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- Oi bebê.- digo para Joalin no colo da minha mãe- Você sentiu falta do seu irmão favorito?
Pego ela do colo da minha mãe quando Joalin estica os braços na minha direção. Beijo várias vezes a sua bochecha apenas para ouvi-la dando a sua risada infantil em meu ouvido.
- Como foi seu dia, mãe?- pergunto abrindo a geladeira.
- Nada de novo aconteceu nele.
- Meu pai não te chamou para conversar?
- Ele deveria?
- Não que eu saiba.
Joalin resmunga tentando pegar o pacote de bala de goma da minha mão, esticando seu corpo para frente até o máximo que ela consegue.
- Esse você não pode, da câncer, não pode comer.
- Você acha que ela vai saber o que é câncer Josh? Ela vai fazer um ano mês que vêm só pensa em dormir e mamar.
- Mãe, saiba que se depender de mim, Joalin acreditará até depois de adulta que os bebês vem da cegonha.
- Claro, o namorado dela vai acreditar nisso também.
- Que namorado? Ela vai ser freira. Na primeira oportunidade eu coloco ela em um convento.
- Claro. Como se eu fosse deixar.
- Meu pai e Noah vão estar do meu lado. Ou seja, três contra duas.
- A decisão dela não importa?
- Depois chegamos a esse ponto. Noah já está em casa?
- Chegou agora a pouco.
- Joalin, você já passou da fase de puxar o meu cabelo. Solte.- digo tirando os fios da sua mão- Pegue a arrancadora de cabelos, eu vou falar com ele.
- Tente não arranjar briga, Noah tem estado sensível esses dias.- diz esticando os braços para pegar minha irmã, mas ela se joga mais para o meu corpo- Venha com a mamãe.
- Não vou dizer nada que machuque ele. E a Joalin decidiu que eu sou o membro da família favorito dela mãe. Oferece a balinha.
- Você não disse que dava câncer?
- Ela vai ter que sair do meu colo de algum jeito sem chorar, balinha sempre serve.
★★★
- Noah.- o chamo batendo em sua porta.
Escuto a cama se mover e seus pés batendo no chão.
- Oi.
- Eu posso entrar?- pergunto.
- Não.
- Obrigado.- digo passando por ele- Como foi a faculdade?
- Fui péssimo na prova que fiz hoje.- fala se jogando na cama
- O seu péssimo quer dizer que tirou noventa por cento da nota?
- Não, quero dizer que tirei menos de cinquenta por cento da nota. Posso reprovar na matéria.
- E por que acha isso?
- Não estava conseguindo estudar e na hora da prova foi como seu o mínimo de conhecimento que eu tinha tivesse evaporado.
- Faltou a parte que você diz que tenho parte da culpa.- murmuro.
- Não. Você não tem culpa por eu estar desconcentrado.
- Por partes eu tenho. Você está chateado comigo, e isso faz com que você se sinta mal porque odeia ficar brigado com as pessoas.
- Pare de me conhecer tão bem.- diz jogando um travesseiro na minha direção.
- De qualquer forma, estou aqui para me desculpar com você. Eu estou sendo o pior irmão que alguém podia ter e sei disso.
- Não foi o pior...
- Eu te dei um soco. Bêbado ou não, ainda machuquei você. Ainda fiz com que sua cabeça estivesse mais preocupada comigo do que com suas coisas. E eu não digo só por essas últimas semanas, mas também pelo último ano. Você sempre se preocupou demais e eu sempre te dei trabalho demais. Peço perdão por isso.
- Sabe por quanto tempo eu esperei por isso?
- 1 mês?
- Não, nunca. Nunca quis uma desculpa pois sempre achei que não tinha nada para ser desculpado. A única coisa que eu queria era que você voltasse a ser feliz, e olhe, você voltou. Só falta voltar a morar com a Any, aí estará completo.
- Vou voltar em breve. Aqui pegue isso.- digo tirando o envelope debaixo da blusa.
- Como assim em breve? Vocês conversaram?
- Algumas vezes.
- E você não me disse... Como você conseguiu?
- Comprei na pré venda.
- Os ingressos esgotaram em minutos.- diz surpreso.
- Eu fiz parte das pessoas que compraram em minutos.
- Cara, vamos no show do Why Don't We!- fala empolgado.
- Você vai, e vai levar alguém que conheça as músicas.
- Não me importo se você conhece, apenas vai ir comigo e curtir com seu irmão mais novo.
- Talvez eu vá, posso pensar no seu caso.
- Você conseguiu mesmo os ingressos.
- Esse é só o presente de valor, tem esse aqui também.
- Quantas coisas mais você tem dentro dessa camiseta?
- Não sei, acho que cinco tanquinhos marcados.- digo rindo
- Eu vou fingir que você não disse essa frase. E o que diabos é isso?
- O desenho que você me deu quando estava na creche. Era dia dos irmãos e você só fez um desenho pra mim. Jaden ficou bem chateado.
- Josh, você tem isso guardado por tipo dezesseis anos?
- E alguns meses.- digo indo até onde ele está sentado- Você vai me devolver isso, eu só queria mostrar o quanto você e Jaden são especiais para mim. Não importa o que aconteça, eu ainda vou ter cada parte de vocês guardadas comig... Qual é? Você é segunda pessoa que eu faço chorar essa semana.
- Não estou chorando, eu só... Eu senti falta do meu irmão esse mês.
Com um impulso, eu o abracei erguendo o seu corpo. Noah me abraçou ainda mais apertado, não levei tão a sério quando minha mãe disse que ele estava sensível.
- Eu estou aqui agora, tá legal? Eu vou ser o irmão que você precisa e vou tentar não errar tanto.
- Eu só não quero que você volte mais para aquele mundo.
- Não vou voltar, Noah. Foi apenas um deslize, não vai acontecer de novo.
- Promete?- respiro fundo.
- Prometo.
- De dedinho irmão mais velho?
- De dedinho, irmão mais novo.
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Só digo uma coisa, vcs vão amar o capítulo de amanhã que eu sei
Outra coisa que eu tbm digo, os membros estão voltando pra casa, então sabe-se lá quando eles vão se reencontrar.
Votem e comentem
Até a próxima, Kyara!
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De repente... Você!
FanfictionCorações machucados é isso que eles tem. Almas machucadas é o que enchem os corpos deles. Sentimentos guardados, lágrimas poucas vezes derramadas. Um motivo para o ódio. Todos os motivos para o medo. Sorrisos falsos sendo mostrados para pouca parte...