PENÚLTIMO CAPÍTULO

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Finalmente, chegou um dos dias mais esperado da minha vida, dia em que irei me apresentar no Teatro Municipal de Los Angeles.
Sim, eu estou muito nervosa e ansiosa por conta dessa apresentação.
Hoje irei visitar o meu pai, já que o mesmo vive reclamando de saudade de mim, depois irei para a casa dos meus avós, onde passarei o resto da tarde com eles e com a minha mãe até que chegue a hora de irmos para o teatro onde eu irei me apresentar.
Todos da minha família irão assistir a minha apresentação, exceto, o Bruno, pois ele terá que realizar alguns shows hoje á noite e um desses shows é justo no horário da minha apresentação.

    ***

D

e maneira inevitável, solto alguns gemidos de puro prazer enquanto o Bruno se movimenta dentro de mim, ele segura firme na cabeceira da cama enquanto realizar um vai e vem rápido, a cama faz um barulho que mais parece querer sair do lugar.
Admiro o suor escorrer lentamente pelo seu rosto, sua boca está entreaberta e seus olhos castanhos fixados nos meus.
Tê-lo por cima de mim dava-me o privilégio de poder admirá-lo e admirar cada tatuagem contida em seu corpo, elas o deixa ainda mais sexy.
O cheiro de sexo estava impregnado no ambiente e era possível ouvir ali somente os nossos gemidos, o barulho que a acama fazia e o som dos nossos corpos se chocando, quando infelizmente fomos surpreendidos pelo som do celular do bruno tocando, mas ignoramos. Porém, a insistência foi tanta que temi que fosse algo de urgência.
— Amor, acho... melhor você anten... der. — Falei em meio aos gemidos.
— Deixa tocar. — Falou ofegante e sem dar a mínima importância.
— Pela insistência deve ser importante. — Falei ofegante.
Ele respirou fundo, parou os movimentos e ainda dentro de mim, esticou o braço e pegou o celular em cima do criado-mudo.
— É o Phil. — Falou com desdém ao ver a tela do celular.
— Atende, deve ser importante.
Ele respirou fundo mais uma vez, expirou, atendeu e levou o celular ao ouvido.
— Fala, Phil. — Senti vontade de rir da voz e da cara dele ao atender o celular.
E aí, brow, ocupado?
Muito.
— Bruno! — Bati de leve no braço dele o repreendendo.
Ele sorriu e voltou a conversar com o Phil no celular, porém, agora mais cortês.
Após alguns míseros minutos ouvindo os dois falarem de trabalho, senti uma vontade horrível de vomitar, talvez, fosse por conta do cheiro dele.
Tem dia que se eu pudesse ficava vinte quatro horas grudada no Bruno, tem dia que não suporto nem que ele chegue perto de mim e tem dias que está tudo bem entre a gente e do nada começo a enjoar o cheiro dele, seus toques e até a sua voz me irrita. A minha avó disse que isso é normal na gravidez.
— Sai, amor. — O afastei com as mãos.
Ele afastou um pouco o celular do ouvido e me olhou.
— O que houve? — Indagou-me.
— O de sempre.
— Enjoada?
Incapaz de responder, balancei a cabeça positivamente e ele saiu de cima de mim.
Peguei a camisa dele que estava jogada no chão, vesti a mesma e fui quase correndo até ao banheiro, suspendi a tampa do vaso sanitário e comecei a vomitar todo o meu café da manhã.
Após vomitar até o ultimo vestígio de alimento que havia no meu estomago, dei descarga, fui até pia para lavar o rosto e acabei me assustando com o meu próprio reflexo no espelho. Eu estava pálida, meu cabelo parece mais opaco e oleoso, sem falar que pela primeira vez vejo espinhas em meu rosto, mas nada que um bom corretivo e um pó compacto não possam resolver.
A minha avó sempre quando me ver fala que a minha gravidez será de menina e eu dou risada, afinal, como ela pode saber se é menina ou não, se eu praticamente acabei de entrar no quarto mês de gestação
Dispensei os meus pensamentos, tirei a camisa que eu estava vestida, entrei no box, ajustei a água do chuveiro para morna, liguei o mesmo deixando aquela água maravilhosa cair sobre toda a extensão do meu corpo.
Após um delicioso banho, saí do box, me enrolei na toalha, fui até a pia, escovei os dentes e retornei para o quarto onde deparei-me com o Bruno ainda deitado mexendo no celular e com o lençol branco o cobrindo apenas da cintura pra baixo.
Caminhei até a cama e sentei-me ao seu lado.
— O que o tio Phil queria? — Perguntei.
— Marcar uma reunião hoje às duas da tarde para falarmos sobre os últimos detalhes dos shows de hoje á noite. — Respondeu ainda com a sua atenção voltada para o celular.
— Quantos shows serão?
— Três.
— Isso significa que você não dormirá em casa hoje?
— Sim. — Deixou o celular de lado. — Está melhor dos enjoos? — Completou.
— Estou.
— Que horas você vai para a casa do seu pai?
— Dez horas.
— Já são dez horas. — Falou após consultar o horário no seu celular.
— Me atrasei completamente e a culpa é sua. — Joguei um travesseiro nele e levantei.
— Minha? — Riu. — Você que é lerda. Vou tomar banho para te deixar na casa do seu pai.
Ele levantou e caminhou até ao banheiro.
Na moral, até hoje a fixa não caiu que esse homem maravilhoso é todo meu.
Caminhei até a penteadeira, sentei-me, peguei o secador na gaveta, liguei o mesmo na tomada e comecei a secar o meu cabelo.
Após o meu cabelo está completamente seco, optei por deixá-lo natural mesmo, sem babyliss. E justo na hora em que fui fazer a minha maquiagem, o meu celular tocou.
Levantei, caminhei até ao criado-mudo, peguei o mesmo e o atendi, era o meu pai.

Bruno Mars- Sonhos | Disponível até NOVEMBRO 2023Onde histórias criam vida. Descubra agora