Capítulo 69- Any

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O despertador toca, eu resmungo. O barulho parece dez vezes mais alto em minha cabeça, resmungo de novo. Tento abrir os olhos, a clareza vindo da janela machuca, resmungo mais uma vez.

Saio cambaleando pelo quarto, tropecei em meus próprios pés antes mesmo de chegar até a porta. Acho que chutei meu cachorro no caminho.

Corro para o banheiro, minha bexiga parece que quer explodir dentro de mim de tão cheia. Quase durmo sentada. Por quê diabos meu shorts está ao contrário?

Quando olho meu reflexo no espelho, parece que meu rosto foi esmagado por um caminhão, mas não tem um pingo de maquiagem mais nele. Não faço ideia de como a tirei.

Luck está na porta me esperando e quando começo a andar até a sala ele me segue e em segundos saí correndo na minha frente.

- Acordou cedo?

- Tenho que... Josh?!- esfrego os olhos, certamente ainda não acordei o suficiente.

Josh está na minha cozinha. Não! Josh está sem camisa na minha cozinha!

- Em carne e osso. Você tem o que?- pergunta empurrando um copo de água e comprimidos na minha direção.

- Tenho que ir trabalhar.- murmuro colocando os comprimidos da boca sem nem perguntar para o que são- O que está fazendo na minha cozinha

- Café, quer? Antes que pergunte, não é veneno, somente remédio para dor de cabeça.

- Não pensei que fosse veneno e sim, aceito uma xícara. Tenho que sair daqui a pouco.

- Querida, hoje não é dia de trabalho para você.

- Não tiro mais folgas.

- Ligue para sua chefe e não perca seu tempo caminhando até a lanchonete. Tenho certeza que vai ficar feliz por poder voltar para cama e dormir.

- Como voltamos ontem a noite?- pergunto quando ele empurra uma xícara para mim.

- Da mesma forma que fomos, de carro.

- Não me lembro disso.

- Claramente você não vai se lembrar já que passou o caminho inteiro dizendo que estávamos dentro de uma nave espacial.

- Deuses, eu fiquei muito bêbada?

- Sim, por pouco não me superou. Descobri que os três sentimentos que mais aparecem quando você está bêbada é alegria, tristeza e raiva. Seus divertidamentes estavam uma loucura.

- Por que não me fez parar de beber?

- Porque estava se divertindo e eu prometi que cuidaria de você se quisesse beber mais do que podia. Não sei como seu corpo não está doendo, dançou como nunca ontem.

- Me diga que eu não dei em cima de ninguém.

- Sim você deu. Passou a noite tentando me convencer a te beijar.

Sinto minhas bochechas arderem, não me lembro de quase nada sobre ontem a noite. Consigo me lembrar somente até o momento em que começo a beber, não mais que isso.

- Não se sinta envergonhada. Toda vez que eu bebia era para tentar te esquecer, mas lembrava do seu rosto todas as malditas vezes em que estive bêbado. Eu podia ter te beijado noite passada, mas tenho certeza de que você não se lembraria disso hoje.

- Eu não me lembro de quase nada.

- Talvez eu pegue a gravação do elevador para mostrar para todo mundo você caído aleatoriamente.

De repente... Você!Onde histórias criam vida. Descubra agora