ao término, retornei para o quarto, peguei uma calcinha preta e um baby-doll rosa com branco, me vesti, passei desodorante e colônia de lavanda, penteei o cabelo com os dedos fazendo um coque no mesmo e fui deitar.
Após longos minutos pensado em tudo o que aconteceu entre mim e o Bruno, peguei no sono.


Bruno Mars- Sonhos | Disponível até NOVEMBRO 2023Onde histórias criam vida. Descubra agora