Ao quebranto sagrado

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Grandes mestres! o ser que em vós existe,
E de claro brilho das noites, o olhar sobretudo
Assim se a demos, porque a vida encontra triste,
Ao vosso mundo tão belo— ora saber tudo;
Que esta arte precisa de uma mão pra cuidar.
E senhor que emblemo, quem nunca mudo
Em carácter algum, se for por estar;
Quanto a vós que vejo e ouço, já sem sabor,
A doce vinha das palmeiras, no meu canto;
E como outros vi(...) Caetano nest'amor;
Mas como estais assim:– adorado quanto!...
E se for preciso milhões, és meu pranto;
Tens a roleta das almas, sem ter sorte,
Aos escolhidos pelo leito desta morte
que é tão doce morte. Por ela é tanto
Morremos todo dia, assim como na  alta vida,
Pendurada ao sacrifício do outro, é de norte
um pensamento estendido tão longamente.
Como o da Olinda, da Alda e da Manuela;
E do francisco, e  do marcelo, e do negreiros;
Que quisera a morte, sem antes a morte, querer por elas,
Num dia, e com pensar, nesta dor que antes sente!(...)
Como a de alguns que vira, após terceiros,
Do vosso filho ilustre que por vós, é seu ,é vil ele
Nesta vã mortal alma, que vem e que mente,
Ao grandioso brilho vosso e de obra tão d' amor.
Confesso és supremo: – Alegre  ser primeiro!
O dono da vida, e de liberdade, onde assim for(...)

Auréd Ross

Primeiro CantoOnde histórias criam vida. Descubra agora