II - quadras

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Sou forro, que vindo assi  pelo amor,
Alternando nas colinas da morte;
E descanso: -é Neves ou Monte forte!
Onde voi¹ sem  que te vejo senhor.

Digo- vo ante, para que não vá,
Neves é terra do meu feitiço;
Tenho neste monte, forte conprimisso,
Por isso que se as' almas morram lá;

Não ma preucupades  se voltar,
Eu longo vou, basta vida e fé;
Ou que  me vens com o teu pé,
Ou eu te infeitiçando sem parar !

Não ma preucupades se tanto;
O amor sem ódio pra me dar,
Mudo a tempo que mudar,
Inda tanto quero, tanto canto

Nessa miséria de vida q' estou;
Vamos nos infeitiçando até,
Ou que me vens com o teu pé;
Ou muda pelo nome de quem sou!

A mim que te ama e que te quero,
Horas passam... messes , anos,
E para que não vejas , do humano,
Quão a vida t' infeitiça, só desespero.

São meus delírios  mais recentes,
Surgidos  após aquele perdido,
Feito no meu coração partido,
Par' vós estrelas, estou doente.

Não ma preucupades se voltar,
Eu longo vou, basta vida e fé,
Ou que me vens com o teu pé
Ou mudo a nome, quem me dar!...

Auréd  Ross

Primeiro CantoOnde histórias criam vida. Descubra agora