Capítulo Vinte e Dois

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MATHEUS PALHARES
São Paulo.

Analu havia comentado comigo ontem à noite que alguma coisa tinha acontecido com a Larissa e logo de cara já associei que tinha haver com o Bernardo, aquele pé no saco do caralho. Nas antigas, época de colegial Bernardo e eu éramos amigos pra caralho mas sempre desconfiei que tinha uma coisa de errado com ele saca? O cara sempre foi muito possessivo com qualquer mina que ficava e quando ele começou a namorar a Larissa nem se fala, óbvio que ele não mostrava esse lado pra ela mas depois de uns tempos a máscara foi caindo, né?

Me afastei dele quando ele surtou porque ela ia morar comigo aqui no apartamento, o cara era meu amigo e nem confiava em mim, como continuar uma amizade assim? Nem tinha como e o tempo foi passando e a máscara caindo cada vez mais, já peguei várias vezes a Larissa em uma situação desconfortável com o Bernardo. Quando passei pelo porteiro pela manhã de hoje e ele comentou comigo que esse cuzão tinha subido, eu não hesitei em voltar pra trás e quando peguei ele segurando a Larissa pelo braço, meu irmão só faltei cuspir fogo pra cima dele.

As vezes posso ser cuzão e um grosso do caralho, mas tratar uma mulher com agressividade a ponto de quase bater nela, nunca foi uma característica minha. Mandei aquele filho da puta meter o pé pra longe e de quebra fiz uma ameaça daquelas né? Bernardo me conhece e já viu vários quebra pau que tive com outros caras, ele sabe do que sou capaz e sei que ele morre de medo de estragar aquela cara lindinha dele.

— Vocês não estão mais juntos, né? — Larissa nega. — Vou avisar o Sr. João que a entrada dele nesse prédio tá proibida, tem certeza que não quer uma carona?

— Tenho, Matheus. — sorri forçada. — Obrigada.

Entro no apartamento assim que Larissa se afasta, vou aproveitar que eu voltei pra trás e vou pegar meu carregador que tinha esquecido de colocar na bolsa. Volto pra cozinha e tomo um gole do cafezinho que a Analu fez, Analu.. essa mina tira o meu juízo e me deixou putinho da silva quando falou que somos "apenas amigos que deram alguns beijinhos", não fode, né? Ouço a campainha do apartamento tocar e eu estreito os olhos estranhando, todo mundo aqui trabalha ou estuda logo pela manhã então quem poderia ser? Deixo o copo na pia e vou direção a porta e quando abro arregalo os olhos vendo meu primo ali, caralho eu tinha me esquecido que ela vinha pra cá hoje.

— Você esqueceu, né? — pergunta rindo e eu concordo com a cabeça. — Avoado do caralho.

— Pau no seu cu, entra logo. — dou espaço pra ele entrar. — Pô, tô saindo pra faculdade agora e nem vou ter tempo de te apresentar o local, deixa as suas coisas no meu quarto e depois a gente vê como vamos fazer.

— Jaé. — fala e eu saio disparado para fora do apartamento.

Que merda cara, eu tinha esquecido completamente que era a semana que o Rian viria para Sampa e o pior de tudo é que eu nem avisei o Arthur e as meninas, maluco vai surtar e encher meu saco. Se ele já estava reclamando que cinco pessoas estava sendo demais, imagina se ele souber da sexta pessoa? E também ninguém mandou ele trazer a linda e gostosa da irmã dele pra cá, aquela desgraçada que fode meu psicológico como ninguém. Saio do elevador quando o mesmo se abre me dando acesso ao estacionamento do prédio, destravo o meu carro e adentro o mesmo, sinto meu celular tocar indicando mensagens novas e eu abro o WhatsApp vendo que era o motivo da minha perca de juízo e paciência.

Analu Ramalho

A: Oi, bom dia! (07:15AM)
A: Não vou ter aula a tarde, pode me buscar na faculdade? Tô sem dinheiro pro uber hoje. (07:15AM)

M: Demoro, saio da faculdade ao meio dia, se enrolar eu te deixo ir a pé. (07:17AM)
M: Boa aula, gatinha 😚. (07:17AM)

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