Capítulo 13- Josh

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Comentem por favorzinho 🥺
E vejam a tradução dessa música
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Meu braço aperta o travesseiro, meu peito sobe e desce levando alguma coisa junto. Meus olhos se apertam, minha cabeça parece que vai explodir e meu corpo está tão dolorido que parece que fui pisoteado em uma avenida lotada.

Tento abrir os olhos, mas minhas pálpebras parecem estar grudadas e pesadas, o que deixa tudo ainda mais complicado. Uuh, por que isso aqui também está se mexendo? Não era para ser um travesseiro?

Travesseiro tem cabelo? Não, ele não tem.

Forço meus olhos a abrirem, a claridade passando pela janela machuca minha visão. Não é meu quarto. Ok, essa definitivamente não é a minha parede.

Olho para baixo, prendendo o ar dentro dos meus pulmões quando vejo Any adormecida no meu peito, e meu braço contornando sua barriga.

Em um segundo me pergunto o que estou fazendo aqui. No outro, me lembro de ter caminhado sem rumo pelas ruas até chegar na casa de Any.

O relógio na mesa marca seis horas, duas horas para ter que ir até o mercado. Fico cinco minutos observando o teto, tentando achar uma solução para sair daqui sem acorda-la.

Primeiro tiro o braço dela de cima da minha barriga, agora já não faço ideia do que posso fazer. Tento empurra-la devagar, mas Any resmungou alguma coisa sem sentido.

Coloco a mão que contornava sua cintura anteriormente em sua cabeça e levo meu corpo para o lado para que automaticamente, o corpo dela vá junto com o meu.

Any resmunga mais uma vez quando arrumo a coberta em seu corpo. Fico alguns segundos parado, prendendo a respiração vendo se ela acordou ou não.

Tento lembrar onde deixei minhas roupas, já que a que estou vestindo não é a minha, e tenho quase certeza que não é da Any. Me troco mais rápido que meu irmão descendo a escada quando minha mãe diz que a janta esta pronta.

Observo Any dormir confortável, quando me agacho ao lado da cama. Olho para a luz entrando pela janela mais uma vez, hora de ir embora.

- Obrigado por ter me deixado ficar.- sussurro, beijando sua testa ao me levantar.

Abro a porta da sacada, olhando para trás para ter certeza que não a acordei. Minha cabeça doeu ainda mais com a claridade do sol, olhei ao redor para ver por onde subi, e a questão é essa. Por onde eu subi?

Tem uma escada pequena apoiada na parede. Ri por dentro, eu estava tão bêbado assim para ter colocado a escada ali e ter dado a sorte de conseguir pular na sacada?

Não faço a mínima ideia em como vou fazer isso de novo. Me agarro na sacada e tento colocar o pé na escada, mas quando faço isso, ela simplesmente vai para o chão. Você pode piorar dia?

Não teve outra maneira, tive que soltar minhas mãos e cair no chão. Não era tão alto assim quanto parecia ser.

***

- Onde você se meteu noite passada?- minha mãe pergunta assim que passo pela porta da cozinha. Mexendo seu nariz, tentando sentir cheiro de algo.

- Estava na casa de uma amiga.- digo tentando passar por ela. Seus olhos brilharam quando me parou novamente.

- É só uma amiga mãe.- falo indo até a gaveta de remédios.

- Você tem uma amiga.- ela sussurra.

- Ah sim, esqueci que eu sou o filho sem amigos. Então mãe, eu realmente tenho uma amizade agora.- digo bebendo o remédio sem que ela percebesse.

De repente... Você!Onde histórias criam vida. Descubra agora