Amor desabrigado

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Prende em conchas o eco da saudade
Que o meu grito transcende no teu ouvir surdo;
Articula a voz que me entristece o mar,
Levem nas minhas lágrimas , sou menina,
Cortando as pulsações no teu peito!...

Que amor distante , tão longe o teu passar,
Nos velhos horizontes, as tuas linhas infindas ;
Pairam sobre a negra lembrança de fitar o olhar;
E como um simples homem, tenho lamúrias
Na minha alma , indiciada ao contemplamento.

Fita-o instante duma ajuda, se possível isso
Preciso que me mate do meu peito, a saúde
de um abraço, pelas noites esvaídas...
Eu vivo pelo dois ,eu e o meu coração
Sendo pobre ,de insónias leves_ tenho a vida.

                                    Auréd Ross

Primeiro CantoOnde histórias criam vida. Descubra agora