CAPÍTULO 24

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Acordei com o barulho insuportável do meu despertador tocando, passei a mão debaixo do travesseiro em busca do meu celular, peguei o mesmo e desliguei o maldito despertador e a sequência de dois em dois minutos que eu coloquei para tocar.
Sim, hoje já é segunda-feira e a minha vontade de ir para o colégio é zero.
Queria ser rica e ter tutores particulares para me darem aula em casa, algo tipo: Emma Watson, mas daí eu lembro que sou pobre e que a minha realidade é outra.
O Bruno dormia tranquilamente ao meu lado abraçado a mim, tirei com cuidado o braço dele da minha cintura e quando eu ia levantando, ele abriu os olhos.
É isso a noite toda, se eu me mexer, ele se assusta e me aperta mais em seus braços e seu levantar para ir ao banheiro, ele acorda.
— Já vai levantar? — Perguntou sonolento.
— Sim, tenho aula. — Respondi levantando.
Senti o seu olhar sobre mim enquanto eu caminhava até o guarda-roupa, peguei uma toalha, segui para o banheiro e o Bruno continuou deitado, mas acordado.
Ao entrar no banheiro, me despir do baby-doll, fiz um coque no cabelo, adentrei no box, liguei o chuveiro ajustando a água para morna e fui para debaixo do mesmo sentindo aquela água deliciosa tocar a minha pele.
O frio essa manhã em Los Angeles estava tão gostoso que a única coisa que eu desejava enquanto tomava banho era voltar para a minha cama quentinha e para o aconchego dos braços do Bruno.
Porém, querer não é poder.
Finalizei o banho, desliguei o chuveiro, saí do box, me enrolei na toalha e fui até a pia para escovar os dentes.
A primeira coisa que eu notei ao me olhar no espelho foi o meu pescoço, estava muito marcado, eu precisaria esconder isso, não posso deixar ninguém ver muito menos o Harry, seria muita falta de consideração e respeito da minha parte com ele.
Escovei os dentes, usei enxaguante bucal, enxuguei a boca, e ao retornar para o quarto, vi que o Bruno não estava mais lá.
Fui até a penteadeira, sentei-me em frente à mesma, peguei algumas maquiagens na gaveta e comecei a tentar cobrir as marcas em meu pescoço. Taquei-lhe: base, corretivo e pó, depois fiz uma maquiagem simples no rosto para a cor do pescoço ficar uniforme com o rosto, penteei o cabelo deixando o mesmo solto, passei desodorante e perfume e fui me vestir.
Vesti um conjunto de calcinha e sutiã preto, calça jeans preta com rasgo no joelho, uma t-shirt branca e um moletom cinza, calcei um Vans preto, coloquei meu relógio no pulso e mais alguns acessórios, coloquei meu cartão na capinha, encaixei a mesma no celular, coloquei no bolso, peguei a minha mochila e saí do quarto para ir ao colégio.
Resolvi tomar café no Subway que fica lá perto da escola.

***

Estávamos quase no final da aula de história, o professor Charles explicava sobre: O fim do comunismo e da URSS.
Admito que gosto muito de história, acho bacana os assuntos e admiro a forma que o senhor Fleming ensina.
Desde a hora em que cheguei no colégio sinto os olhos do Harry sobre mim, imagino que ele só deve está esperando uma oportunidade para vim conversar comigo.
Tentei de todas as formas não olhar para ele e permaneci com a minha atenção voltada para frente onde o professor estava explicando o assunto e escrevia algumas coisas no quadro, até que o sinal tocou indicando o fim da aula.
— Até o nosso próximo encontro, turma. Não esqueçam de ler a página 69 do livro e fazer o resumo. — Falou enquanto organizava a sua pasta.
— Hummm... 69, né?! — Michel brincou com malícia.
— Estudar ninguém quer, agora putaria nego gosta, né? — O professor falou nos fazendo rir.
Sem dúvidas, o professor Charles é o meu professor favorito.
Após a saída do professor, coloquei as minhas canetas no estojo, fechei o caderno e o livro de história, abri a mochila e quando fui guardar os materiais dentro dela, o Harry chegou.
— Posso conversar com você? — Perguntou parado à minha frente.
— Sim, claro. — Respondi enquanto guardava as coisas na mochila.
Ele puxou uma cadeira que estava vazia, a virou de frente para mim e sentou -se.
— Bom, para início de conversa, eu acho que mereço uma explicação para você ter terminado comigo do nada, não acha?
— Harry, não foi do nada. Voltamos para evitar levar uma mentira adiante, não voltamos por sentimento algum, pelo menos não da minha parte, e quando não é recíproco, impossível dá certo e a prova disso está sendo o nosso término.
— Você está gostando de outra pessoa?
— Sim. — Respondi baixo.
— É o Bruno, né?  — Ao ouvi isso o meu coração quase parou.
— Você está louco? De onde você tirou isso?
— Eu não sou besta, Ísis. Impossível não perceber a forma que você fica quando está na presença dele e a forma que ele te olha. Não estou aqui para te julgar, apenas toma cuidado com as suas atitudes, a Helen não merece isso e você sabe disso. E outra, olha onde você está se metendo.
— Eu sei... Mas, por favor, não fala nada disso para ninguém.
— Relaxa, jamais faria isso com você sabendo de tudo que poderia acontecer.
— Desculpa... — Falei com os olhos cheio de lágrimas. — Eu não mereço nem a sua amizade.
— Você ficou com ele enquanto esteve comigo?
— Não! Claro que não, jamais eu teria coragem de fazer isso, eu te respeito demais.
— Calma! Eu acredito em você. — Ele me abraçou.
Quando digo que o Harry é uma das melhores pessoas que eu conheço, é sobre isso.

***

Assim que abri a porta o Gerônimo desceu do sofá que ele estava deitado, correu em minha direção e pulou em mim.
— Amor da minha vida... — Acariciei a cabeça dele e depositei um beijo.
O Gerônimo é a alegria e o dengo da casa, somos todos completamente loucos por ele desde que o Bruno ganhou ele.
Do nada, ele saiu correndo em direção ao sofá e olhando para trás como se estivesse me chamando, quando chegou perto do sofá, ele ficou parado me olhando e eu fui até ele.
— O que foi, em? O que você quer? — Perguntei carinhosamente.
Ele abaixou a cabeça e olhou para debaixo do sofá, também fiz o mesmo, agachei-me e fui ver o que ele queria embaixo do sofá.
— Ah, então é isso que você quer, né? — Me referir a bolinha preferida dele e ele balançou rabo animado como quem dissesse que sim.
Estiquei o braço em baixo do sofá e peguei a bendita bolinha.
— Tcharan! Aqui está a sua bolinha... — Mostrei a ele e levantei. — Vai pegar! — Joguei e ele foi correndo animado pegar.
Sorri vendo a cena e caminhei em direção à escada subindo a mesma em seguida rumo ao meu quarto.
Ao entrar no mesmo, tirei o celular do bolso e joguei na cama juntamente com a mochila, caminhei até ao guarda-roupa, peguei uma toalha, tirei meus sapatos e meias e entrei no banheiro.
Me despir, fiz um coque alto no cabelo, entrei no box, liguei o chuveiro, fui para debaixo do mesmo e logo senti aquela água morninha caindo sobre mim.
Tomei um bom banho, depois escovei os dentes e retornei para o quarto onde fui direto para o guarda-roupa em busca de algo para vestir.
Optei por uma calcinha de renda rosa bebê e por um vestido de alcinha azul claro.
Me vesti, passei desodorante e perfume, penteei o cabelo deixando o mesmo solto, peguei o meu celular, caminhei até a porta e quando eu ia saindo do quarto dei de cara com o Bruno saindo do quarto dele, ele me olhou com uma cara nada boa, mas não falou nada e eu também não fiz questão de falar com ele.
Saí e quando eu ia passando por ele, o mesmo  segurou em meu braço.
— Ai meu braço, Bruno. Odeio quando você faz isso e você sabe disso.
— Por que você demorou de chegar em casa?
— Por que eu quis, Ué.
— Onde você estava?
— Não é da sua conta, meu filho. Tenho nada contigo não e não te devo satisfação.
— Estava com aquele filho da p*ta, não foi?
— Você é surdo? Que parte de " não te devo satisfação", você não entendeu?
— Não me deve satisfação uma porra, Ísis. Tenho cara de otário, é? Você tá comigo, porra. Você está me vendo falar com a Helen esses dias que estou contigo?
— Não fala porque não quer, para mim não faz diferença.
— Velho, você me tira do sério.
— Problema seu.
— Fiz o pedido da parada que você gosta, preparei a mesa e fiquei igual um idiota te esperando para almoçar e você lá com aquele filho da p*ta.
— Primeiro, você fez isso e me esperou porque VOCÊ quis, não te pedir nada.
Segundo, eu não estava com o Harry, pois nem juntos estamos mais... — Ao me ouvi falar isso, sua feição mudou e um sorriso discreto de satisfação apareceu em seus lábios. — Eu estava na casa da Isa com o Vic, fomos almoçar lá. — Completei.
— Você e aquele otário terminaram?
— Sim.
— Por quê? — Perguntou.
— Não importa. Agora solta o meu braço.
Ele soltou o meu braço mas logo tomou meus lábios em um beijo.
Era um beijo gostoso e com desejo, sua língua explorava cada canto da minha boca e a minha língua saboreava o gosto delicioso da sua boca.
Em meio ao beijo, demos três passos e o Bruno me encostou na parede.
— Eu quero você, Ísis... — Sussurrou em meu ouvido. — Vira de costas pra mim. — Completou.
Assenti e virei-me de costa apoiando minhas mãos na parede.
Ele levantou o meu vestido na altura da barriga, em seguida, abaixou a minha calcinha tirando-a.
Me empinei para ele, abri as pernas, ele abaixou a bermuda e a cueca, segurou meu quadril com uma das mãos e, com a outra, posicionava seu membro ereto na entrada da minha v*gina.
Gemi baixinho e manhoso ao sentir seu membro quente, grosso e duro me invadindo lentamente.
Após está completamente dentro de mim, ele começou um vai e vem vagaroso e contínuo segurando firme os meus quadris.
Transar em pé não é muito confortável, mas tudo com ele fica gostoso.
Aos poucos, as estocadas atrás de mim foram ficando cada vez mais fortes, ele enfiava seu membro em mim com voracidade matando todo o seu desejo, a cada estocada eu sentia seu p*nis ir mais fundo até que ele apertou fortemente o meu quadril e gozou liberando seu líquido quente dentro de mim.
Sinceramente, é difícil entender a nossa relação, é uma mistura de amor e ódio, raiva e prazer... e por aí vai.
Levantei a calcinha e abaixei o vestido, depois fomos para o quarto para ficarmos juntos deitados na cama.

***

Era por volta das oito da noite, estávamos sentados no jardim olhando a lua, contando as estrelas e sentindo o vento frio tocar os nossos rostos.
Tudo ali era tão bonito, as flores de várias cores, as rosas que perfumavam o local, a grama verdinha os banquinhos implantados e um belo chafariz que jorrava água cristalina sem parar e fazia um barulho que mais parecia uma melodia.
— Eu te amo, Bruno. — Falei com a cabeça encosta em sei ombro.
— Não deveria.
— É... Eu sei. — Falei baixinho e sorrimos.

Bruno Mars- Sonhos | Disponível até NOVEMBRO 2023Onde histórias criam vida. Descubra agora