Para um chá...

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Para um chá
( eu e a Rabyolanda)

Sentado a moça, quem lhe dá;
Então  Auréd: — tu vais lá
e pega na tua coragem
E mostra,
Que és um alguém
de renome Costa;
E  que não te intimida
a ninguém!

Vá!...pega-me na moça,
Encosta-te nela, o seu corpo,
Assim como vão, 
noites nas estrelas,
Assim  escostados,  ao amor, encostas...

Vão!...e numa mesa a dois,
Louca aos seus olhos frisos,
Regido, aflitos, transparente, brisos,
Dá-lhe  um chá de beber a sóis...

Estenda a cara sua, austeriosa,
Brindada aos sorrisos dos vinhos,
É hoje o dia,  não  vais durmir sozinho,
Tendo a frente, a mais formosa!...

E se dera :"— ai se fosse eu"
cá de moço,  que de agora
Deitando da boca, a conversa fora,
E vendo  ela e os brilhos seus...

dava tudo por uma dansa,
Eu e Rabyolanda,tão perdida;
E que ninguém a noite estragasse

hover, num dia, se alguém pensasse,
Sozinho, já cansei-me desta vida!...

Primeiro CantoOnde histórias criam vida. Descubra agora