CAPÍTULO 38

585 29 6
                                    

Bruno

Acordei morrendo de dor de cabeça, na verdade, praticamente nem dormi.
Ontem, depois que transamos, subimos para o nosso quarto, tomamos banho e fomos dormir.
Porém, pela madrugada, a Ísis acordou passando mal com enjoo, vômitos e tontura. Não foi nada fácil, ficamos acordados até às quatro da manhã que foi a hora que ela deu uma melhorada e eu a ajudei tomar banho e voltamos para o quarto.
Deitamos, ela deitou a cabeça no meu peito e eu fiquei acariciando seus cabelos até que ela conseguiu voltar a dormir para daí então eu voltar a dormir também.
Tem sido f*da ultimamente, ela vive passando mal, mas temos que aguardar o dia da consulta que será na quarta-feira.
Mesmo cansado, com sono e com dor de cabeça, eu preciso levantar, pois tenho uma reunião marcada com o pessoal da gravadora e com a banda.
Tirei cuidadosamente a cabeça da Ísis de cima do meu braço deitando-a sobre o travesseiro, levantei com cautela para não acordá-la e caminhei até ao banheiro.
Enfrentei um bom banho de água fria para ver se eu conseguia despertar, escovei os dentes e retornei para o quarto.
Fui até ao closet e peguei uma cueca box branca, uma calça jeans preta e uma camisa azul estampada.
Passei desodorante, me vesti, passei perfume, arrumei o cabelo, coloquei o colar com o pingente da cruz, coloquei meus anéis, um relógio dourado e calcei um tênis preto da Nike.
Ao terminar, peguei o meu celular, a minha carteira, uma maço de cigarro, a chave do carro, coloquei no bolso e caminhei até a cama onde a Ísis ainda dormia, depositei um beijo carinhoso na testa dela e saí do quarto.
Desci as escadas enquanto respondia a mensagem do Kam e quando cheguei na sala de jantar, encontrei a Amber terminando de pôr a mesa do café da manhã.
- Bom dia, senhor Bruno.
- Bom dia, Amber. - Respondi enquanto sentava-me à mesa.
- Está tudo bem com o senhor?
Obviamente, ela notou a minha cara péssima de noite mal dormida.
- Sim.
- Posso servir o café do senhor.
- Pode sim.
Ela serviu-me uma xícara de café amargo e quando estava prestes a me servir torradas com geleia de frutas vermelhas, eu recusei.
- Não, Amber. Apenas café, por favor.
- Ok.
Após a Amber me servir, retirou-se do ambiente deixando-me sozinho.
Enquanto eu realizava o meu desjejum, não consegui parar de pensar nos enjoos, vômitos e nas indisposições que a Ísis vem tendo.
Na verdade, faz uma semana que tenho reparado nesses sintomas e sei que são sintomas de gravidez, tanto que a Jaime e Tahiti passaram por isso enquanto estiveram grávidas.
Entretanto, não tenho certeza da gravidez da Ísis, já que sempre que esquecemos de usar camisinha ela toma a pílula, mas sei também que a pílula pode falhar.
Definitivamente, estou com a cabeça a mil e muito preocupado em relação a esse assunto, pois sei que se a Ísis estiver realmente grávida essa não será uma situação fácil de se enfrentar.
Balancei a cabeça negativamente dispensando todos os pensamentos que me preocupavam e continuei com o meu café. Dei um longo e último gole no café amargo e pausei a xícara na mesa.
- Amber?! - Chamei-a e no mesmo instante ela veio até a mim.
- Pois não?
- Estou indo trabalhar, quero que você faça a Ísis comer antes de ir para o colégio e se caso ela sentir qualquer coisa, me ligue rapidamente, por favor.
- Sim, senhor!
Após dar as ordens a Amber, retirei-me da sala de jantar e subi para escovar os dentes.
Passei pelo quarto e a Ísis ainda dormia. Fui para o banheiro, escovei os dentes, usei enxaguante bucal, enxuguei a boca e retornei para o quarto.
Fui até a Ísis, coloquei a mão sobre a testa dela para ver se a temperada dela estava ok e fiquei aliviado de ver que pelo menos ela não estava com febre, depositei um beijo carinho em sua bochecha e saí o quarto novamente.
Descia as escadas e caminhei até o hall de entrada, saí, passei pelo enorme jardim direto para a garagem, fui até um dos meus carros, entrei, coloquei o cinto de segurança, o liguei e saí de casa com o mesmo.

***

A reunião teve início às 08:00h.
A porta encontrava-se fechada, a grande sala de cor nude era iluminada pela belíssima luminária no teto de gesso branco, o ar-condicionado proporcionava um clima agradável no ambiente enquanto estávamos todos reunidos à mesa de madeira tratando dos últimos assuntos.
- Então, todos estão de acordo que a melhor para o lançamento do novo disco seja... - Fui Interrompido pelo toque do meu celular. Com certeza era a Amber.
- Me desculpem, é importante, tenho que atender.
- Todos compreenderam e assentiram.
Levantei, camimhei até a porta, retirei-me da sala e atendi o celular.
- Alô, senhor Bruno?!
- Oi, Amber. Aconteceu alguma coisa com a Ísis?
- Sim, ela está passando muito mal desde a hora que acordou. O senhor precisa muito vim para cá.
- Ok! Já estou indo, não sai do lado dela até eu chegar.
- Sim, senhor!
Desliguei o celular e retornei para a sala onde todos me aguardavam em silêncio.
- Infelizmente, teremos que remarcar essa reunião para outro dia, pois como vocês mesmo viram, eu acabei de receber uma ligação importante e não será possível eu ficar até o final.
- É alguma coisa grave? Podemos ajudar? - Phil perguntou preocupado.
- Não, não é nada grave, mas é urgente.
Valeu pela preocupação, despois eu converso com você.
- Ok. Vai nessa, irmão. - Ele falou.
- Qualquer coisa estamos aqui. - Eric falou.
- Verdade! É só ligar. - Disse Duggy.
- Valeu, brothers.
Me despedi de todos com um aperto de mão, deixei o local, caminhei até o estacionamento, entrei no carro e liguei o mesmo dando partida de volta para casa.
Meus pensamentos estavam na Ísis, as minhas mãos seguravam firmemente o volante enquanto eu dirigia na velocidade máxima permitida no intuito de chegar logo em casa.
Fui diminuindo a velocidade quando percebi que eu estava próximo da farmácia " Rite Aid Am", parei o carro, peguei a minha carteira dentro do porta luvas e antes de descer para comprar o teste de gravidez para a Ísis fazer, olhei pela janela e vi que havia algumas pessoas no local, então preferi não arriscar em ter o meu nome em todas as revistas e jornais amanhã com a notícia de que eu seria pai.
Peguei o meu celular no bolso da calça e liguei para a Amber.
- Alô, senhor Bruno?! - Falou ao atender.
- Alô, como está a Ísis?
- Melhor. Os vômitos pararam e ela acabou de entrar no banheiro para tomar outro banho.
- Ótimo saber disso. Bom, preciso que você vá até a farmácia e compre alguns testes de gravidez, mas não é necessário que a Ísis saiba, por isso, se ela perguntar, diga que vai ao supermercado comparar algo que falta para o almoço.
- Sim, senhor!
- Peça para a Abigail ou para a Rosalee ficar de olho na Ísis.
- Certo.
- Apenas isso.
Desliguei o celular, guardei o mesmo novamente no bolso e dei novamente partida no carro.

Bruno Mars- Sonhos | Disponível até NOVEMBRO 2023Onde histórias criam vida. Descubra agora