CAPÍTULO 18

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Acordei sem o menor ânimo para ir ao colégio, o que não é nenhuma novidade.
Minha única vontade era ficar na cama até meio dia, porém, nasci linda e não rica.
Levantei contra a minha vontade, peguei uma toalha no guarda-roupa e segui até o banheiro. Ao entrar no mesmo, me despi, adentrei o box, liguei o chuveiro e fui para debaixo do mesmo.
Na moral, se existir outra vida, eu imploro para nascer uma Kardashian.
Depois de tomar banho, lavar o cabelo, escovar os dentes e secar o cabelo com o secador, retornei para o quarto enrolada na toalha e fui até ao guarda-roupa em busca de algo para vestir.
Optei por uma calça jeans preta com rasgo no joelho, uma t-shirt cinza com frase e um moletom branco.
Me vesti, passei desodorante e perfume, penteei o cabelo deixando o mesmo solto, coloquei o relógio e uma pulseira no pulso, calcei meu all star branco, coloquei meu celular no bolso, peguei minha mochila e saí do quarto.
Ao passar pela sala, deixei minha mochila em cima do sofá e segui para a sala de jantar onde encontrei apenas o Bruno tomando café.
— Bom dia! — Puxei a cadeira e sentei-me á mesa.
— Bom dia! — Respondeu pousando a xícara na mesa, após ter tomado um longo gole do café amargo.
Pus um pouco de suco de laranja no copo, passei geleia em uma das torradas e iniciei meu café.
Não trocamos um palavra durante a refeição, entretanto, nossos olhares se cruzavam de maneira inevitável a todo momento.
É tenso ficar no mesmo ambiente que ele por mais que eu faça de tudo para agir da maneira mais natural possível.
Enfim, em meio a um silêncio incomodativo e trocas de olhares penetrantes, terminamos o nosso café.
— Licença! — Levantei-me e retirei-me dali indo em direção á cozinha, onde encontrarei a minha mãe lavando alguns pratos que estavam na pia.
— Bom dia, mãezinha. — A abracei de lado e depositei um beijo em sua bochecha.
— Bom dia, meu amor. — Sorriu. — Já tomou café? —Perguntou.
— Já sim. Agora vou escovar os dentes, passei aqui apenas para te dar um beijo.
— Certo, meu bem. Tenha uma boa aula.
— Obrigada! — Sorri.
Após falar com a minha mãe e me despedir dela, subi para escovar os dentes e depois fui para o colégio.

***

Ao chegar na sala de aula, encontrei a Isa, a Emma e o Vic conversando.
Coloquei minha mochila na cadeira e fui até eles.
— Bom dia! — Disse animada sentando no colo do Vic.
— Bom dia, amiga. — Respondeu Isa.
— Bom dia, Ísis. — Respondeu Emma.
— E aí, qual é o papo? — Perguntei no intuito de participar da conversa.
— Estávamos aqui conversando sobre o show do Bruno hoje a noite, animada?
— Não sei se eu vou. —  Respondi.
— Como assim você não sabe se vai? Mano, você é o que podemos chamar de fã número um do Bruno.
— Mas gente ... que babado! Como assim? Você não falta nenhum show dele em Los Angeles. —  Vic comentou.
Foi inevitável não sorrir com os comentários feitos por eles.
Todo mundo sabe o quanto sou louca pelo Bruno, não me refiro em relação a sentimentos, mas louca pelo artista que ele é.
Sempre fui muito fã, tenho: CDs, personalizados e fã-clube, inclusive, é o maior que existe. Pois, para mim é fácil postar informações exclusivas, afinal, moro na mesma casa que ele.
— Não estou acreditando no que ouvir. Poxa, vamos, a galera toda estará lá. —  Falou Isa.
— Calma, gente. Eu não disse que não vou, eu disse que não sei se vou, porque como a minha mãe não vai ter como ir, eu preciso saber se o Harry vai.
— Ouvi meu nome? — O Harry chegou acompanhado do Liam.
— Estávamos falando do show do Bruno, você vai, né? — Isa respondeu.
— Claro, esqueceu que a minha boneca é fã número um do cara?
— Ecaaaa, que fofo. — Isa falou nos fazendo rir.
— Vic, qual foi da Ísis em seu colo? — Harry perguntou.
— Tá com ciúmes, é?
— Claro que tô. Mas é de você, pois achei que só eu que sentava em você? — Harry falou brincando.
— Ai gostoso, para com isso! Já fico excitado ouvindo essa sua voz gostosa, imaginar você... ai para. — Vic falou revirando os olhos e mordeu os lábios.
— Porra, Ísis, perdeu.— Brincou Liam.
— Meu filho, nessa relação eu sou a outra e já aceitei isso.
— Nem percebemos isso. — Isa disse irônica nos fazendo rir.
— Bom dia, turma! - Disse o professor Charles para  anunciar a sua presença.
— Bom dia, professor.— Respondemos todos em
uníssono e fomos nos sentar.
— Bom, hoje iremos estudar sobre... — Ele escreveu o tema no quadro e depois leu em alto e bom som: — O Desembarque dos aliados na Normandia durante a Segunda Guerra Mundial.
Alguém aqui sabe o que foi o Dia D?
— Eu sei. — Respondeu Michael.
— Pode falar. — Disse o professor Charles.
— O Dia D, foi o dia de liberar cedo o colégio tipo hoje é um dia D.  — Respondeu Michael.
— Por favor, Michael, ao invés de ficar de brincadeirinhas nas aulas, você deveria estudar, afinal, as suas notas não estão nada boas.
— iiiiiiiiih... — Todos zuaram por conta da resposta que o professor deu no Michael.
— Toma! Poderia ter ficado sem essa. — Letícia falou.
— Quem falou com você, garota? Deixa de ser chata.— Respondeu Michael.
— Vixiiiiii... só os cavalos nessa sala. — Christopher falou rindo.
— Silêncio, por favor! — Exigiu o professor e todos se calaram.
— Bom, voltando a aula.
O Dia D, 6 de junho de 1944, foi a data em que ocorreu o desembarque das tropas aliadas na Normandia (noroeste da França). É bom ressaltar, que nós Americanos fomos um dos Aliados mais importante.
O professor virou -se para o quadro dando continuidade a aula interrompida pela classe, e assim, o assunto continuou sendo explicado tranquilamente.
Esses aqui são os países Eixo que lutaram contra nós: Alemanha, Itália e Japão.
Ele explicava desenhando esquemas no quadro.
Depois de cinquenta longos e torturantes minutos, o sinal tocou anunciando o fim da aula de história.
— O desfecho dessa história foi a: Vitória Aliada.
Após a queda de Chambois e a rendição de Paris.
No final de agosto de 1944 a França é libertada. — Explicou colocando o último esquema no quadro.
— Seria impossível os Aliados não ter ganho essa guerra com nós americanos ao lado, afinal, somos os Estudos Unidos, a maior potência mundial. — Disse Letícia com aquele jeito insuportável dela.
— Calma! Calma! É importante ressaltar que nós só nos tornamos a primeira potência mundial depois dessa Segunda Guerra mundial, onde tivemos a ajuda dos Aliados, afinal, ninguém vence uma guerra sozinho. — Explicou o Professor.
— Professor, o sinal já tocou, ou seja, fim da aula. — Disse Michael.
— Eu ouvir, Michael. Bom, até o nosso próximo encontro, turma. — Ele pegou os pilotos, apagador, sua pasta e alguns papéis em cima da mesa e retirou-se da sala.
Logo após a saída do professor de história, seguimos tendo dois horários de aula de matemática com o professor Norbert.
Até que, finalmente, o sinal tocou anunciando o intervalo fazendo com que o professor Norbert saísse da sala juntamente com uma multidão.
Lerda que sou, fiquei copiando o restinho do assunto e o Harry ficou me esperando.
Após eu terminar, guardei meu material na mochila, coloquei o celular no bolso e depois saí da sala de mãos dadas com o Harry, e fomos para o pátio ficar namorando.
Eu até gosto de estar com o Harry, com ele eu vivo um romance adolescente, me divirto e me sinto bem. Porém, é o Bruno que eu amo e é ele que eu  desejo mesmo sabendo que é errado.
O sinal tocou, anunciando o fim do intervalo e o início da aula de Química.
O Harry me deu um último beijo e fomos para a sala assistir a aula do professor Jordan.
Após todos retornarem para a sala, o professor deu início ao assunto: Relações da Química com as Tecnologias.
Ele explicava todo o assunto com muito domínio e paciência, fazia questão de perguntar a todo momento se havia alguma dúvida e se estávamos realmente entendendo o assunto, o senhor Jordan é um excelente professor.
Depois de longas horas de cativeiro, ou seja, longas horas no colégio, finalmente, o sinal tocou, anunciando que estávamos liberados.
O Harry falou que me deixaria em casa, pois ia aproveitar para pedir a permissão da minha mãe para irmos juntos ao show do Bruno.

Bruno Mars- Sonhos | Disponível até NOVEMBRO 2023Onde histórias criam vida. Descubra agora