Capítulo Um

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Tudo o que nós tínhamos se foi agora
Diga a eles que eu era feliz
E meu coração está partido
Todas as minhas cicatrizes estão abertas
Impossible | James Arthur.

MATHEUS PALHARES
São Paulo.

Sorrio ao ouvir sua risada, Isabel sempre foi assim, tão alegre e sorridente e com certeza essa é uma das coisas que eu mais admiro e amo nela.

— Esse filme é demais, não acha amor? — me encara após se recompor da crise de risos.

— Demais é você. — Isabel sorri e deposita um selinho em meus lábios.

— Que horas vamos sair amanhã?

— Cedinho, vai algumas horas daqui até Minas Gerais. — Isabel assente, um tanto incomodada. — Aconteceu algo?

— Não, é só que.. ah, deixa pra lá. — sorri fraco e eu estreito os olhos para ela. — Relaxa amor, não é nada, só é coisa da minha cabeça mesmo.

— Tem certeza? — pergunto e ela balança a cabeça positivamente.

— Vamos dormir? Não quero me atrasar amanhã e já são.. — olha para o seu smartwatch. — Quase dez.

— Nem um mimo antes? — a encaro com um sorriso sacana nos lábios e a mesma gargalha.

— Teremos tempo o suficiente quando chegarmos em Minas, amor. Vamos dormir, prometo que amanhã te recompenso da maneira que quiser.

— Olha que eu vou cobrar, em. — aviso e ela sorri. — Pelo menos me dá um beijo de boa noite. — seguro firme em sua nuca a puxando para mim. Roço nossos lábios e logo, dou início a um beijo calmo.

Uma lágrima solitária escorre pelo meu rosto enquanto eu encaro um retrato nosso, Isabel estava com um sorriso enorme enquanto eu beijava a sua bochecha, estávamos felizes.

— Se eu soubesse que aquele beijo seria o último, eu teria aproveitado muito mais. — suspiro. — Sinto sua falta, meu amor.

— MATHEUS. — ouço a voz do Arthur, meu melhor amigo e colega de apartamento.

Rapidamente eu enxugo o meu rosto e guardo o retrato na gaveta do meu criado mudo, em instantes meu amigo aparece na porta do nosso quarto.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunto.

— Não, na verdade..

— Não enrola não Arthur, fala de uma vez cara.

— Só vim avisar que vamos ter mais um morador aqui no ap, moradora no caso. — caminha até a sua cama e se joga na mesma.

— Até que enfim conseguiu mais uma pessoa pra morar aqui, quanto você pediu pra ela pela moradia?

— Então, sabe o que é Matheus.. — coça a cabeça. — A mina é minha irmã.

— Tá, e quanto você pediu pra ela?

— Nada né mano, é minha irmã. — indaga como se fosse óbvio.

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