Aquele que não sabe usar a porta

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Não era só as crianças que estavam tendo um dia agitado, os adultos com seus novos empregos estavam tentando causar uma boa impressão, Rachel estava muito ansiosa, já havia tomado umas dez xicaras de café e ela era a dona, não tinha motivos para tanta ansiedade.

Rachel trabalhou muito para essa promoção, merecia aproveitar cada segundo, era o seu momento de brilhar, não podia desperdiçar esses momentos.

- Tudo bem - fala consigo mesma - vamos lá, é você quem manda aqui, é só fingir que são seus filhos.

Essa seria a primeira vez que Rachel estava a frente de um projeto, e mesmo sua equipe tendo sido escolhida a dedo, havia um medo muito grande de fracassar e sua equipe não for com a cara dela.

Rachel respira fundo, pegando um espelho de mão vendo se seus dentes não estavam sujos, colocando um sorriso no rosto, abrindo a porta da sua sala e com esse simples movimento conseguiu chamar a atenção de todos para você. A Green não espera por isso.

- Definitivamente vai ser mais fácil do que falar com os meus filhos - comenta Rachel. Ela fecha a porta da sala e se posicionando para dar o seu comunicado de boas vindas a todos.

- Bom, vocês já devem saber, mas eu sou Rachel Green, a cabeça por trás de tudo isso! - fala se achando um máximo - eu só queria dizer que aqui somos como uma família, uma família que trabalha muito e se diverte enquanto faz isso.

Faz alguns movimentos como se fosse uma dancinha, dando empolgação para fala, como se realmente estivesse tentando convencer seu filho caçula a comer brócolis.

- Era só isso mesmo - diz voltando a uma postura serie e sem graça ao não conseguir arrancar nem um sorrisinho daquele povo - vamos trabalhar, e lembrassem, qualquer coisa que precisarem eu vou estar bem na minha sala.

Todos voltam a focar em seus trabalhos assim que Rachel termina de falar, cada um na sua, cada um no seu canto. A Green volta para sua sala frustrada, esperava um pouco mais de empolgação da parte da equipe, nada demais, apenas as pessoas gritando "Rachel, Rachel, Rachel" aplausos, pessoas passando mal de emoção, Gisele Bündchen implorando para ser vestida por suas roupas, uma recepção bem normal.

E não era só Rachel que estava se adaptando ao um novo ambiente de trabalho, Betty começaria a trabalhar hoje ao lado da policia de Nova York, a diferença? Betty já chegava mostrando quem é que mandaria ali.

Quem não gostou disso? Stiles Stilinski, que até ontem era quem mandava em tudo por ali.

- Vamos ver se eu entendi - fala Stiles enquanto Betty tomava conta da sala do moreno e da mesa, focada em papeis - você é a nova enviada do FBI, para ajudar a gente nas investigações da Sem Rosto?

- Exatamente - diz nem dando muita bola para ele - essa sala é muito bagunçada, vamos ter que dar um jeito nisso se irei trabalhar aqui.

- A sala é minha - comenta Stiles - parece bom do jeito que está.

- Eu sou sua superiora, se disse que não da para trabalhar aqui é porque não da! - diz autoritária, exalando poder. Fora do ambiente de trabalho Betty era um doce de pessoa, mas quando estava trabalhando deixava bem claro quem mandava.

- Pode me lembrar mesmo por que está trabalhando com a gente? Eu já fui do FBI, não precisamos de mais ajuda.

- Até onde eu sei, você abandou o cargo, agente Stilinski - diz se levantando e rindo fraco - eu prendi mais pessoas do que você pode contar, traficantes, serial killers, estive envolvida na Operação Lava Jato, se querem ter a menor chance de pegar a Sem Rosto, vão precisar da minha ajuda.

- Tem certeza? Porque estávamos indo muito bem até agora.

- É mesmo? A ultima atualização que tiveram do caso foi a um ano atrás, quando o chefe e marido dela morreu, nesse período a Sem Rosto e sua equipe traficaram quase um milhão de órgãos e um pouco mais de vinte mil pessoas, e nós não temos a menor ideia de onde ela e sua equipe podem estar agora, só sabem que é uma mulher por minha causa.

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