Terceiros

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Eu sou filho do mundo
De Alma inocente,
Que vive triste,
E com o vazio dentro.

Sou filho do mundo,
Um orfão imundo
no perturbado futuro
Da vida que existe;
Não qualquer eleito.

Eu, filho do mundo,
Quero um verso bem feito,
De alegria,
Para me defender
Contra meu destino,
Quando vir outro dia.

Vivo morto- homem
indesejado menino,
Que na sorte trouxe,
Só a ti desgraça,
Para ilustrar no mundo;
Sua vida
De imagem sem cores.

Numa exposição deleita,
Que vive e habita,
Na solidão maldita,
da vida completa,
da vida esquecida.

Eis- me agora aqui;
Como um cachorro de rua.
A espera de qualquer osso,
Porque tenho fome;
Se dou por nada, saúde me come
Morta e indesejada...

Um filho do mundo
Uma sombra devina;
Um laço agudo;
Espirito mudo;
Aos que ninguém vê;
De alma inocente(...)

Auréd Ross

Primeiro CantoOnde histórias criam vida. Descubra agora