CAPÍTULO 8

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Eu estava na cama deitada mexendo no celular, consultei o horário no mesmo e tomei um susto ao ver que eu estava atrasada para o balé.
Levantei rápido da cama e como eu já havia tomado banho, apenas vesti a roupa do balé, penteei o cabelo fazendo um coque no mesmo, peguei meu celular, o coloquei dentro da bolsa, peguei a mesma e deixei o quarto às pressas.
Ao chegar no último degrau da escada, encontrei a mamãe prestes a subir.
— Isso é hora de você está indo para o balé? — Reclamou.
— Já falei que eu vou tirar esse seu celular. No instante você vai aprender a ter compromisso com o horário. — Continuou.
— Desculpa, mãe. Só me atrasei um pouco. — Depositei um beijo na bochecha dela.
— São dez minutos de atraso. Adiante seu lado, pois se eu souber que você não entrou na aula, quando você chegar a gente conversa.
A minha mãe é a melhor mãe do mundo, porém, ela não permite desleixo com os meus estudos, referente a isso ela é muito rígida.
— Calma, Amelie. Tô de saída para resolver algumas coisas, aproveito para deixar a Ísis no balé. — A Helen falou a entrar na sala e ouvi as reclamações.
A mamãe agradeceu a ela, me despedi da minha mãe e saí junto com a Helen rumo a garagem onde o carro dela estava estacionado.

***

Após a Helen me deixa na escola de ballet, entrei na mesma e percorri o longo corredor passando por algumas salas.
Eu estava tão apressada acabei esbarrando no direitor.
— Desculpe-me, senhor Connor.
— Sem problemas.
Finalmente cheguei à sala, onde me deparei com
a grande porta de vidro transparente já fechada.
Fiquei alguns instantes ali em frente ouvindo uma música lenta e clássica tocar enquanto a turma se aquecia.
— Olha a Ísis! — Harry exclamou ao me ver em frente à sala.
— Continuem aquecendo. — Disse a professora Olga, e em seguida caminhou até a porta abrindo-a.
— Senhorita Ísis, atrasada, não acha?
— Sim. Perdão, professora Olga, posso entrar?
— Sim, mas que esse atraso não se repita. Balé requer compromisso.
— Sim, senhora. Obrigada.
Entrei e fui me aquecer com o restante da turma.
— Bom, como todos já sabem, a nossa companhia de ballet vai retratar através da dança a história de Anna Matveievna Pavlova, a bailarina russa que fascinou o mundo da dança no fim do século XIX e na primeira metade do século XX. Depois de tantos ensaios acredito que todos já saibam seus papéis. — Disse a professora Olga.
— Professora, eu continuarei como o maestro Marius Ivanovich ou a senhora trocará meu papel como iria fazer na última aula? - A indagou Fred.
— Sim, você continuará como o maestro Marius Ivanovich.
— Ok.
— Ísis, não se esqueça que a Anna era completamente apaixonada pelo Victor D'Andre seu empresário com quem se casou, então peço que quando você e o Harry estiverem dançando tentem demonstrar esse sentimento que existia entre eles, pois na dança nosso corpo é nossa voz.
— Sim, senhora. — Sorrimos.
A Letícia e a Phelippa nos olhou e conversaram entre si enquanto se aqueciam.
— Ísis e Harry, por favor, venham até à frente.
Assentimos e caminhamos até o local como a professora havia solicitado.
Paramos em frente ao enorme espelho, nos posicionamos e demos início a coreografia.
Cada passo era feito com muita dedicação e muita atenção.
Todos da sala estavam com a sua atenção voltada para nós, porém, não havia nervosismo... parecia ser só nós dois ali.
Ao finalizarmos a coreografia, ouvimos aplausos de todos, inclusive, da professora Olga que nos olhava com aprovação.

***

Depois da aula o Harry se ofereceu para me deixar em casa e eu não vi problema em aceitar.
Ele abriu a porta do carro para mim, entrei, sentei no carona e logo em seguida ele entrou, fechou a porta, ligou o som do carro colocado Thinking Out Loud, do Ed Sheeran, e deu partida.
Apesar dele estar com a sua atenção voltada para o volante, fomos o caminhou todo conversando sobre o ensaio de hoje.
Quando finalmente chegamos, o convidei para entrar e ele logo aceitou.
— Harry... — Mamãe falou animada ao nos ver entrando.
— Como vai? — Harry a abraçou.
— Vou bem e você meu genro querido?
— EX GENRO! — Falei enquanto caminhava em direção à cozinha.
— Ignora ela, sogrinha. — Ele falou.
Os dois ficaram na sala conversando enquanto eu estava na cozinha caçando o que comer.
Eu não havia tomado café de manhã e nem tinha almoçado à tarde, a chegada da Helen me afetou muito, ficar vendo ela e Bruno juntos estava me magoando, eu não sentia mais fome, sono e nem disposição para mais nada.
— Filha, traz um lanche para o Harry. — A mamãe gritou da sala.
— Aqui virou lanchonete, foi? — Revidei.
Fui até a pia lavar as mãos, as enxuguei em um pano de prato e fui preparar o lanche.
Preparei sanduíches natural de atum, suco de laranja, organizei a mesa e fui chamar o Harry e mamãe para lancharmos.
Sentamos à mesa e lanchamos, apois o lanche ficamos nós três conversando sobre o balé, filmes e entre outras coisas.
Após longos minutos de conversa e risos, a mamãe levantou para lavar os pratos. Ela lavava, o Harry secava e eu guardava.
Depois que acabamos, a mamãe começou a preparar a janta e eu e o Harry fomos para a sala.
Estávamos sentados no sofá rindo e conversando, quando a porta foi aberta e o Bruno e a Helen entraram.
— Boa noite! — A Helen falou.
— Boa noite! Respondemos.
O Bruno não disse nada, nem sequer um "boa noite", apenas me olhou com uma cara nada boa e olhou para o Harry ao meu lado e subiu acompanhado da Helen.

***

A tarde com o Harry foi bem divertida, conversamos e rimos bastante. Por volta das sete da noite ele foi embora.
Logo depois que ele saiu, eu subi para tomar banho.
Depois do banho fui estudar, hoje o dia tinha sido  puxado tanto na escola quanto no balé e para completar eu tenho teste de matemática amanhã.
Estava sentada na cama com livros, caderno, papéis de rascunhos, lápis, borracha, caneta marcadores à minha volta e mil coisas na cabeça.
Hoje eu estava tão exausta fisicamente e mentalmente, mas não posso dormir, tenho que estudar.
Resolvi ir até a cozinha beber um café, eu precisava de algo para me manter acordada.
Deixei o quarto e desci as escadas com cautela evitando barulho, pois todos já estavam dormindo.
Fui até a cozinha, peguei uma xícara, enchi de café, fechei novamente a garrafa e quando estava prestes a sair da cozinha, o Bruno entrou na mesma.
Fui passar por ele e ele segurou o meu braço.
— Você e aquele moleque voltaram?
— Não.
— E o que ele tava fazendo aqui?
— Ele veio me trazer em casa depois da aula e eu convidei ele entrar e ficar um pouco.
— Não gostei de ver vocês juntos.
— Bom, quanto a isso não posso fazer nada.
Tentei sair mas ele me puxou.
— Eu ainda não acabei. — Me beijou.
Era um beijo diferente de qualquer outro que tínhamos dado antes.
Sentia sua língua explorar minha boca enquanto sua mão estava entre meus cabelos.
Pus a xícara sobre a mesa e em meio aquele beijo intenso e gostoso fomos cabalendo alguns passos até a parede, onde ele me encostou e em ação rápida, levantou meu vestido, pôs a mão dentro da minha calcinha e começou a acariciar meu clitóris com movimentos circulares. Enquanto sentia seus toques e beijava a sua boca, sentia meu corpo entrar em transe.
Percebendo que eu estava excitada e molhada o suficiente, ele abriu o botão da bermuda e abaixou a mesma juntamente da cueca, abri as pernas e ele  afastou minha calcinha pro lado e penetrou a cabeça do seu membro me fazendo gemer.
Eu ainda sentia arder e doer um pouco, admiro quem sente dor apenas na primeira vez, no meu caso, eu ainda senti muito incômodo de sentir tudo aquilo entrando.
— Hmmm... — Gemi e apertei o braço dele ao sentir ele indo mais fundo.
Ele percebeu que eu não estava confortável com estocadas fundas e começou a colocar apenas a metade e ir com mais calma.
De olhos  fechados, o Bruno gemia e suspirava baixo o tempo todo enquanto me penetrava em movimentos de entra e saí, percebendo que estava prestes a gozar, ele tirou rapidamente seu membro de dentro de mim e gozou fora.
Dessa vez nossa transa foi rápida, porém, para mim tinha sido especial assim como a primeira.
Ajeitei a minha calcinha e abaixei o vestido, logo em seguida, ele também levantou a cueca e bermuda.
Eu não acredito no que acabei de fazer, não acredito que fiquei com o Bruno com a Helen em casa, ela não merece isso.
Por mais que eu o ame e seja especial para mim transar novamente com ele, eu não poderia fazer isso com ela.
Sem dizer nada, saí rapidamente da cozinha e voltei para o quarto.
Ao entrar no mesmo, comecei a chorar compulsivamente. Chorei de raiva de tudo que estou sentindo, chorei por não está conseguindo me controlar, chorei de nojo de mim, chorei por essa confusão emocional que se passa dentro de mim, chorei de raiva de mim mesma por está magoando pessoas que me amam e confiam em mim.
Eu juro que se eu pudesse escolher, eu escolheria não sentir tudo o que sinto pelo Bruno.





Bruno Mars- Sonhos | Disponível até NOVEMBRO 2023Onde histórias criam vida. Descubra agora