Capítulo 55- Any

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- Sina, sei que temos o contrato, mas eu não consigo mais pagar o aluguel!- digo levantando do sofá.

Eu e ela estamos na mesma conversa a mais de dez minutos. Sina dizendo que não vou sair do apartamento e eu que não posso mais pagar o aluguel.

- Any, preciso que você entenda uma coisa. Eu, Sina, legítima dona desse apartamento que meu padrinho me deixou, não vou deixar você sair daqui.

- Sina, Josh não vai mais pagar a parte dele, eu não vou conseguir pagar o aluguel inteiro com o que ganho na lanchonete. Tenho minhas economias, mas vai dar para pagar o que? Mais um mês antes de eu ter que sair?

- O problema é esse?- pergunta surpresa.

- Qual outro seria?- pergunto me sentando novamente.

- Você pode continuar pagando somente a sua parte.- ela diz segurando minha mão.

- Você vai sair no prejuízo, já tinha diminuído cem dólares do valor que pedia.

- Eu dou um jeito com isso depois, continue pagando somente o que você já pagava. E provavelmente suas contas vão diminuir, pensando que você mal fica aqui.

- Você tem certeza?

- Sim Any, não vou deixar você ficar sem um lugar decente, muito menos voltar a morar embaixo do teto da sua mãe.

- Ela provavelmente nem aceitaria que eu pisasse lá.- resmungo

- Aquela vaca causadora de problemas.- ri com o seu tom de voz- Pensar que se ela não tivesse aberto a boca para o Josh vocês estariam juntos sem nenhum problema envolvido.

Paro de rir no mesmo instante em que ela termina sua frase.

- Como é?- pergunto vendo seus olhos arregalarem.

- Me diga que você já sabia e que eu não falei besteira.

- Foi minha mãe quem contou?!

- É, você não sabia. Eles vão me matar quando souberem que eu te contei.

- Eu vou matá-la.- sussurro.

- Não vai, não. Você vai ficar aqui quietinha e esperar nosso almoço chegar.

- Não me importa o almoço Sina. Você está fazendo direito, pode ir criando uma, duas, cinco leis dizendo que foi por justa causa.

- Não é porque curso direito que posso criar regras, Any, você sabe disso. E você se importa com o almoço sim!

- Quantos anos na cadeia?

- Eu não sei?

- Péssima advogada. Vou contratar outra.- digo pegando minha mochila e indo até a porta, mas meu corpo é puxado para trás antes que eu pudesse perceber.

- Me escuta!- ela diz me empurrando de volta para o sofá- Você não vai sair desse apartamento até estar no horário de voltar para a lanchonete, onde a senhora Smith vai estar te esperando docemente. Eu tenho certeza que ela não quer ir te ver atrás de uma cela!

- Eu só não te mando ir embora, porque você disse que vai pagar o almoço. De qualquer forma se sinta expulsa.

★★★

- Filha?- meu pai fala surpreso quando passo por ele sentado na sala.

- Onde está ela?!- pergunto olhando ao meu redor.

- Onde está quem?- mamãe pergunta saindo da cozinha.

- Você! Você não cansa de acabar com a minha vida?!- grito.

- Any.- meu pai me chama pousando a mão em meu ombro.

- Não sei do que você está falando.- ela diz ainda na porta.

- Não seja sínica!- grito- Por que você foi abrir essa maldita boca para falar sobre o acidente para ele?!

- Priscila, me diga que você não fez isso.- papai pede parecendo chateado.

- Aquele moleque não podia ter ficado quieto?- escuto ela resmungar.

- Não chame ele assim!- grito avançando em sua direção, mas sou impedida quando meu pai me puxa para trás novamente.

- Eu avisei como ele era Any, falei que só queria te levar para cama. Ou você vai me dizer que aquele garoto vai estar te esperando no apartamento com rosas na mão te agradecendo por matar o irmão dele?

- Ele estaria lá se você não tivesse aberto a sua boca!

- Bom, mas ele não está!- meu pai me segura mais forte quando tento avançar novamente sobre ela.

- Me diga se eu te fiz alguma coisa para você querer arruinar tanto a minha vida! Porque até onde eu me lembre, eu era a filha perfeita para você!

- Ah querida, talvez um dia você descubra o que fez.

- Você não me responde, porque sabe que eu não fiz nada! Me solte pai, caramba!

- Se eu te soltar você vai voar na sua mãe filha.

- Não, eu vou ir embora.

- Está tão cedo para você voltar para o apartamento e ficar sozinha.- minha mãe diz com uma voz irreconhecível.

- Eu nunca achei que diria isso, principalmente para você. Mas eu te odeio com todas as minhas forças agora.

- Any.- meu pai fica em alerta quando passo pelo seu corpo e ando até a porta.

- Desculpa se eu arruinei a sua vidinha perfeita, mas eu não escolhi nascer!

★ ★ ★

Consigo entrar no apartamento quando o chaveiro abre a porta. Não sei onde deixei aquelas malditas chaves.

Com as luzes ainda apagadas, me direciono até seu quarto, me jogando na cama e agarrando seu travesseiro como se ainda fosse ele aqui.

Sinto meu olhos arderem com as lágrimas se formando, o nó na minha garganta crescendo dificultando minha respiração.

Sinto que fui destruída por quem eu mais amei. Sinto que destruí quem eu mais amei. Está acontecendo de novo, e sempre dói da mesma forma. Estou dando o meu máximo, mas sinceramente, já estou desistindo.

A minha ansiedade piora a noite. Quando as luzes apagam, o mundo fica silencioso e não há mais distrações para que a minha mente pare de pensar nele.
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E temos eita atrás de vixi.

Era uma mini briga que vcs queriam com a mãe dela, foi o que tiveram.

Semana que vem vcs não estão nem prontos pra ela.

Lembrei que não estou mais de férias, agora eu estou largada no mundo desempregada

Jump com 30 milhões em uma semana, isso é tão lindo cara. Ele é o patrão sim!

Votem e comentem

Até a próxima, Kyara!

De repente... Você!Onde histórias criam vida. Descubra agora