Capítulo Dezenove

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ANALU RAMALHO
São Paulo. — 09:40PM.

— Tem certeza que quer ir mesmo? — Isabella pergunta ao entrar no quarto.

Depois de tanto o meu irmão e o Matheus torrarem a minha paciência pra eu ir nessa social acabei cedendo, afinal eu não tenho nada a perder e vai ser muito melhor do que ficar em casa ouvindo Arthur e Isabella gemendo por aí.

— Por que está tão preocupada com o fato de eu ir para esse rolê? — a encaro pelo espelho enquanto passava rímel.

— Não é o rolê, é a companhia. — sorri sem graça e eu entendo o que ela quer dizer com isso.

— Olha Isa, não tem com o que se preocupar. Matheus e eu estamos nos dando bem como amigos e é só isso. — ergo os ombros. — Rolou alguns beijinhos no início mas nada demais cara, estou indo mesmo pra aproveitar esse sabadão e eu tô afim de beber um pouco também, sair da rotina saca? — Isabella concorda. — Sabe que eu sei me defender e se por acaso o Matheus fizer merda eu mesmo lido com ele.

— Não quero que ele te faça sofrer, Analu.

— Ele só vai me fazer sofrer se eu me permitir me envolver demais, o que não vai acontecer, sabe disso.

— É disso que eu mais tenho medo, porque sei que uma hora você vai acabar se envolvendo demais. — suspira e eu fico em silêncio, talvez ela esteja certa mas quem disso que preciso assumir isso pra ela? — Cadê a Larissa?

— Pra ser sincera, faz uns dias que não a vejo e a última vez que a vi ela estava super estranha. Um calor de matar e ela toda encapotada com roupa de frio.

— Tô preocupada, eu mando mensagens e ela nem responde. Acho que o Bernardo deve ter dado mais uns surtos daqueles com ela.

— Acha que ele bateu nela?

— Não duvido, Analu. Larissa tá nessa faz anos e não consegue sair de jeito nenhum mas não cabe a nós resolver isso.

— Sei lá, a gente deveria fazer algo pra ela sair dessa. — ergo os ombros. — Dar uns conselhos.

— Mais do que a gente vive dando? Não podemos fazer nada se ela não enxerga o quão louco o Bernardo é.

— Não fala assim, Isabella. — a repreendo. — Se chegar no ponto dele encostar a mão nela contra a sua vontade, a gente tem que fazer alguma coisa sim.

— E como vamos saber se ele fez isso? Nem responder nossas mensagens ela responde. — bufa. — Vai bem gatona, os meninos da sala do Matheus são lindos.

— Deixa meu irmão ouvir isso, cê fica solteira rapidinho. — falo rindo. — Quero ir pra conhecer gente nova e não me atarracar logo de cara.

— Você é muito careta. — revira os olhos. — Matheus já estava reclamando da sua demora.

— Matheus ou meu irmão? Porque esse aí não vê a hora de ficar sozinho com você. — Isabella ri. — Usem camisinha, ainda não sou formada pra ser a tia rica.

— Sou nova demais pra ser mãe, tá repreendido. — faz um sinal da cruz e eu gargalho.

Ficamos batendo um papo enquanto eu terminava de passar a maquiagem, assim que pronta coloco a roupa que eu já havia separado. Um short saia preto que valoriza minha cintura e meu bumbum, um top e um blaser no mesmo tom. Jogo uns acessórios dourados por cima pra dar um destaque no look e finalizo passando Scandal nos pontos do meu corpo que eu gosto.

— Matheus, vai precisar de sorte porque o tanto de macho que vai cair encima da Analu não tá escrito. — Isabella fala assim que aparecemos na sala.

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