De repente... Você!

Capítulo 20- Josh

Comentem nesse aqui, POR FAVORZINHO. Se não comentarem eu vou entrar em um colapso.

Feliz dia das crianças, para nós, eternas crianças
_____________________________

Já se passaram das dez, Any ainda não saiu do quarto. Dou voltas pela sala pequena, sento e levanto do sofá a todo momento. Olho mais uma vez para o corredor... Nada.

Onze em ponto. Quase hora do almoço. A maçaneta não se mexeu nenhuma vez.

Me jogo no sofá. Minha barriga ronca alertando mais uma vez que não coloquei nada no estômago. Preparo um sanduíche na cozinha, ainda sem sinal de passos.

Meio dia. A cozinha está arrumada, a sala está brilhando, o banheiro está limpo. Mais meia hora. Sem passos, sem barulhos, sem paciência.

Ando até a sua porta e encosto o ouvido nela. Zero barulho. Bato os nós dos dedos suavemente na porta, mal fazendo barulho, e então abro.

Sentada e não deitada. Suas pernas estão fora da cama e suas mãos apoiadas no colchão. Ela não liga quando acendo a luz, não me olha, não me responde quando a chamo.

Digo que já passou de meio dia. Any encolhe os ombros como se sua resposta fosse: "Não me importo".

Abro a janela, mais uma vez ela não diz absolutamente nada, mal posso ouvir sua respiração.

Me sento ao seu lado na cama, Any nem se mexe. Cutuco seu ombro, tentando fazê-la me olhar, mas ela nem se move.

- Não quero sair hoje Josh.- mal escuto sua voz.

- Achei que já tínhamos combinado.

- Eu sei, desculpa.- ela olha para a parede, onde não tem nada para ser visto.

- Você vai precisar sair amanhã.- digo, mais uma vez cutucando seu ombro.

Seu corpo estremece, como se a ideia de pisar na rua fosse torturante em sua mente.

Me levanto da cama, indo até seu armário. Mexo em suas roupas, pegando duas que sempre a vejo usando.

- Não está calor, mas também não está frio. Pode escolher qual das duas você quer usar.- digo colocando as roupas em cima da cama e me direcionando até a porta- Você tem cinco minutos para se trocar.

Cinco minutos viraram dez. Dez minutos viraram vinte. Vinte virou cinquenta. Novamente nenhum barulho, a maçaneta não foi virada para a porta ser aberta.

Vou novamente até seu quarto. Bato e entro já que não obtive resposta. Ela está na mesma posição, as roupas nem foram tocadas.

- Qual é Any? Isso não é difícil!- pego a camiseta e coloco em sua cabeça.

- O que está fazendo, Josh?- pergunta quando tento colocar seu braço na manga.

- Te vestindo, eu te dei cinco minutos e você está demorando quase uma hora.

- Eu disse que não quero sair hoje.

- Por favor, Any. Vai ser divertido.

Ela solta o ar puxando seu braço da minha mão. Any me manda sair do quarto, sem me olhar, apenas pede para que feche a porta.

Ando para o meu quarto, me jogando na cama e afundando o rosto no travesseiro. Respiro com dificuldade, estou falhando mais uma vez.

- Está querendo se matar asfixiado?- Any pergunta parada na porta.

- Não.- respondo emburrado.

- Vai demorar muito tempo? Você não me fez ficar arrumada a toa.