CAPÍTULO 23

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Posso dizer que estou vivendo um sonho, pois dormir sentindo os braços do Bruno me envolver e acordar ao lado dele, pra mim, é um sonho.
Passamos a noite toda matando a saudade e o desejo.
Tenho total consciência de que tudo isso está errado, tenho consciência de que eu não deveria estar tão feliz por ter passado a noite com ele, tenho consciência de que o Bruno não sente nada por mim além de desejo e que no dia a dia ele malmente olha na minha cara, mesmo assim, eu estou feliz.
Sinceramente, eu resolvi deixar um pouco de lado as minhas preocupações, culpa, medo e todos os outros sentimentos ruins que me assolam e me deixam mal pra caramba e optei por me entregar ao momento e curtir cada segundo ao lado dele.
Amo o Bruno demais e por isso quando o assunto é ele, eu não tenho nenhuma força para resistir.
Ser trouxa faz parte da minha tour aqui na terra.
Acordamos extremamente tarde, na verdade, acordamos na hora do almoço. Como nem eu e nem o Bruno sabemos cozinhar e ele havia dado folga a todos os funcionários para ficar a sós comigo, resolvemos pedir comida pelo aplicativo. Ele terminou de tomar banho, passou desodorante, perfume, enrolou a toalha na cintura e desceu para esperar o pedido chegar.
Eu também já havia tomado, mas fiquei no quarto esperando ele subir.
Resolvi ligar para a minha mãe, eu estava louca pra falar com ela e ouvir a voz dela.
Peguei o celular, o desbloqueei, desci a barra de notificações e vi que havia sete ligações perdidas dela e várias outras notificações do Instagram e do WhatsApp, ignorei tudo e retornei a ligação da minha mãe, chamou duas vezes e ela atendeu.
— Bom dia, meu amor. — Falou ao atender.
— Bom dia, mãezinha.
— Como você está?
— Estou bem e a senhora?
— Estou bem. Por que não atendeu as minhas ligações?
— Eu estava dormindo, acordei praticamente agora.
— Esqueci que dia de sábado e domingo você só quer acordar uma hora da tarde.
— Isso não é verdade. — Ri.
— Não, imagina... — Falou irônica.
— E a senhora? Dormiu bem?
— Mais ou menos, ainda estou no hospital com o seu avô, a poltrona não é muito confortável. — Bocejou. — Comeu direitinho? — Completou.
— Sim. — Menti para não preocupá-la.
— Ok, agora vou ter que desligar porque o médico está entrando na sala, daqui a pouco eu te ligo.
— Certo! Te amo!
— Também te amo, meu amor. Tchau!
— Tchau! — Falei vendo o Bruno entrar no quarto com os nossos pedidos na mão.
Minha mãe finalizou a ligação e eu tirei o celular do rosto.
— Com quem você estava falando ? — Ele perguntou sério.
— Com a minha mãe.
Ele não disse mais nada, pôs nossos pedidos em cima da cama e sentou em seguida.
Havíamos pedido: Arroz ao pesto, bife ao molho barbecue, legumes refogados e Coca-Cola.
Estava tudo uma maravilhosa!
Almoçamos e depois comemos a sobremesa que era brownie recheado de Nutella, eu nem sabia que o Bruno ia pedir isso para a sobremesa, mas amei real.
Após comermos, o Bruno desceu para jogar as embalagens no lixo da cozinha, depois foi para o quarto dele escovar os dentes e eu fui para o banheiro para também escovar os dentes.
Assim que entrei no banheiro, fui para frente do espelho e logo pude ver que o meu pescoço estava ainda mais marcado do que a hora em que acordei, resultado de um sexo cheio de desejo.
Não sei como irei fazer para esconder isso quando a Helen e a minha mãe voltarem para casa, mas daqui até lá eu dou um jeito.
Escovei os dentes, usei enxaguante bucal, lavei e enxuguei o rosto e retornei para o quarto onde encontrei o Bruno sentado na cama com as costas apoiada na cabeceira e fumando.
Eu não digo nada, mas odeio vê-lo fumando, odeio esse cheiro de cigarro se espalhando no ambiente.
— Vem cá... — Ele me chamou.
Eu caminhei até ele e parei em sua frente.
— Senta aqui. — Me puxou para sentar em seu colo.
Ele deu as últimas tragadas no cigarro, virou o rosto, soltou vagarosamente a fumaça e depois riscou a parte acesa na parede o apagando e o jogou no chão.
— Por que está com essa cara? — Perguntou acariciando o meu rosto.
— Estou normal.
— Não está.
— Estou sim.
Senti uma de suas mãos em minha nuca trazendo meu rosto para perto do seu e unindo nossos lábios dando início a um beijo onde eu sentia o puro gosto de cigarro em sua saliva.
Admito que eu não gosto do gosto de cigarro, mas pelo fato de ser ele, eu ignoro.
Meus lábios moviam-se em sintonia com os dele, quando senti sua mão entre minha pernas, abri mais as mesma dando passagem e logo ele introduziu dois de seus dedos em minha v*gina e o seu polegar começou acariciar o meu clitóris enquanto ele me beijava.
Fechei os olhos saboreando o gosto dos seus lábios e sentindo a sensação deliciosa de seus dedos me acariciando por dentro e seu polegar massageando o meu clitóris.
A forma que o Bruno me toca desperta em mim sensações de prazer que jamais outra pessoa  conseguiria despertar.
— Eu quero te ver sentando. — Sussurrou.
— Eu não sei...
— Sabe. — Sussurrou e mordiscou minha orelha.
— Você só precisa sentar em meu colo de pernas abertas, descer e subir. — Tirou seus dedos de dentro de mim.
Levantei, abri minha toalha deixando a mesma cair no chão, ele também tirou a toalha que estava em volta da sua cintura, voltei para o seu colo com as pernas abertas sentindo o seu pênis duro entrando vagarosamente em minha v*g*na conforme eu ia me agachando, apoiei minhas mãos em seus ombros após sentir seu p*nis completamente dentro de mim e comecei a subir e descer lentamente.
Eu não tinha a menor experiência, mas queria satisfazê-lo
Olhei para ele, o encontrando de olhos fechados mordendo o lábio inferior enquanto segurava firme a minha cintura.
Continuei sentando e rebolando, ficando cada vez mais a vontade e sem o menor pudor enquanto ele gemia segurando a minha cintura.
Eu amo vê-lo sentindo prazer e amor dá prazer a ele.
O Bruno apertou fortemente a minha cintura e gozou dentro de mim.
Exausta, apenas encostei a cabeça em seu peito suado podendo ouvi o seu coração bater forte.

***

Era noite, havíamos tomado banho e descemos para esperar o nosso pedido chegar, tínhamos pedido comida japonesa pelo iFood, para jantar.
Enquanto aguardávamos, o Bruno foi para a sacada fumar e eu deitei no sofá, liguei a televisão e enquanto passava: " A Culpa é das Estrelas", na Telecine, eu fiquei mexendo no celular.
Eu estava tão entretida respondendo a Isa no WhatsApp, que nem vi quando o Bruno chegou na sala.
— Com quem você está conversando? — Perguntou parado à minha frente.
Parei de digitar e olhei bem para a cara dele.
— Tá ficando doido, é? Desde quando te devo satisfação com quem converso ou deixo de conversar?
— A única coisa que eu te falo é que não quero você falando com aquele otário enquanto você estiver comigo.
— Bruno, meu filho, eu falo com quem eu quiser, se manca.
— Se manca uma porra, só estou te avisando. Temos uma acordo, não esqueça.
Balancei a cabeça ignorando totalmente o comentário dele, mas também não falei mais nada, eu não estava afim de bater boca.
Ele pegou mais cigarro e voltou para a sacada, é  sempre assim, se estressa com as paranoias dele e começa a fumar um cigarro atrás do outro.
Que morra!
Sinceramente, tem horas que só peço paciência para saber lidar com ele.


Hooligans, perdoa o capítulo pequenininho rsrsrs culpa do bloqueio criativo, sorry! Votem e comentam ❤

Bruno Mars- Sonhos | Disponível até NOVEMBRO 2023Onde histórias criam vida. Descubra agora