Capítulo Onze

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OBS: ESSE CAPÍTULO PODE GERAR GATILHO!

Você disse que nunca me machucaria, mas aqui estamos
Você jurou em cada estrela
Como você pode ser tão descuidado com o meu coração?
Reckless | Madison Beer.

LARISSA  MONTENEGRO
São Paulo.
05:45PM.

— Quer uma carona pra casa? — Enrico, um colega da faculdade pergunta.

— Fica em paz, Bernardo vai vir me buscar. — respondo enquanto guardava o meu material na bolsa.

— Não sinto uma energia boa vindo dele.

— Impressão sua. — sorrio amarelo.

Bernardo e eu namoramos desde quando tínhamos quinze anos, esse ano iremos fazer vinte e três, se fizer as contas já estamos juntos a quase oito anos.

— Ele ainda pega no seu pé por minha causa? — concordo. — Já contou pra ele que eu amo uma piroca?

— Sim. — gargalho. — Mas ele não entende, sabe como é.. ciúmes. — coloco minha bolsa no ombro. — Te espero amanhã no meu ap..

— Vai esperar ele no seu ap pra que, Larissa? — sinto minhas pernas ficarem fracas ao ouvir sua voz.

— Pra fazer um..

— Cala a porra da boca que eu não estou falando contigo. — Bernardo corta a fala do Enrico. — Agora vaza daqui que eu quero conversar com a minha namorada. — dá ênfase no "minha".

Meu subconsciente implorava para que o Enrico não saísse dessa sala, mas no momento em que ele me encara eu apenas concordo com a cabeça dando a entender que ele podia me deixar a sós com o Bernardo.

— Qualquer coisa, grita. — Enrico move os lábios sem emitir som algum e eu apenas sorrio fraco.

No momento em que o Enrico sai pela porta da sala, Bernardo vem rapidamente para cima de mim como se fosse um leão ao ver a sua presa.

— Eu já não te falei que quero você longe dele, caralho? — me prensa na parede com brutalidade. — E que papo é esse de que você vai esperar ele no seu ap amanhã? Por acaso você está me traindo com esse merdinha? — pergunta com o rosto próximo ao meu.

É inevitável, as lágrimas já escorriam por meu rosto e mesmo que eu tentasse lutar era impossível não chorar. Eu estava tremendo, meu coração acelerado e já estava começando a sentir falta de ar.

— Me responde, vagabunda. — aperta meus braços com força.

— Aqui não, por favor.. — murmuro baixo, quase que eu mesma não consigo ouvir a minha própria voz. — Vamos sair daqui e depois a gente conversa.

— Demoro Larissa, mas não vai achando que vai conseguir me enrolar com esse papinho de "depois a gente conversa", porque você sabe muito bem que não vai funcionar . — se afasta de mim. — Vamo vazar logo daqui. — fala antes de caminhar até a porta e sair por ela.

Limpo as lágrimas que escorriam pelo meu rosto e solto o ar que estava preso em meus pulmões, ajeito novamente a minha bolsa em meu ombro e saio pela porta da sala, seguindo o Bernardo para fora do campus.

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