Cantar à perdição

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Sonetos da solidão

       Seguindo vai em todos , as exposição da minha vida

Desta vida quero eu tanto;
Mais tanto não sei se da vida quero
de vaidade á meu desterro,
Este canto de humilde felicidade.

Se disto estou podendo como canto
Canto mais disto se estou podendo;
Quero muito ser um santo,
Mais o santo a mim não está sendo.

Aqui de forma, junto ao coração;
Cantei o poema, cantei a perdição
E que desta a mim ser bendita...

E que agora vou com ela, a bendita vida,
Que contudo vive dentro, a solidão.
Sou sereno, sim— a bem maldita

de ser alguém de muitas feridas!...

Auréd Ross

Primeiro CantoOnde histórias criam vida. Descubra agora